No ano de 1983 a Ford encerrava a produção do "místico" Jeep, isso abriu uma lacuna neste nicho do mercado, e a Engesa sempre atenta as oportunidades que surgiam adquiriu a Envemo, da qual absorveu importantes projetos como o que deu origem ao EE-34, um caminhão leve que iremos conhecer futuramente em outro artigo, assim decidiu desenvolver um veículo para atender a esse mercado, visando não apenas o mercado nacional, mas também o mercado externo.
Então em 1984 O jipe Engesa EE-12 foi apresentado ao público no Salão do Automóvel, em novembro, e lançado no ano de 1985, surge então o Jipe Engesa EE-4 em sua versão civil e o EE-12 na versão militar de um dos mais fantásticos off-road nacionais. As diferenças entre as versões civil e militar ficavam nos equipamentos específicos para uso militar e o sistema elétrico, que era diferente entre as duas versões sendo 12 volts no EE-4 e 24 volts no EE-12.
Então em 1984 O jipe Engesa EE-12 foi apresentado ao público no Salão do Automóvel, em novembro, e lançado no ano de 1985, surge então o Jipe Engesa EE-4 em sua versão civil e o EE-12 na versão militar de um dos mais fantásticos off-road nacionais. As diferenças entre as versões civil e militar ficavam nos equipamentos específicos para uso militar e o sistema elétrico, que era diferente entre as duas versões sendo 12 volts no EE-4 e 24 volts no EE-12.
O EE-4/EE-12 possuia um chassi tubular de desenho inovador, fabricado pela FNV, empresa do grupo Engesa, a carroceria metálica de linhas angulares e funcionais, harmoniosas, concebido para ser um veículo valente e resistente, capaz de transportar cargas e pessoas em estradas acidentadas, lama, areia ou alagadiços, o Engesa EE-4/EE-12 ainda acumulava conforto em relação aos veículos da sua classe, contando com um sistema de suspensão com quatro barras oscilantes longitudinais e molas helicoidais de longo curso e amortecedores de dupla ação, a suspensão era seu ponto alto, inédita no mercado nacional e o amplo espaço da cabine. O carro saía de fábrica com estrutura toda em aço reforçado e com tratamento anticorrosivo. A carroceria, com chapas dobradas e não estampadas, teve por objetivo tornar a construção mais simples, aumentar a resistência e facilitar a manutenção e eventuais reparos.
Internamente, um espaço razoável para quatro passageiros, com bancos dianteiros individuais e ajustáveis, e traseiro interiço e removível, todos confeccionados em vinil. O painel é absolutamente funcional, oferecendo fácil visualização dos instrumentos: velocímetro, medidor de combustível, indicador de temperatura do motor e luzes de advertência da bateria, óleo, freio de estacionamento, luz alta, setas de direção e do acionamento da tração 4×4. Várias peças eram advindas de automóveis comuns no mercado da época, principalmente modelos GM, como o Opala do qual usou o motor 151.
Logo no início da produção, recebeu o apelido de “rinoceronte”, devido ao design agressivo da grade dianteira e sua robustez capaz de enfrentar qualquer obstáculo de terreno.
O EE-12 teve três versões Fases I, II e III, diferenciando entre si os chassis curto, médio e longo, respectivamente. Todos foram um grande sucesso de exportação, principalmente para países do oriente médio como o Iraque e a Jordânia. O Exército Brasileiro chegou a receber algumas unidades do EE-12 Fase II com motor diesel Perkins de 90cv, usados até hoje em algumas unidades.
A Engesa chegou a fazer um protótipo Fase I diesel de quatro cilindros proveniente da antiga Kombi, porém o projeto não vingou devido a falta de torque e potência no motor VW. Os EE-4 foram motorizados com motores GM 151 de 85cv originários do Opala com quatro cilindros, podendo ser à gasolina ou a álcool , este último possuía 88cv.
Originalmente, nenhum EE-4 recebeu caixa de reduzida. Contando com um câmbio de cinco marchas, onde a primeira é extremamente curta e funciona como uma “super reduzida”.
Quando foi lançado, a fábrica localizada em São José dos Campos, SP, produziu inicialmente 100 unidades mensais, mas com aumento previsto para atender às demandas de vendas no mercado interno e externo.
Em 1989 o jipe foi alongado em 30 cm, dando origem ao Fase II, o que ajudou a entrada para os passageiros de trás, com uma porta mais ampla. O painel ficou mais moderno quando teve os botões substituídos por teclas. A Engesa entrou entrou em concordata em 1990, paralisando a fábrica e sem condições de pagar os salários mensalmente aos mais de mil empregados.
Ainda nos anos 1990, saiu da linha de produção alguns EE-4 com motores GM de 6 cilindros. Em 1991, a instalação em São José foi vendida para a Embraer, e a falência foi decretada em outubro de 1993. Nesse tempo, uma terceira versão foi vendida por aqui, o Jordânia que fazia parte de um lote fabricado para o país árabe, seguindo as especificações das Forças Armadas locais e possuindo um chassis alongado.
Ao todo, mais de 1.600 jipes EE-4/EE-12 foram fabricados, dos quais aproximadamente 500 serviram aos militares. Hoje encontramos muitos da versão EE-4 ainda rodando Brasil á fora, sendo muito apreciado pelos praticantes de Off-Road.
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