A França afirmou nesta sexta-feira (30) que um relatório da agência mundial de armas químicas afirma que o gás nervoso sarin foi usado em um ataque na Síria lançado em abril é "inequívoco", e que os membros da organização devem agir com firmeza em reação às revelações.
Depois de entrevistar testemunhas e testar amostras, uma missão investigativa da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) concluiu que "um grande número de pessoas, algumas das quais morreram, foram expostas ao sarin ou a uma substância como o sarin", segundo o relatório.
"As conclusões deste relatório são incontestáveis", disse o Ministério das Relações Exteriores francês em comunicado. "A Opaq e seus membros devem assumir suas responsabilidades e condenar, nos termos mais fortes, esta violação intolerável do regime de não proliferação".
O ataque de 4 de abril, no qual dezenas de pessoas foram mortas na cidade de Khan Sheikhoun, localizada em Idlib, província do norte sírio, foi o mais letal da guerra civil do país em mais de três anos.
Agora uma investigação conjunta da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Opaq, pode analisar o incidente para determinar de quem é a culpa.
Serviços de inteligência ocidentais acusaram o governo do presidente da Síria, Bashar al-Assad, pelo ataque, mas autoridades sírias vêm negando repetidamente o uso de toxinas proibidas no conflito.
A Rússia, principal apoiadora de Assad, disse nesta sexta-feira (30) que as descobertas da Opaq se basearam em indícios duvidosos.
Desde a posse do presidente Emmanuel Macron, a França vem buscando uma cooperação mais estreita com Moscou, especialmente no tocante à Síria, e disse que o diálogo com os russos sobre o cumprimento de uma resolução de 2013 do Conselho de Segurança da ONU para evitar o uso de armas químicas é uma de suas prioridades.
O ataque de Khan Sheikhoun motivou os Estados Unidos a dispararem mísseis contra uma base aérea síria que os norte-americanos disseram ter sido empregada para lançar a operação. A França disse que qualquer novo ataque seria um "limite" que poderia provocar ataques aéreos franceses unilaterais.
"Aqueles que provocaram as atrocidades de Khan Sheikhoun e outros ataques com armas químicas devem enfrentar a justiça por seus crimes", disse a chancelaria.
Mas há de se investigar de onde realmente partiu tal ataque, uma vez que os extremistas que dominaram por um longo período vastas áreas do território sírio podem ter tido acesso ao arsenal químico o qual dispunha o governo sírio, ponto no qual esta amparada a defesa de Assad em relação ao suposto ataque.
GBN News e Reuters
O último parárafo CAGOU o texto...
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