segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

FAB envia aviões para combater incêndios no Chile

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As aeronaves partiram da Base Aérea do Galeão (RJ) rumo a Concepción, no Chile, onde ao menos 11 pessoas morreram e milhares foram afetadas naquela que é considerada a pior onda de incêndios florestais no país.

Dois aviões C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) decolaram neste domingo (29) da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, rumo a Concepción, no Chile, para ajudar a combater os incêndios florestais que há duas semanas se estendem pelo centro e o sul do país andino, informou o Ministério da Defesa.
Segundo o governo, um dos C-130 viajou equipado com o sistema de combate a incêndio conhecido como Maffs (siga em inglês de Modular Airbone Fire Fighting System). A outra aeronave transportou equipamentos e militares que irão realizar o reabastecimento do sistema, e retornará ao Brasil na sequência, escreveu o Portal Brasil.
Segundo o portal, 30 militares estão envolvidos nesta missão, entre aeronavegantes, equipe de operação do sistema Maffs e de manutenção. Após esvaziar seus cinco reservatórios em voo, o C-130 retornará à base em Concepción e, em cerca de 15 minutos, estará abastecido de água e pressão para fazer um novo lançamento, informou o site do governo.
No início do mês, a FAB já havia enviado ao Chile outro avião C-130 Hércules com 50 brigadistas do Ibama para atuar no combate aos focos de incêndio no país.
Até agora, ao menos 11 pessoas morreram e milhares foram afetadas naquela que já é considerada a pior onda de incêndios florestais da história do Chile, que calcinou dezenas de milhares de hectares entre as regiões de Coquimbo e a Araucanía.
Segundo o último balanço das autoridades chilenas, há 110 incêndios ativos, dos quais 60 estão em fase de combate, 49 foram controlados e um pode ser considerado extinto, com uma superfície afetada de cerca de 375 mil hectares.

Fonte: Deutsche Welle
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"EUA deveriam rever aliança com Arábia Saudita e Paquistão"

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Sem uma postura mais rígida em relação a Riad e Islamabad, Washington não vencerá o radicalismo islâmico, afirma o especialista Arif Jamal. Mas, segundo ele, ainda é cedo para avaliar a estratégia de Trump.

O decreto do presidente Donald Trump que proíbe o ingresso nos Estados Unidos de cidadãos de sete países de maioria muçulmana deixou de lado a Arábia Saudita, o Paquistão e o Afeganistão, apesar de a maioria dos grupos terroristas islâmicos que atacaram os Estados Unidos nos últimos anos terem raízes e forte presença justamente nesses países. 
Além disso, nenhum atentado terrorista nos Estados Unidos, desde o 11 de Setembro, foi executado por pessoas com origens nos sete países da lista de banidos por Trump – Iraque, Síria, Sudão, Irã, Líbia, Somália e Iêmen.
Em entrevista à DW, o especialista em segurança e extremismo Arif Jamal afirma que os Estados Unidos não conseguirão vencer a guerra contra os radicais islâmicos enquanto tiverem países como Arábia Saudita e Paquistão como aliados. "Sem uma postura mais rígida em relação à Arábia Saudita, Washington não conseguirá vencer o islã radical e os grupos jihadistas", afirma.
DW: Sauditas estavam entre os terroristas responsáveis pelos ataques do 11 de Setembro. O atentado em San Bernardino foi executado por um casal com origens paquistanesas, e o ataque a uma boate em Orlando, por um cidadão americano com raízes afegãs. Por que Arábia Saudita, Paquistão e Afeganistão não estão na lista de proibição de ingresso do presidente Donald Trump?
Aria Jamal: Ainda é muito cedo para avaliar a estratégia de Trump, e além disso muito difícil. Apesar de a imprensa americana ter levantado a hipótese de que Trump excluiu esses países por ter laços econômicos com eles, isso só se aplicaria ao caso da Arábia Saudita. Trump não tem qualquer relação de negócios com o Afeganistão ou o Paquistão. Eu acho que ele deixou o Afeganistão de lado porque o contrário traria um monte de problemas para os soldados americanos estacionados no país e também para outros americanos que trabalham por lá. É evidente que, num caso como esse, o governo afegão encerraria a cooperação com Washington. No caso do Paquistão, a situação é outra: acho que Trump ainda está formulando uma linha política geral para o país. Uma coisa, porém, é certa: os Estados Unidos não têm como vencer a guerra contra o radicalismo islâmico enquanto Arábia Saudita e Paquistão forem seus [dos Estados Unidos] aliados.
Fica a impressão de que as alianças geopolíticas do novo presidente no Oriente Médio e no sul da Ásia não se diferenciam muito das dos seus antecessores Obama e Bush.
Repito: é muito cedo para fazer essa avaliação. Trump com certeza está revisando a postura do governo Obama em relação ao Irã. Se o decreto sobre proibição de entrada for tomado como pedra angular da linha de Trump, essa certamente não se diferencia muito daquelas seguidas por seus antecessores. Há, porém, relatos de que Trump procura a ajuda da Rússia para coordenar a luta contra o "Estado Islâmico". Se isso se confirmar, a situação seria completamente outra. Mas como existe uma forte oposição à Rússia nos Estados Unidos, uma grande proximidade com Moscou traria dificuldades para Trump. Na minha opinião, porém, é impossível vencer o islã radical sem a ajuda da Rússia.
Por que Trump hesita em adotar uma linha mais dura em relação ao Paquistão e à Arábia Saudita? O que torna as relações de Washington com esses países tão especiais?
Acho que, nas próximas semanas, o curso em relação ao Paquistão será endurecido. No caso da Arábia Saudita, a situação é diferente. Mas gostaria de reforçar que, sem uma postura mais rígida em relação à Arábia Saudita, Washington não conseguirá vencer o islã radical e os grupos jihadistas.
O Paquistão e a Arábia Saudita vão se sentir estimulados a prosseguir com seu suposto apoio a radical islâmicos agora que Trump os excluiu da sua lista de países com ingresso proibido?
Nem o Paquistão nem a Arábia Saudita veem um aliado em Trump. Na verdade, nenhum país de maioria muçulmana o vê como aliado. Isso explica por que muçulmanos em todo o mundo participam de manifestações contra Trump. E se trata de muçulmanos que, no seu próprio país, não saem às ruas para participar de protestos contra islamistas ou contra o governo.
Como a clara postura anti-Irã de Trump vai se refletir no conflito entre sunitas e xiitas no Oriente Médio?
Se Washington e Moscou firmarem uma aliança contra o "Estado Islâmico", Trump será obrigado a rever sua postura em relação ao Irã. Essa aliança também ajudaria a diminuir as tensões entre os diversos grupos étnicos e religiosos. Mas a proibição de ingresso para sete países de maioria muçulmana não deve ser vista como uma linha política geral em relação ao mundo muçulmano. Até agora, Trump agiu para unir seus apoiadores, os fundamentalistas cristãos e os racistas brancos. Mais do que isso não deve ser entendido.

Fonte: Deutsche Welle
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Acidente com submarino em 1974 poderia ter iniciado a 3ª Guerra Mundial, mas isso foi encoberto

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Documentos liberados pela CIA, na semana passada revelaram um incidente que ocorreu durante a Guerra Fria, que poderia ter causado um desastre global.
Um submarino nuclear americano, que carregava 160 ogivas, colidiu com um submarino soviético perto de Holy Loch, uma base naval dos Estados Unidos, em novembro de 1974.
Um arquivo “ultra secreto” endereçado ao Secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, detalha a colisão entre o submarino americano e russo.
O memorando, digitado por Brent Scowcroft, diz: “Recebi notícias do Pentágono de que nosso submarino Poseidon colidiu com um submarino soviético”.
“James Madison seguia para Holy Loch para ocupar a estação quando bateu em um submarino soviético que aguardava fora do porto”.
“Ambos os submarinos submergiram novamente após o ocorrido”.
“Ainda não há relatórios sobre a extensão dos danos. Manteremos vocês informados”.
Hans Kristensen, especialista em armas nucleares que trabalha para a Federation of American Scientists em Washington, disse que a colisão poderia ter levado a um desastre “se uma das tripulações tivesse interpretado o ocorrido como um ataque e tivesse decidido se defender afundando o outro submarino”.
Kristensen disse: “o James Madison era um submarino balístico armado com 16 misseis Posseidon e 160 ogivas nucleares.
“O pior cenário provavelmente teria sido se a colisão tivesse provocado explosões, que provavelmente ejetariam e destruiriam as ogivas”.
Nenhum outro detalhe sobre o incidente da base Holy Loch foi liberado, mas o James Madison continuou em serviço até 1992, quando ele foi desativado.

Fonte: Yahoo news
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Comando morre em primeira operação militar dos EUA autorizada por Trump

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Um comando dos Estados Unidos morreu e três outros ficaram feridos ao realizar uma operação mortífera contra a Al Qaeda no sul do Iêmen na madrugada de domingo, a primeira operação militar dos EUA autorizada pelo presidente Donald Trump.
Os militares norte-americanos disseram ter matado 14 militantes durante um ataque a uma ala poderosa da Al Qaeda que tem sido alvo frequente de ataques de drones (aeronaves não-tripuladas) dos EUA. Médicos no local, porém, disseram que cerca de 30 pessoas, incluindo 10 mulheres e crianças, foram mortas.
Outros dois efetivos norte-americanos ficaram machucados quando uma aeronave militar dos EUA foi enviada para retirar os comandos feridos, mas foi alvejada e teve que ser "intencionalmente destruída no local", informou o Pentágono.
O novo presidente dos Estados Unidos classificou a operação como um sucesso e disse que a inteligência obtida no seu decorrer irá ajudar seu país a combater o terrorismo.
"Os norte-americanos estão entristecidos com a notícia de que a vida de um membro heróico da corporação foi perdida em nossa luta contra o mal do terrorismo radical islâmico", disse Trump em um comunicado.
A batalha no distrito rural de Yakla, na província de Al-Bayda, matou um líder veterano da facção da Al Qaeda no Iêmen, Abdulraoof al-Dhahab, além de outros militantes, disse a própria Al Qaeda.
Anwar al-Awlaki, filha de oito anos do pregador iemenita nascido nos EUA e ideólogo da Al Qaeda Anwar al-Awlaki, estava entre as crianças vitimadas pelo ataque, de acordo com seu avô.
Seu pai morreu em um ataque de drone dos EUA em 2011.
"Ela foi atingida por uma bala no pescoço e sofreu durante duas horas", relatou Nasser al-Awlaki à Reuters. "Por que matar crianças? Esse é o novo governo (dos EUA) é muito triste, um grande crime."
Em um comunicado, o Pentágono não se referiu a nenhuma baixa civil, embora um militar do país, falando sob condição de anonimato, tenha dito que isso não pode ser descartado.
O objetivo da operação era coletar informações sobre a Al Qaeda na Península Arábica, que é vista como uma das alas mais perigosas do grupo militante global, afirmou o militar.

Fonte: Reuters
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Rússia e Índia dispostas a exportar Mísseis Brahmos

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Recentemente a Rússia e a Índia através da joint-venture responsável pelo desenvolvimento e fabricação dos mísseis hipersônicos Brahmos, anunciaram que tem a intenção de fornecer á seus clientes a nova arma.

O míssil com alcance de 290km e capacidade de transportar uma ogiva de até 300kg á velocidades hipersônicas, esta sendo ofertado aos seus tradicionais clientes, após ter sido atendida a demanda inicial russa e indiana para incorporar a nova arma em seus arsenais.

O míssil possui grandes capacidades e um indica alto de eficiência, possuindo características únicas, sendo o único disponível no momento no mercado internacional de armas.

GBN seu canal de informação e notícias
com agências
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Leopard I - A espinha dorsal do Exército Brasileiro e sua história

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O Exército Brasileiro hoje tem como a espinha dorsal de sua força de blindados, o MBT alemão Leopard I-A5, viaturas que vieram a complementar os primeiros Leopard I-A1 comprados junto a Bélgica nos anos 90, uma escolha muito questionada e que determinou o fim do EE-T1 "Osório", uma vez que a Engesa não conseguiu fechar o contrato para venda do MBT nacional aos sauditas e não houve mais nenhuma nação interessada no blindado brasileiro.

Hoje o GBN através desta matéria irá contar um pouco sobre as origens do Leopard I, que sem sombra de dúvidas é um bom MBT, apesar de já estar em muitos pontos ultrapassado frente aos modernos MBTs, ainda possui características que o tornam uma viatura viável e capaz de operar.

O Leopard I nasceu no período pós-guerra, onde a Alemanha então dividida ao meio entre a URSS e a OTAN, sendo a linha de frente no conflito da Guerra Fria, região que vivia enorme tensão, lembrando que quando a República Federal da Alemanha foi fundada em 1949, não possuía forças armadas. O país permaneceu completamente desmilitarizado, sendo proibidos pela regulamentação aliada de constituir instituições militares. Até mesmo a Polícia Federal, que era uma força levemente armada contando com pouco mais de 10 mil homens só obteve autorização para ser constituída em 1951.

Protótipo Leopard I
Porém, isso mudaria na década de 50,  quando surgiu o debate entre as potências aliadas constituídas pelo Reino Unido, Estados Unidos e França, com relação a questão de se permitir ou não a criação de forças militares na Alemanha Ocidental. A França foi uma das principais opositoras á ideia de se reconstituir o exército alemão, principalmente pelo fato do país ter sido invadido ocupado pelos alemães uma década antes e também na Primeira Guerra, além da guerra franco-prussiana ocorrida no século anterior e ainda viva na memória francesa. Mas com a influência política e a forte pressão dos EUA, o governo francês acabou aceitando os planos de rearmamento da Alemanha e sua entrada como um dos signatários da OTAN. As tensões nas relações entre a URSS e a OTAN que oscilavam continuamente, elevando o risco de eclodir um novo conflito de grande proporções, senão um apocalipse nuclear, também foi uma grande justificativa para a iniciativa de se recriar um exército na Alemanha Ocidental.

Diante deste cenário turbulento surgiu o Bundeswehr, sendo oficialmente criado, em 12 de novembro de 1955. O Bundeswehr era constituído pelo Deutsches Heer (Exército Alemão), Deutsche Marine (Marinha Alemã) e a Deutsche Luftwaffe (Força Aérea Alemã). Heer recebeu blindados e outros equipamentos fornecidos pelo Exército dos EUA. No entanto, os alemães acharam necessário construir um novo Main Battle Tank (MBT), um que viesse a substituir os norte americanos "Patton", que deixavam muito a desejar em termos de nível técnico frente as ameaças daqueles dias. E o projeto veio a ser batizado de Leopard I.

Diante deste novo cenário, um ano após a recriação do exército alemão, em 1956, foi dado o primeiro passo rumo ao novo blindado alemão, que seria o primeiro desenvolvido no país após a derrota na Segunda Guerra. Vários desenhos foram estudados e se chegou a estabelecer uma parceria com a França, que naquela época também vinham estudando a concepção de um novo MBT para equipar suas forças, juntando-se ainda ao programa a Itália, porém, a iniciativa que visava aproximar tais nações não frutificou, terminando com cada um optando por desenvolver em forma separada seus próprios blindados. 

Apesar desse rompimento no programa de desenvolvimento, a Porsche, conhecida por fabricar velozes carros esportivos, apresentou o desenho que viria a se tornar o Leopard I, o primeiro MBT alemão do pós-guerra.

Armado com uma versão alemã do canhão Royal Ordnance L7 calibre 105 mm, e uma blindagem relativamente leve, o novo MBT foi capaz de atingir uma velocidade de 65 km/h, entrando em operação já em 1965, sendo ainda exportado para países como Bélgica, Austrália, Holanda, Noruega, Dinamarca, Canadá e Grécia.

Mas o Leopard I apesar de ter sido recém concebido já estava em vias de receber inovações, sendo introduzidas várias melhorias que deram origem á 6 novas variantes do blindado alemão entre os anos de 1974 e 1987, sendo conhecidas como variantes A1, A2, A3, A4, A5 e A6, sendo as últimas concebidas mesmo após o desenvolvimento e adoção do mais moderno Leopard II pelas forças alemãs, com a Bundeswehr tendo introduzido o sucessor Leopard II em 1979.

Vamos conhecer um pouco sobre as variantes resultantes dos programas de modernização da frota de Leopard I:

O Leopard IA1 foi resultado do programa de modernização realizado pelo Exército Alemão em 1970, e dentre as principais mudanças podemos citar a introdução de um sistema da norte-americana Cadillac Gage que proporcionava estabilização hidráulica nos planos vertical e horizontal para o armamento principal, a instalação de uma cobertura térmica para o canhão L7, além da substituição do sistema de tiro noturno, que utilizava iluminação ativa infravermelha, por um novo sistema de periscópios com visão noturna por ampliação da luz residual. Isto permitia disparos mais precisos e mais agrupados, garantindo a capacidade de atingir alvos com o MBT em movimento e operar a noite de forma mais discreta. Além destas mudanças, o Leopard I A1 recebeu saias blindadas de aço e borracha para proteger o trem de rodagem, somada a uma nova esteira com almofadas de borracha para redução do ruído, recebeu blindagem adicional à torre, outra subversão do A1 denominada A1/A2 recebeu um novo sistema de tiro noturno denominado PZB 200, que fora projetado para equipar os Leopard II. Este sistema constituía-se de um compartimento retangular colocado na porção superior-direita da torre, o qual continha uma câmera de televisão capaz de detectar imagens a menos de 0.1 lux e enviava as imagens para dois monitores instalados respectivamente no posto do atirador e no posto do comandante.

O Leopard IA2 que possuía como diferencial em relação a  versão anterior uma torre de aço fundido com blindagem mais espessa. A única forma de diferenciar estes veículos daqueles Leopard 1A1 modernizados dos lotes anteriores é observando-se a cobertura do periscópio com calculadora de tiro e medidor de alcance TEM 1A, sendo a versão A2 ovalada, diferente da cobertura do A1 modernizado, onde esta é circular. A versão A2 ainda contava com sistema de tiro PZB 200 e rádios digitais VHF SEM 80/90.


O Leopard IA3 que recebeu uma nova torre construída com chapas de aço soldadas, incorporando blindagem composta, substituindo as torres fundidas presentes nas versões anteriores, o que permitiu ganhar espaço interno, mantendo a mesma capacidade de proteção. O A3 recebeu um novo periscópio com calculadora de tiro independente para o comandante da viatura, denominado TRP 2A, com os mesmos sistemas de tiro PZB 200 e rádios digitais VHF SEM80/90 presentes na versão A2.


O Leopard IA4 contando com a torre da versão A3 equipada com um novo sistema de controle de fogo. Este sistema composto por um periscópio independente e estabilizado para o comandante, modelo PERI R12, e um telêmetro laser/luneta calculadora de tiro EMES 12A1, acoplado ao canhão estabilizado para o atirador, sendo todo o sistema controlado por um computador balístico central. Esta versão é facilmente identificada pela cabeça do periscópio PERI R12, instalada logo à frente da escotilha do comandante. Com a instalação do computador de tiro perdeu-se espaço interno, assim sendo, o paiol teve sua capacidade reduzida de 60 para 55 cartuchos de 105 mm.


O Leopard IA5 Foi fruto dos estudos realizados nos anos 80 buscando manter a capacidade de combate e sobrevivência do Leopard I frente as novas ameaças no campo de batalha. Tendo sido originalmente desenvolvido para combater os blindados soviéticos T-55 e T-62, sofreu grandes melhorias para ser capaz de contrapor os novos blindados soviéticos T-64, T-72, T-72M1 e T-80. Para cumprir essa nossa missão, o Leopard IA5 recebeu aperfeiçoamentos na capacidade de combate noturno e sob mau tempo, outro ponto aperfeiçoado foi sua capacidade de efetuar disparos em movimento contra alvos em movimento, garantindo assim maior mobilidade e flexibilidade no campo de batalha frente aos seus adversários, contando assim com a velocidade e a precisão necessárias para enfrentar os compactos blindados soviéticos.

O Leopard IA5 ainda recebeu o Sistema de Controle de Tiro Krupp-Atlas Electronik EMES 18, desenvolvimento do EMES 15 que equipava o moderno Leopard II. Assim como o sistema de controle de tiro, o computador de tiro, também derivava do Leopard II, capaz de calcular a solução de tiro para até sete tipos diferentes de munição a uma distância de 4 mil metros. Os dinamarqueses efetuaram disparos a distâncias ainda maiores com seus Leopard IA5 calculando o ponto de impacto com o auxílio de calculadoras de manuais. O computador de tiro possui um painel de controle similar ao encontrado no Leopard II, bem como um sistema automático de detecção e análise de falhas. Um periscópio TRP 2A, o mesmo adotado pelos A3 foi instalado um pouco mais acima afim de permitir a visão sobre o sistema EMES 18. Uma nova torre também foi desenvolvida para equipar a versão A5, sendo maior que as versões anteriores, sendo capaz de abrigar os novos sistemas e a aumentando a capacidade de munição, tornando o paiol capaz de comportar 60 cartuchos. Esta nova torre é capaz de ser equipada com o canhão L44 de 120mm do Leopard II. 


O Leopard IA6 nada mais era que um A5 equipado com canhão L44 de 120mm do Leopard II e blindagem adicional similar à presente no Leopard II.  Porém, apenas um exemplar foi convertido neste padrão, sendo o programa de modernização A6 abandonado em 1987, quando o exército alemão optou pela aquisição de mais exemplares do Leopard II ao invés de modernizar os antigos Leopard I.

Seu histórico operacional inclui a atuação na Guerra da Bósnia, o conflito Turquia-Curdo e a Guerra no Afeganistão. Além desses conflitos, o MBT não atuou em outros conflitos. O Leopard I ainda esta em operação em vários países, constituindo hoje a espinha dorsal do Exército Brasileiro, onde operam mais de 300 viaturas entre os modelos Leopard IA1 comprados junto a Bélgica e os mais modernos Leopard IA5, sendo este a maior quantidade em operação com a Cavalaria brasileira, contando ainda com diversas viaturas de apoio montadas sobre o mesmo chassi. Diante do cenário sul-americano os Leopard IA5 atende as necessidades do Exército Brasileiro, sendo uma das viaturas mais modernas e capazes no continente, sendo uma importante arma da Cavalaria brasileira. 

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domingo, 29 de janeiro de 2017

MIG-35 - A nova ave de rapina da Rússia é apresentada

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Na última sexta-feira (27) foi apresentado na Rússia o novo caça multifuncional MIG-35, para muitos apenas uma nova variante do famoso MIG-29, e muitos de nossos leitores e entusiastas da aviação militar se perguntam porque dar um novo nome a uma mesma aeronave, porém, o novo caça russo é na verdade uma aeronave completamente nova, apesar de usar os conceitos e soluções aerodinâmicas do MIG-29 e manter uma aparência muito similar ao seu antecessor, o MIG-35 possui sistemas e capacidades que o enquadram exatamente em uma nova categoria em relação ao MIG-29, além de possuir refinamentos aerodinâmicos e ser sensivelmente maior que seu antecessor.

O novo caça foi equipado com inovadores sistemas de combate, contado com uma aviônica moderna e totalmente digital, novos motores, sistemas de navegação e sistemas de defesa avançados. O MIG-35 foi desenvolvido a partir da necessidade de se obter um caça com custo de manutenção inferior ao MIG 29M/M2, além de ser dotado de características que o permitem operar dentro de uma nova doutrina de combate. Classificado como um caça de 4G++. O primeiro protótipo do MIG-35 foi uma conversão de uma aeronave de demonstração MIG 29M/M2. Cerca de 10 protótipos foram construídos para avaliar e testar os novos sistemas e conceitos empregados no Mig de nova geração. A fabricante russa apresentou oficialmente o MIG 35 em 2007 durante uma feira de aviação na Índia.
 
A versão monoposto foi designado MiG-35, e a versão biposto de MiG-35D. O caça apresenta grandes avanços em seus aviônicos, sistemas de armas, tendo recebido um novo radar AESA, novos sistemas de navegação e orientação que foram exclusivamente projetados para aeronave, uma revolução na doutrina de combate russa que até então dependia do controle em solo para orientar as missões de interceptação e que agora abre o leque de capacidades da nova aeronave livrando a mesma da dependência do controle de solo para realizar interceptação,o que permite a ela realizar um vasto leque de missões de forma independente do apoio de estações no solo ou mesmo centros de controle aéreo.

Contando com sistemas de comunicação de quinta geração, contando com muitos sistemas avançados de gestão, possui capacidade de empregar armas de origem russa ou estrangeiras e um complexo sistema defensivo que aumenta a capacidade de sobrevivência no moderno cenário de combate. Diferente do MIG-29, o novo caça é capaz de realizar múltiplas tarefas como seus concorrentes ocidentais. Seus aviônicos permitem ao mesmo obter superioridade aérea frente aos mais variados cenários, capaz de operar em quaisquer condições climáticas e mesmo diante de grande interferência eletrônica, possuindo a capacidade de ataque ao solo com grande precisão e executar missões de reconhecimento e coleta de informações.

As mudanças mais importantes em relação ao seu antecessor é o ativo radar Phazotron Zhuk-AE , scanner eletrônico de varredura ativa (AESA). O radar Phazotron Zhuk-AE AESA oferece uma ampla gama de frequências de operação, proporcionando mais resistência a contramedidas eletrônicas e uma ampla faixa de detecção, com capacidade de detectar e acompanhar alvos aéreos e terrestres, podendo realizar o acompanhamento simultâneo. O radar possui alcance de detecção de 160 km para alvos aéreos e 300 km para navios.

Outra mudança importante vem com as turbinas RD-33MK, que se trata da mais recente versão dos RD-33, destinados originalmente aos MiG-29K e MiG-29KUB. Possuem 7% mais energia em comparação com a versão inicial, isso é devido à utilização de materiais modernos nas lâminas arrefecidas, que fornecem uma pressão mais elevada. Em resposta às críticas anteriores, os novos motores não produzem fumaça e incluem sistemas que reduzem a visibilidade infravermelha e óptica, além de oferecer uma resposta melhor e menor consumo, com manutenção mais simplificada e de baixo custo.

O Mig-35 tem um raio de ação de mil quilômetros, podendo alcançar a velocidade de Mach 2,25, cerca de 2.800 km/h e voar a uma altitude máxima de 17.500 metros.
Os primeiros caças MIG-35 de série devem ser entregues em 2019, e equiparão as linhas de voo da força aérea russa, substituindo muitas aeronaves que tem chegado ao fim de seu ciclo de vida. A empresa russa espera também exportar exemplares do MIG-35 para diversos países, tendo como grande trunfo a capacidade desenvolvida de poder equipar a aeronave com uma enorme variedade de sistemas, sensores e armas, para tanto a configuração final dos equipamentos de bordo do MiG-35 foi deixada aberta intencionalmente usando o barramento MIL-STD-1553 . Sendo a principal vantagem de se possuir uma configuração de arquitetura aberta para os aviônicos que os futuros operadores no novo caça terão a opção de escolher entre componentes e sistemas fabricados não apenas pela Rússia, mas também componentes oriundos dos Estados Unidos, França, Israel e Reino Unido.

Mirando em potenciais clientes de exportação do novo MIG-35, a Rússia acredita que a Índia pode se interessar pelo novo caça, apesar do fato de ter rejeitado o mesmo há alguns anos, na concorrência vencida pelo Dassault Rafale, porém, há esperanças de que agora o MIG-35 tenha reais chances de ser o vencedor de um novo programa que visa o reaparelhamento da força aérea indiana, que enfrenta o desafio de renovar seu inventário que conta com mais de 200 aeronaves no fim de sua vida operacional.





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sábado, 28 de janeiro de 2017

Corvetas "Tamandaré", uma solução para a Marinha do Brasil?

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Segundo revelou o diretor de Engenharia Naval, Contra-Almirante Ivan Taveira Martins, em entrevista ao site ID&S, a Marinha do Brasil conduz estudos afim de substituir as atuais fragatas da Marinha do Brasil por uma corveta de nova concepção, sendo resultado de uma evolução da corveta "Classe Barroso", a qual esta sendo chamada de "Classe Tamandaré".  Tal medida é uma resposta á chegada ao fim da vida operacional das atuais fragatas em serviço na Marinha do Brasil, á saber seis navios do projeto Vosper MK10 que trata-se de nossas fragatas "Classe Niterói", comissionadas entre 1976 e 1980 e que já passaram por extensos trabalhos de modernizações e atualizações ao longe de sua vida operacional, além das duas fragatas Type 22 conhecidas aqui no Brasil como "Classe Greenhalgh", veteranas da Royal Navy, inclusive a fragata que dá nome a classe esteve no conflito das Malvinas. 

A Marinha do Brasil entende que não há mais meios de manter tais navios em operação, tendo chegado ao seu limite, e diante deste problema que se aproxima no horizonte, somando ainda a baixa de vários outros de seus navios, foi decidido o estudo de viabilidade para a construção das corvetas "Classe Tamandaré".

Contra-Almirante Ivan Taveira Martins, trabalha na elaboração das especificações técnicas para a licitação das corvetas classe Tamandaré. De acordo com ele, o processo de licitação deve ser aberto ainda neste ano e o contrato assinado em 2018. O primeiro lote, que contará com quatro corvetas, tem estimativa de construção em torno de oito anos. O custo estimado para a construção de uma corveta é de cerca de US$ 400 milhões. O sistema de armas ainda não está definido e a equipe do almirante trabalha hoje nas especificações técnicas. Mas ele adiantou que a corveta terá: canhão de proa de 76 mm, canhão auxiliar de 40 mm, lançadores de torpedo médio, metralhadoras para ameaças assimétricas, míssil nacional MAN-SUP e despistador de míssil.

Apesar de ser um projeto muito promissor, nós do GBN acreditamos que a Marinha do Brasil necessite não apenas da aquisição das corvetas "Tamandaré", tendo em vista a baixa tonelagem e capacidades de combate das mesmas em comparação com escoltas mais capazes como as fragatas. Não queremos de maneira nenhuma desmerecer os esforços ou estudos realizados pela nossa prestigiosa Marinha do Brasil, mas olhamos a partir de um ponto de vista crítico, no qual vislumbramos as incertezas que o futuro pode nos guardar e como é sabido por todos, uma corveta não tem a mesma capacidade que uma fragata no termo de imposição de força e mesmo em sua autonomia para defender nossas águas territoriais ou representar nossa marinha onde se faça necessário, apesar de ser um meio de menor custo de aquisição e operação, possuir um conceito moderno e atual frente aos meios que operamos hoje, tal doutrina de substituir as fragatas por corvetas criaria uma lacuna em nossa esquadra que pode futuramente representar risco a nossa capacidade de manutenir a soberania nacional.

Diante da atual conjuntura e as restrições que são fato em nosso orçamento de defesa, vejo a aquisição de Corvetas como um paliativo a ser adotado enquanto se conduz um processo de aquisição de modernas fragatas para compor nossa esquadra, em número e capacidades condizentes com o moderno cenário de guerra, sendo assim, vemos com bons olhos os estudos para aquisição da nova classe de corvetas "Tamandaré", porém, vemos essa aquisição como uma forma de manter as capacidades de defesa da costa durante um processo de estudos e viabilização para aquisição de novas fragatas, deixando claro que não é uma opção a aquisição de meios de segunda mão, tendo em vista que o que há hoje disponível no mercado de usados não atende as nossas necessidades e representam um custo maior que o benefício que teríamos com sua aquisição.

A Marinha do Brasil tem se desdobrado para manter sua esquadra capaz e operacional, apesar dos escassos recursos disponibilizados á mesma e a falta de comprometimento do governo federal em adequar o orçamento as reais necessidades de nossa Marinha e as demais forças, ressaltando que nos falta vontade política e seriedade para com as contas públicas, uma vez que a cada dia vemos mais e mais escândalos de corrupção e desvios de recursos públicos pelos "ditos" governantes de nosso país. Cabe não só aos nossos militares manter nossas forças armadas, mas cabe a cada um de nós brasileiros de ter a consciência da importância de nossas forças armadas e seus meios operacionais, bem como uma consciência política que nos leve a repudiar a politicagem, buscando implantar um governo sério e consciente de suas obrigações e deveres para com a nossa nação e seu povo.


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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Rússia e Índia desenvolveram míssil de cruzeiro supersônico BrahMos para PAK FA

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O míssil de cruzeiro supersônico BrahMos será montado tanto em lançadores de torpedos de submarinos quanto no moderno caça T-50 PAK FA da Rússia, Disse Alexander Leonov, CEO e Designer Geral do Consórcio de Pesquisa e Desenvolvimento nesta sexta-feira (27).


"Estamos trabalhando na versão leve do míssil, que deve ser do tamanho de um tubo de torpedo e ser quase 1,5 vezes menor em seu peso. É possível montar nosso míssil aéreo em uma ampla gama de aeronaves. Naturalmente, Nós vamos desenvolvê-lo, em primeiro lugar, para nova aeronave de quinta geração T-50, mas possivelmente ele será montado também no caça MiG-35, embora não tenhamos realizado tais desenvolvimentos ainda", disse ele.

O míssil de cruzeiro supersônico BrahMos é o produto do Consórcio entre a Rússia e a Índia, que criou a joint venture BrahMos Aerospace em 1998.

O nome do míssil provém dos nomes de dois rios: o Brahmaputra indiano e o rio russo Moscou. O míssil tem um alcance de 290 km e carrega uma ogiva pesando de 200 a 300 kg.

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com agências



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Hoje 72 anos da Libertação de Auschwitz-Birkenau

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Há 72 anos, em 27 de janeiro de 1945, o Exército Vermelho libertou Auschwitz, o maior e mais terrível campo de extermínio dos nazistas. Em suas câmaras de gás e crematórios foram mortas pelo menos um milhão de pessoas.

Auschwitz foi o maior e mais terrível campo de extermínio do regime de Hitler. Em suas câmaras de gás e crematórios foram mortas pelo menos um milhão de pessoas. No auge do Holocausto, em 1944, eram assassinadas seis mil pessoas por dia. Auschwitz tornou-se sinônimo do genocídio de judeus, sintos e roma e tantos outros grupos perseguidos pelos nazistas.
As tropas soviéticas chegaram a Auschwitz, hoje Polônia, na tarde de 27 de janeiro de 1945, um sábado. A forte resistência dos soldados alemães causou um saldo de 231 mortos entre os soviéticos. Oito mil prisioneiros foram libertados, a maioria em situação deplorável devido ao martírio que enfrentaram.
"Na chegada ao campo de concentração, um médico e um comandante questionavam a idade e o estado de saúde dos prisioneiros que chegavam", contou Anita Lasker, uma das sobreviventes. Depois disso, as pessoas eram encaminhadas para a esquerda ou para a direita, ou seja, para os aposentos ou direto para o crematório. Quem alegasse qualquer problema estava, na realidade, assinando sua sentença de morte.
Câmaras de gás e crematórios
Auschwitz-Birkenau foi criado em 1940, a cerca de 60 quilômetros da cidade polonesa de Cracóvia. Concebido inicialmente como centro para prisioneiros políticos, o complexo foi ampliado em 1941. Um ano mais tarde, a SS (Schutzstaffel) instituiu as câmaras de gás com o altamente tóxico Zyklon B. Usada em princípio para combater ratos e desinfetar navios, quando em contato com o ar a substância desenvolve gases que matam em questão de minutos. Os corpos eram incinerados em enormes crematórios.
Um dos médicos que decidiam quem iria para a câmara de gás era Josef Mengele. Segundo Lasker, ele se ocupava com pesquisas: "Levavam mulheres para o Bloco 10 em Auschwitz. Lá, elas eram esterilizadas, isto é, se faziam com elas experiências como se costuma fazer com porquinhos da Índia. Além disso, faziam experiências com gêmeos: quase lhes arrancavam a língua, abriam o nariz, coisas deste tipo..."
Trabalhar até cair
Os que sobrevivessem eram obrigados a trabalhos forçados. O conglomerado IG Farben, por exemplo, abriu um centro de produção em Auschwitz-Monowitz. Em sua volta, instalaram-se outras firmas, como a Krupp. Ali, expectativa de vida dos trabalhadores era de três meses, explica a sobrevivente.
"A cada semana era feita uma triagem", relata a sobrevivente Charlotte Grunow. "As pessoas tinham de ficar paradas durante várias horas diante de seus blocos. Aí chegava Mengele, o médico da SS. Com um simples gesto, ele determinava o fim de uma vida com que não simpatizasse."
Marcha da morte
Para apagar os vestígios do Holocausto antes da chegada do Exército Vermelho, a SS implodiu as câmaras de gás em 1944 e evacuou a maioria dos prisioneiros. Charlotte Grunow e Anita Lasker foram levadas para o campo de concentração de Bergen-Belsen, onde os britânicos as libertaram em abril de 1945. Outros 65 mil que haviam ficado em Auschwitz já podiam ouvir os tiros dos soldados soviéticos quando, a 18 de janeiro, receberam da SS a ordem para a retirada.
"Fomos literalmente escorraçados", lembra Pavel Kohn, de Praga. "Sob os olhos da SS e dos soldados alemães, tivemos de deixar o campo de concentração para marchar dia e noite numa direção desconhecida. Quem não estivesse em condições de continuar caminhando, era executado a tiros", conta. Milhares de corpos ficaram ao longo da rota da morte. Para eles, a libertação chegou muito tarde.

Fonte: Deutsche Welle
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"Relógio do Juízo Final" está mais perto da meia-noite

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Devido a ameaças como armas nucleares, mudanças climáticas e a eleição de Donald Trump à presidência dos EUA, o mundo está mais perto de uma catástrofe, afirmam cientistas. Por esse motivo, o chamado "Relógio do Juízo Final" (Doomsday Clock, em inglês) foi ajustado de três minutos para dois minutos e 30 segundos antes da meia-noite.
Idealizado pelo Boletim de Cientistas Atômicos, baseado em Chicago, o relógio – que serve de metáfora do quão perto a humanidade está de destruir o planeta – havia sido ajustado pela última vez em 2015, quando passou de cinco minutos para três minutos antes da meia-noite.
"O 'Relógio do Juízo Final' está mais perto da meia-noite do que já esteve durante a vida de quase todo mundo nesta sala", disse Lawrence Krauss, presidente do boletim, em coletiva de imprensa em Washington.
A última vez em que o dispositivo esteve tão próximo da meia-noite foi em 1953, marcando o início da corrida armamentista nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética.
O Boletim de Cientistas Atômicos destacou que o ajuste do relógio ocorre em meio "a um aumento do nacionalismo estridente mundo afora, às declarações de Trump sobre armas nucleares e questões climáticas, a um cenário global de segurança sombrio [...] e a um desprezo crescente em relação à ciência".
Trump é motivo de alerta
Krauss afirmou que Trump é em grande parte culpado pelo nível de alerta elevado. O novo presidente americano sugeriu que a Coreia do Sul e o Japão poderiam adquirir armar nucleares para competir com a Coreia do Norte, que realizou testes nucleares. Trump também colocou em dúvida o futuro de um acordo nuclear multilateral com o Irã, aponta o boletim.
Quando às mudanças climáticas, enquanto países tomaram medidas para combatê-las, parece haver pouca disposição para cortes adicionais de emissões de dióxido de carbono, diz o boletim. Além disso, os nomeados para o gabinete de Trump indicam que seu governo será "abertamente hostil ao progresso em direção a até mesmo os mais modestos esforços" para evitar catástrofes climáticas.
O boletim apontou ainda que o mundo sofre ameaças cibernéticas. A conclusão das agências de inteligência americanas de que a Rússia interveio nas eleições presidenciais dos EUA em favor de Trump levantam a possibilidade de que ataques similares ocorram em outras democracias, afirmam os cientistas.
O Boletim de Cientistas Atômicos foi fundado por pesquisadores que ajudaram a desenvolver as primeiras armas nucleares dos EUA. Seus comitês de ciência e segurança decidem sobre o horário do relógio após consultarem o comitê de apoiadores, que inclui 15 ganhadores do prêmio Nobel. O relógio foi criado em 1947 e ajustado 19 vezes desde então, variando entre dois minutos para a meia-noite em 1953 e 17 minutos para a meia-noite em 1991.

Fonte: Deutsche Welle
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