Após longos anos de certezas e incertezas na negociação afim de realizar a aquisição de um novo sistema de defesa aérea para as forças armadas brasileiras, o sistema russo Pantsir S1 que havia sido alvo das negociações, que previam até a transferência de tecnologia ao Brasil, foi recusado pelo governo brasileiro, que cancelou em definitivo as negociações a esse respeito.
Vários fatores levaram ao cancelamento das intenções brasileiros de adotar o sistema russo, que chegou por diversas vezes a ter confirmada a intenção de realizar sua aquisição, sendo cogitado para cobrir o espaço aéreo durante os jogos olímpicos, não conseguiu fechar o acordo.
Um dos grandes fatores que podem ter influenciado na decisão pode não ter sido nem tanto as questões técnicas, uma vez que o sistema é único em sua categoria e possui capacidades atraentes, porém, a empresa russa se associou à Odebrecht para fornecer o sistema aí Brasil com o pacote de transferência de tecnologia, e como é de conhecimento público, a Odebrecht e suas diversas áreas de atuação tem sido alvo de investigações após os escândalos de corrupção e super faturamento envolvendo o grupo brasileiro em diversos de seus contratos.
Outro ponto que pode também ter pesado na decisão, é o desenvolvimento promovido pela Avibras em parceria com a MBDA de um sistema nacional de defesa aérea que se encaixa no nicho de mercado hoje atendido pelo Pantsir. A solução desenvolvida em conjunto para o projeto de defesa antiaérea de média altura é uma adaptação do sistema CAMM (Common Anti-Air Modular Missile), produto de última geração da MBDA.
O conceito apresentado envolve o desenvolvimento de um míssil brasileiro a partir do sistema CAMM, inicialmente chamado de AV-MMA, e o sistema modular deverá ser montado nos chassis Tatra dos veículos já desenvolvidos para o Sistema ASTROS 2020, um dos produtos mais bem-sucedidos da AVIBRAS. O projeto busca obter cerca de 70% de conteúdo nacional.
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