"Os Estados Unidos se darão conta do alto preço que terão que pagar por suas acusações sem fundamento contra a Coreia do Norte", expressou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano em comunicado recolhido pela agência estatal "KCNA" na noite de sexta-feira.
O Departamento de Estado dos EUA estuda a possibilidade de incluir novamente Pyongyang na lista após Seul ter solicitado a medida por saber que Kim Jong-nam, irmão mais velho do líder norte-coreano, foi assassinado na Malásia com o agente químico VX, crime pelo qual o Sul acusa o Norte.
Pyongyang negou desde o princípio ter envolvimento, responsabilizou a Malásia pela morte de Kim Jong-nam e acusou Kuala Lumpur e EUA de terem confabulado com Seul para jogar a culpa no regime norte-coreano.
A Coreia do Norte disse se opor "a qualquer forma de terrorismo e qualquer apoio ao mesmo", postura que diz ter "demonstrado consistentemente na prática", segundo o texto.
O regime de Kim jong-un acusou Washington de querer incluí-lo na lista "apesar de não ter nada em comum com ela", uma decisão que considera uma "expressão de repugnância" e "atitude hostil" por parte do governo americano.
"Não importa que os Estados Unidos volte a chamar a Coreia do Norte de 'patrocinador do terrorismo' em linha com seus padrões e interesses, este país nunca será um 'patrocinador do terrorismo'", insistiu o porta-voz no comunicado.
A Coreia do Norte foi incluída na lista após o atentado perpetrado em 1987 por dois agentes de Pyongyang que colocaram uma bomba em um avião comercial sul-coreano cuja explosão matou os 115 ocupantes.
Em 2008, o governo de George W. Bush retirou Pyongyang da lista graças aos progressos nas conversas de seis lados para tentar conseguir a desnuclearização do regime.
A Coreia do Sul pediu no final de fevereiro que os EUA voltassem a incluir o Norte na lista por causa do assassinato de Kim Jong-nam na Malásia, pelo qual responsabiliza o país vizinho.
Fonte: EFE
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