O exército dos EUA desdobrou o sistema Patriot para o Báltico com o objetivo declarado de participar nos exercícios de guerra da OTAN, segundo declarou o Ministério da Defesa da Lituânia. É o primeiro desdobramento para uma região que já registra um grande acúmulo de meios militares em proximidade ás fronteiras russas.
Os Patriots chegaram à Lituânia como parte dos exercícios de defesa aérea "Tobruq Legacy 2017", que serão realizados até 22 de julho, informa um comunicado do Ministério da Defesa da Lituânia enviado a imprensa.
O exercício envolverá cerca de 500 soldados e 30 sistemas de defesa aérea de diversos tipos, segundo o ministério, sem fornecer detalhes sobre o tamanho da força-tarefa dos EUA ou o número de baterias Patriot desdobradas.
"A implantação demonstra o firme compromisso dos EUA com a segurança da Lituânia e sua alta disposição para enviar capacidades estratégicas para a região" , afirmou.
Além da Lituânia, o "Tobruq Legacy 2017" será conduzido na República Tcheca e na Romênia sob os auspícios do Comando Conjunto da Força Aérea da OTAN. Também envolverá militares de mais três aliados da OTAN: Reino Unido, Letônia e Polônia.
É a primeira implantação de sistemas Patriot na região do Báltico, em meio a um enorme acúmulo militar da OTAN na região.
Desde o início da crise ucraniana em 2014, a OTAN acusou Moscou de auxiliar os rebeldes que rejeitaram o golpe Euromaidan apoiado pelo Ocidente em Kiev e começaram a implantar tropas na região.
Atualmente, os membros do bloco mantêm várias tropas multinacionais e unidades de força aérea que patrulham o espaço aéreo do Báltico por rotação. O deslocamento foi seguido por uma série de exercícios militares maciços na fronteira da Rússia.
O exercício anterior, o "Iron Wolf 2017" que durou 10 dias, ocorreu na Lituânia em maio, como parte de uma série de manobras mais amplas. Cerca de 5.300 soldados de 10 países da OTAN chegaram ao país para dissuadir a "agressão" russa .
A Rússia criticou consistentemente o acúmulo militar da OTAN ao longo de suas fronteiras como uma ameaça à segurança nacional. Em fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, culpou a OTAN por incitar um conflito com Moscou e usar sua "missão oficial recém-declarada para deter a Rússia" como pretexto.
Também em fevereiro, falando na conferência de segurança de Munique, o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, observou que "a expansão da OTAN levou a um nível de tensão sem precedentes nos últimos 30 anos na Europa".
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com agências
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