Um caça Su-30 interceptou um P-8 "Poseidon" americano sobre o Mar Negro em 9 de maio, revelou o Ministério da Defesa russo nesta sexta-feira (12).
"Depois de se aproximar da aeronave cumprindo as convenções internacionais com uma distância segura, o piloto russo identificou visualmente a aeronave como um avião de vigilância P-8A Poseidon dos EUA", disseram os militares russos.
O piloto russo "cumprimentou" os tripulantes norte-americanos com uma manobra especial, após o contato a aeronave americana mudou de rumo para longe da fronteira russa.
O incidente ocorreu em 9 de maio, por volta das 9h GMT, quando os radares russos detectaram um alvo aéreo sobre as águas neutras do Mar Negro, aproximando-se da fronteira russa.
Um avião de caça Su-30 foi designado para interceptá-lo, disse o ministério de defesa, acrescentando que o caça retornou em segurança à base.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, rejeitou qualquer alegação de que a intercepção possa ser considerada um " risco injustificado ".
Anteriormente, a NBC informou que um caça russo Su-27 aproximou-se de uma aeronave norte-americana sobre águas neutras do Mar Negro, a uma distância de até sete metros.
O canal citou a capitã Pamela Kunze, porta-voz da US Naval Forces Europe, que disse que a aeronave estava em uma operação de rotina no espaço aéreo internacional. Ela também afirmou que as aeronaves e navios da Marinha dos EUA costumam interagir com navios e aeronaves russas em águas internacionais e que "a maioria das interações são seguras e profissionais", de acordo com a NBC.
O ocorrido se deu cerca de uma semana após caças e bombardeiros russos terem sido interceptados durante a realização de voos de rotina próximo ao Alasca. O Ministério da Defesa russo afirmou que esses vôos não violam as fronteiras de nenhuma nação ou regras internacionais, e missões semelhantes são realizadas sobre o Atlântico e o oceano Ártico, bem como o Mar Negro.
As aeronaves foram interceptadas por aeronaves dos EUA. Funcionários norte-americanos também trataram o incidente como rotineiro, descrevendo-o como "sem problemas " e dizendo que cerca de 60 incidentes ocorreram desde 2007.
Na verdade, esses incidentes não são raros. Em Abril, dois Tu-95 russos foram interceptados pelos F-22 dos EUA, a cerca de 100 milhas da Ilha de Kodiak, no Alasca, e o Pentágono disse que os bombardeiros russos foram escoltados durante 12 minutos pelos caças norte-americanos no espaço aéreo internacional. O porta-voz da marinha, Comandante Gary Ross, observa que tais ações são executadas de maneira "segura e profissional".
Em fevereiro, dois bombardeiros estratégicos russos Tu-160 foram monitorados pela Força Aérea Real no nordeste da Grã-Bretanha, que enviou suas aeronaves afim de "observar" a movimentação russa.
Moscou expressou surpresa com a atenção zelosa dada pelos membros da OTAN às operações de rotina das forças russas.
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com agências
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