O Ministério da Defesa da Rússia publicou uma foto do primeiro gato a participar de uma viagem de longo alcance com a frota russa rumo à costa da Síria.
Desde então, os internautas vêm discutindo um possível nome para o bichano e até sugeriram dar ao gato uma patente militar.
A foto, que viralizou na rede russa, também chegou à imprensa ocidental. O jornal britânico "Telegraph", por exemplo, escreveu que “esse gato tem um trabalho mais perigoso do que os felinos que os britânicos têm em Westminster, que, acima de tudo, encontram-se com embaixadores estrangeiros e capturam camundongos”.
O jornal inglês acrescenta ainda que, “embora a Rússia e o Ocidente tenham muitas diferenças, uma coisa que une os dois é sua obsessão felina”.
Na Rússia, os gatos têm servido a bordo de navios durante centenas de anos e tornaram-se membros de pleno direito das tripulações, recebendo prêmios e medalhas, e até mesmo monumentos. Além de matar os ratos que infestam as embarcações, os bichos também ajudam a confortar os humanos em missões complexas.
De museus a esportes
1. Botsman (‘contramestre’) está servindo no cruzador nuclear Kirov da frota russa. Ele executa todas as ordens do comandante de forma irrepreensível e, regularmente, realiza treinamentos com a ajuda de um apontador laser.
Também possui vários marinheiros peludos sob sua supervisão, cada qual com sua própria responsabilidade: alguns ficam de plantão no corredor, memorizando os rostos daqueles que vai e vem, enquanto outros servem no grande refeitório, estudando atentamente aqueles que entram. Como recompensa pelo bom serviço, Botsman tem permissão para dar um passeio no estaleiro Zvezdotchka, em Severodvinsk, onde há ratos em abundância.
2. Os navios de cruzeiro fluvial contam com gatos a bordo. A empresa Vodokhod, por exemplo, dispõe de dois gatos em seu navio. Um é também chamado Botsman; já seu assistente, responde pelo nome de Matros (‘marinheiro’).
3. Os museus têm, geralmente, acervos em seus porões, onde há uma grande quantidade de ratos. Não é à toa que o famoso Hermitage, em São Petersburgo, possui uma trupe de felinos bastante conhecidos do público.
A verdade é que os gatos moram no edifício desde o tempo da imperatriz Elisabeth Petrovna. Em 1747, ela emitiu um decreto para que “gatos domésticos adequados para a captura de ratos” fossem instalados no Palácio de Inverno.
Uma carruagem cheia de gatos da raça Azul Russo foi transportada às pressas de Kazan diretamente para a residência imperial em São Petersburgo.
O Museu de História e Arte de Serpukhov, na região de Moscou, também contratou um gato para cuidar de suas instalações.
4. Quando o assunto é esporte, alguns gatos também viraram mascotes. O Machka, por exemplo, é um símbolo vivo do clube do hóquei de gelo Dínamo de Moscou, e muitos acreditam que o felino ruivo traz boa sorte para a equipe. Durante uma partida, o gato disparou sob os pés de Aleksandr Radulov, uma das estrelas da equipe adversária CSKA. Radulov tropeçou, e o Dínamo ganhou vantagem, fazendo com que o CSKA não só perdesse o jogo, mas toda a série. Foi esta história que fez de Machka uma sensação, angariando 1.500 novos seguidores no Instagram e no Twitter.
Fonte Gazeta Russa
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