Após o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, acatar pedidos de Roraima e Amazonas, agentes da Força Nacional de Segurança Pública chegaram nesta terça-feira (10) a Manaus e Boa Vista para ajudar a polícia estadual a conter a crise no sistema carcerário.
O governador amazonense, José Melo, pediu reforço de pessoal ao governo federal após ao menos 64 presos serem assassinados na capital nos últimos dias, a maioria no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), os primeiros agentes da Força Nacional que vão atuar em Manaus desembarcaram na cidade por volta das 5h (hora de Brasília). Um segundo avião chegou por volta das 10h30. Ambas as aeronaves partiram do Rio de Janeiro, transportando um total de cem agentes.
Moraes anunciou na noite desta segunda-feira que os homens vão fazer policiamento e dar apoio aos bloqueios nas estradas e no perímetro das penitenciárias. Dez dos agentes devem colaborar com a administração dos presídios.
Roraima também recebe cem agentes nesta sexta-feira, transportados em três aviões da FAB que decolaram de Brasília e do Rio de Janeiro. A primeira aeronave, com mais de 60 agentes e mais de cinco toneladas de equipamentos, chegou a Boa Vista por volta das 12h30.
O estado registrou a morte de ao menos 33 detentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), na sexta-feira passada. A governadora de Roraima, Suely Campos, pediu à Força Nacional que auxilie no controle da penitenciária. No entanto, Moraes afirmou que os agentes enviados ao estado devem auxiliar na captura de presos foragidos, na vigilância, em barreiras policiais nas estradas e na escolta de presos.
"Nenhum pedido para a Força Nacional agir como agente penitenciário será deferido. Isso é ilegal pela lei que criou a Força Nacional. Ela é composta de policiais militares e há uma unanimidade, independentemente de ideologia, de que quem prende não deve cuidar. Isso é uma contingência legal", declarou Moraes.
Além do Amazonas e de Roraima, outros cinco estados vão receber apoio federal para enfrentar problemas no sistema penitenciário: Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins.
Fonte: Deutsche Welle
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