sexta-feira, 21 de julho de 2017

OTAN - Exercício conjunto entre Rússia e Bielorrússia pode ser "Cavalo de Tróia"

O principal general dos EUA na Europa especulou que os próximos exercícios russo-bielorrusos poderiam ser um "cavalo de Tróia" que ultrapassasse sua escala planejada. Minsk e Moscou refutam as reivindicações e apontam para o avanço da OTAN em sua expansão para o leste.
O General Hodges apontou os exercícios Zapad 2017 envolvendo tropas russas e da Bielorrússia, que se realizarão na Bielorrússia em setembro, como uma possível estratégia para transferir equipamentos para o território bielorrusso. Embora reconheça que não há indícios de que a Rússia tenha planos além dos exercícios, ele repetiu seu discurso anterior á Moscou para ser mais aberta para acalmar os aliados da OTAN.

Tais alegações visam "justificar artificialmente" a movimentação militar da OTAN em torno da Rússia, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Grigory Karasin.

Hodges não foi o primeiro a expressar preocupação com os exercícios. Na segunda-feira (17), o embaixador da Polônia junto aos EUA Piotr Wilczek afirmou que as manobras são potencialmente perigosas para a Ucrânia e outros países. Os estados do Báltico parecem estar especialmente agitados, com a Estônia planejando hospedar mais tropas dos EUA e outros aliados à luz dos exercícios. Anteriormente, a Lituânia emitiu um relatório alegando que a Zapad 2017 pode resultar em uma provocação contra o país. 

Na quarta-feira (19), o enviado russo à OTAN, Alexander Grushko, disse que as "histórias de propaganda" emergentes sobre a Zapad 2017 e sua demonização são causadas pelo acúmulo militar da OTAN no flanco leste, disse politico russo.

"Se os países da OTAN estão realmente preocupados com a situação instável na região, primeiro o que eles precisam fazer é restringir suas próprias atividades militares, que são infundadas e contradizem as reais necessidades de segurança", disse Grushko.

Moscou e Minsk repetidamente refutaram a especulação em torno dos jogos de guerra planejados. Os exercícios conjuntos não representam qualquer ameaça para nenhum outro país e são de natureza defensiva, de acordo com o ministro da Defesa da Bielorrússia, Andrei Ravkov, que falou com a TASS na segunda-feira (17).

Recordando os jogos de guerra da OTAN de 2016 na Europa, Ravkov disse que não é a aliança que deveria estar preocupada. O Zapad 2017 é muito menos maciço do que os exercícios conjuntos da OTAN na Polônia, pois envolve cerca de 12.700 soldados, em comparação com os mais de 30.000 membros do serviço dos estados da OTAN e seus aliados envolvidas nos exercícios do ano passado.

"Enquanto a Anaconda 2016 não causou histeria entre nós, fomos receptivos ao exercício anterior", apesar de ter uma "natureza óbvia hostil", disse o ministro da Defesa. Ele também enfatizou que as organizações internacionais, incluindo a ONU, a OTAN e a OSCE, bem como mais de 80 observadores estrangeiros, são convidadas para os exercícios, já que não há "nada para esconder".

Em junho, o embaixador russo em Minsk reiterou garantias de que os exercícios não constituem uma ameaça para nenhum dos vizinhos do país, em meio ao que ele chamou de "especulação insalubre" em torno dele.

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com agências
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