Pelo menos 14 pessoas, entre elas seis crianças, morreram nesta sexta-feira em um bombardeio sobre a capital do Iêmen, informaram socorristas presentes em Sanaa.
A televisão dos rebeldes xiitas houthis que controlam a cidade desde 2014 atribuiu o ataque à coalizão militar árabe que apoia as forças do presidente Abd Rabo Mansur Hadi.
O bombardeio, que aconteceu por volta das três da madrugada pelo horário local (00H00 GMT, 21H00 de quinta-feira pelo horário de Brasília), destruiu dois edifícios em Faj Attan, um bairro residencial do sul de Sanaa, informaram um fotógrafo da AFP e várias testemunhas.
Um dos edifícios desmoronou imediatamente depois de ser atingido por um foguete, provocando a destruição do segundo, contou um habitante do local, Mohamed Ahmed.
Socorristas iemenitas disseram à AFP que 14 pessoas morreram, entre elas seis crianças.
Horas antes, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos havia anunciado que 42 civis morreram na última semana pelos bombardeios executados pela coalizão árabe dirigida pela Arábia Saudita no Iêmen. Esse balanço não considerava o bombardeio desta sexta-feira.
"Na semana de 17 a 24 de agosto, morreram 58 civis, 42 de deles pela coalizão sob o comando saudita", informou a porta-voz do Alto Comissariado, Liz Throssell, em uma entrevista coletiva em Genebra.
O balanço da ONU se baseia em uma série de bombardeios na quarta-feira, incluindo um ataque contra um hotel de Sanaa no qual morreram 33 pessoas e um outro bombardeio contra uma casa, também em Sanaa, que deixou seis mortos.
Na terça-feira "uma mulher e duas crianças foram mortas e duas mulheres e duas crianças ficaram feridos quando um bombardeio da coalizão dirigida pela Arábia Saudita chegou a uma casa da aldeia de Talan", no governo de Sanaa, segundo o comunicado da agência das Nações Unidas.
"Em todos esses casos, nos quais civis ficaram mortos ou feridos, as testemunhas disseram que não tinham sido avisados da iminência de nenhum ataque", acrescentou.
A coalizão dirigida por Riad começou seus ataques no Iêmen em 2015, em apoio do governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi contra os rebeldes huthis, aliados das tropas do ex-presidente iemenita Ali Abdalah Saleh.
Fonte: AFP
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