O GBN esta iniciando uma série especial onde iremos apresentar os mais mortais e bem sucedidos franco-atiradores da história, e como primeiro capítulo desta nova série, iremos começar pelo nome no topo da lista, a personificação da lenda dos "caçadores", o finlandês Simo Häyha.
Simo Häyha, também conhecido como "A morte branca" é provavelmente o atirador mais habilidoso e bem sucedido na história das guerras, com mais de 500 vítimas abatidas em apenas 100 dias durante a Segunda Guerra Mundial, sem sombra de dúvidas, Simo Häyha foi o maior franco-atirador da história.
Nascido em 17 de dezembro de 1905, em Rautjärvi perto da fronteira atual da Finlândia com a Rússia, Simo cumpriu o serviço militar obrigatório de um ano em 1925, sendo convocado em 1939 após a eclosão da Guerra de Inverno entre a Finlândia e a União Soviética. Antes de se tornar a lenda, Häyha era agricultor e caçador.
Em novembro de 1939 mais de 400.000 solados do Exército Vermelho invadiram a pequena Finlândia, cujo exército contava com cerca de 80.000 homens estava em desvantagem no que mais tarde ficou conhecida como a Guerra de Inverno. Häyhä foi selecionado para ser franco-atirador. Ele foi tão bem sucedido no cumprimento de suas atribuições que seus adversários lhe deram o apelido de "Belaya Smert" ( "Morte Branca").
Häyhä usou um rifle Mosin Nagant M28-30, é interessante que ele não usava nenhum tipo de mira telescópica, mas apenas a alça de mira em ferro da própria arma. Com seu rifle, Simo foi capaz de atingir um alvo a 150 metros de distância 16 vezes em um minuto, algo espantoso!
Durante a "Guerra de Inverno", as temperaturas eram extremamente baixas, entre -40 °C e -20 °C. Mas, aparentemente, não frio o suficiente para fazer Häyhä transformar aquele cenário gélido no inferno para as tropas soviéticas. Ele era um mestre da camuflagem e desapareceria após cada disparo. Ele se vestia completamente de branco, por isso era tão difícil de ser notado pelos soldados do exército soviético. Ele era conhecido por ser muito paciente, ele era capaz de se sentar em um lugar e permanecer o dia inteiro esperando por seu alvo. Ele ainda tinha o hábito de colocar neve na boca para evitar que sua respiração indica-se sua posição no ar frio.
Simo fez parte da épica batalha de Kollaa, onde se estima que 32 Finlandeses em uma batalha heroica repeliram mais de 4000 soldados soviéticos. Os soviéticos, no final, ganharam a guerra, mas nunca admitiram a derrota nesta área em particular.
Simo foi um verdadeiro pesadelo para as tropas soviéticas. Eles estavam cansados de obter viver sob a ameaça representada por Simo, de modo que enviaram um grupo de atiradores para abater Häyha. Este grupo de atiradores de elite soviéticos foram facilmente mortos por Simo. A "Morte Branca" estava em todo lugar, mas longe de ser localizado. Ele promovia uma matança e depois desaparecia na neve sem deixar vestígios.
A próxima resposta dos soviéticos lançar pesados ataques de artilharia contra possíveis localizações do franco atirador, porém, mais uma vez Simo permaneceu imbatível, quase que uma lenda.
Sua sorte finalmente mudou quando foi baleado no queixo em uma batalha campal contra um grande grupo de soldados russos. Alguns de seus colegas o retiraram da batalha para ser socorrido, e Simo sobreviveu ainda que tenha ficado com enormes sequelas, como eles disseram, "metade da sua cabeça estava faltando."
Simo permaneceu em coma por alguns dias. Ele acordou com uma mandíbula quebrada apenas algumas horas após a assinatura do Tratado de Paz de Moscou, que terminou oficialmente com a Guerra de Inverno. A "Morte Branca" lamentou o fim dos conflitos antes que pudesse voltar ao campo de batalha. Os soviéticos venceram a guerra e anexaram uma grande faixa do território da Finlândia, mas como um general soviético disse: "Ganhamos bastante terra para enterrar nossos mortos."
Häyha reivindicou a morte de 505 homens, o maior número registrado de mortes confirmadas por um franco atirador em qualquer grande guerra. Quando perguntado o segredo de seu sucesso, ele respondeu: "Prática".
Simo Häyha "A Morte Branca" morreu de causas naturais em 2002. Sem sombra de dúvidas marcou seu nome na história como o maior franco atirador de todos os tempos, uma verdadeira lenda.
Em breve iremos publicar as histórias de Vassili Grigoryevich Zaitsev, Lyudmila Pavlichenko e outros franco-atiradores que marcaram seus nomes na história, você ficará conhecendo aqui em nossa série : "Grandes Caçadores".
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