Operações de busca localizam restos mortais em compartimentos selados e um corpo a oito milhas náuticas do local de colisão com petroleiro, perto de Cingapura. Incidente suspende operações marítimas americanas.
Mergulhadores encontraram restos mortais em compartimentos selados do destróier "USS John S. McCain", que colidiu com um petroleiro perto de Cingapura, comunicou nesta terça-feira (22) o general Scott Swift, comandante da Frota do Pacífico dos Estados Unidos.
Dez marinheiros americanos desapareceram após a colisão, mas Swift indicou ser prematuro dizer quantos foram localizados e qual o estado dos corpos recuperados. Em uma entrevista coletiva em Cingapura, o general indicou que a Marinha da Malásia, que também participa das buscas, localizou "potenciais" restos mortais dos marinheiros americanos e que está trabalhando para confirmar e identificar os corpos achados.
Swift relatou também que as autoridades da Malásia encontraram um corpo e o enviaram à Marinha dos EUA para identificação. A Marinha da Malásia confirmou ter encontrado um corpo a oito milhas náuticas a noroeste do local da colisão (cada milha náutica equivale a 1.852 metros).
O almirante garantiu que os esforços de busca e resgate, que envolvem centenas de pessoas de vários países, continuarão, acrescentando: "Teremos sempre a esperança de que haja sobreviventes".
O "USS John S. McCain" sofreu significantes danos em seu casco quando colidiu com o "Alnic MC", um petroleiro de 30 mil toneladas e que navegava com bandeira da Libéria. O acidente que também deixou cinco marinheiros feridos, ocorreu antes do amanhecer de segunda-feira, perto do estreito de Cingapura, e inundou diversos compartimentos da embarcação americana. Swift elogiou a equipe a bordo por salvar vidas e o "USS John S. McCain".
Por causa do acidente, todas as operações militares marítimas dos EUA foram interrompidas em todo o mundo, dando início a uma revisão integral dos incidentes sofridos por navios americanos no Pacífico nos últimos meses. Em junho, o "USS Fitzgerald" colidiu com um navio cargueiro com bandeira de Filipinas na costa japonesa e deixou sete marinheiros mortos.
"Essa é a segunda colisão em três meses e é a última de uma série de incidentes na região do Pacífico. Essa tendência exige uma ação mais contundente", afirmou o almirante John Richardson em um vídeo publicado na conta oficial da Marinha americana no Twitter.
"Ordenei que se faça uma pausa operacional em todas as nossas frotas no mundo todo. Quero que os nossos comandantes de frota se reúnam para garantir que estamos tomando todas as medidas apropriadas de forma imediata para garantir operações seguras e eficazes em todo o mundo", completou o almirante.
Fonte: Deutsche Welle
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