O combate à disseminação de notícias falsas nas redes sociais foi um dos temas centrais dos debates do primeiro dia do 12.º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) em São Paulo.
No evento, que começou nesta quinta-feira, 29, e se estenderá até este sábado, 1.º, a Abraji também homenageou o repórter Carlos Wagner, que ganhou mais de 30 prêmios em sua carreira ao longo de 31 anos no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e Sérgio Gomes, do projeto Repórter do Futuro (Instituto Oboré).
No principal painel desta quinta-feira, Luis Renato Olivalves, diretor de Parcerias de Mídia do Facebook, Sérgio Dávila, editor executivo do jornal Folha de S.Paulo, e Carlos Eduardo Lins da Silva, responsável pela edição brasileira da Columbia Journalism Review, discutiram os efeitos da chamada “pós-verdade” na sociedade e a credibilidade da atividade jornalística. A mediação foi de Angela Pimenta, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor).
Olivalves apontou iniciativas do Facebook para reduzir a disseminação de informações falsas. As providências foram tomadas depois que a plataforma foi usada para espalhar inverdades na última campanha presidencial nos Estados Unidos.
Uma delas, segundo o diretor do Facebook, é acabar com os incentivos econômicos para a publicação de informações falsas. Outra iniciativa é o desenvolvimento de novos produtos com o objetivo principal de combater as chamadas “fake news” e ampliar a exposição dos leitores a fontes confiáveis de notícias. Dávila destacou que o fenômeno das notícias falsas não é novo. “O que mudou foi a facilidade de disseminação”, afirmou o editor executivo.
Diretor da Sucursal de Brasília do Estado, Marcelo Beraba mediará o debate “Abraji Talks: boas histórias”, nesta sexta-feira, 30, às 16h.
Fonte: Estadão
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