A Polônia e os EUA firmaram um acordo para o fornecimento do sistema de defesa de mísseis Patriot, que deverá estar em operação até 2022, de acordo com o Ministério da Defesa da Polônia. O acordo foi assinado durante a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, à Polônia.
"Um memorando foi assinado hoje à noite, onde o governo dos EUA concordou em vender mísseis Patriot em sua versão mais moderna à Polônia", afirmou o ministro da Defesa Antoni Macierewicz. A declaração veio na manhã desta quinta-feira (6), enquanto Trump estava em Varsóvia realizando uma breve visita antes de partir para a cimeira do G20, que começará em Hamburgo, na Alemanha, na próxima sexta-feira (7).
O custo do sistema não foi divulgado, já que o contrato de compra ainda não foi assinado. Anteriormente, a Polônia esperava pagar cerca de 7,6 bilhões de dólares pela compra de oito sistemas de defesa de mísseis Patriot, que deverão ser entregues ao país até 2022.
"O sistema que estamos adquirindo é especialmente adaptado às necessidades do Exército polaco", disse Macierewicz.
Falando em uma coletiva de imprensa após o encontro com Trump, o presidente da Polônia, Andrzej Duda, disse ter "uma sensação de que os Estados Unidos levam a sério a segurança da Polônia". Varsóvia expressou reiteradamente suas preocupações com sua segurança devido a "crescente agressão e ameaça crescente do "Oriente ", aparentemente insinuando a Rússia como tal ameaça.
Enquanto isso, o presidente dos EUA afirmou que Washington está trabalhando com os aliados da OTAN para lidar com o "comportamento desestabilizador" da Rússia.
"Estamos trabalhando com a Polônia em resposta às ações da Rússia e ao seu comportamento desestabilizador", disse Trump a repórteres sem especificar nenhum movimento por parte da Rússia.
"Não há dúvida de que a presença de tropas americanas e tropas da OTAN na Polônia hoje é absolutamente justificável" à luz da situação de segurança na Europa e a situação na Ucrânia, disse Duda. A Polônia acolhe cerca de 5.000 soldados americanos, mas os presidentes "não discutiram garantias" do futuro das tropas, observou Trump.
Moscou repetidamente condenou o acúmulo de forças da OTAN no Mar Báltico e na Europa Oriental, incluindo a implantação de novos elementos da defesa antimíssil dos Estados Unidos. Enquanto a aliança continua concentrando forças perto de suas fronteiras, a Rússia iniciou os preparativos para os próximos exercícios estratégicos conjuntos "Zapad-2017", que será realizada na Bielorrússia no final deste ano.
A Rússia respondeu imediatamente à declaração de Trump sobre seu "comportamento desestabilizador".
"Nós não concordamos com essa abordagem", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. A declaração chegou apenas um dia antes da reunião tão aguardada entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump. O Kremlin espera que os dois líderes estabeleçam "um diálogo de trabalho, que é vital para todo o mundo em termos de melhoria da eficiência na resolução de conflitos e problemas mundiais".
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com agências
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