O míssil balístico intercontinental (ICBM, sigla em inglês) lançado na última sexta-feira pela Coreia do Norte se desintegrou ao reentrar na atmosfera, por isso o projétil não serviria para destruir um alvo real, é o que diz uma análise de especialistas publicada nesta terça-feira.
A análise, realizada pelo site especializado 38North, que é ligado à Universidade Johns Hopkins nos Estados Unidos, tem como base as imagens obtidas por câmeras da emissora pública de televisão do Japão, "NHK", que captaram o míssil pouco antes de ele cair no mar, a cerca de 200 quilômetros do litoral da ilha de Hokkaido.
As imagens mostram o chamado veículo de reentrada, que é instalado na ponta do míssil e contém a carga explosiva.
Para que um míssil intercontinental possa destruir um alvo, este veículo deve suportar o atrito extremo e as altas temperaturas quando realizar a reentrada na atmosfera, fatores que podem desintegrar as ogivas e modificar a trajetória do projétil.
"Se esta estimativa refletir a realidade, os engenheiros norte-coreanos ainda têm que dominar as tecnologias de reentrada e Kim Jong-un terá muito trabalho pela frente até conseguir um ICBM capaz de atacar território americano", concluíram os especialistas no texto.
O míssil Hwasong-14 foi lançado na sexta-feira pela Coreia do Norte, percorreu cerca de mil quilômetros e alcançou uma altura máxima de mais de 3.700 quilômetros, o que poderia indicar que o mesmo tem capacidade para alcançar boa parte do território dos EUA.
No entanto, a maioria dos especialistas duvida que o regime de Kim Jong-un consiga equipar os mísseis com ogivas nucleares e fazer com que estas efetuem corretamente a reentrada na atmosfera sem se desintegrar.
Fonte: EFE
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