O Primeiro-ministro sueco, Stefan Lovfen, refutou as especulações de que a recente atividade militar da Suécia na ilha de Gotland localizada no Mar Báltico foi causada pela crescente ameaça proveniente da Rússia.
"Nós não experimentamos nenhuma ameaça direta contra a Suécia", disse Lovfen em entrevista à imprensa, às margens da Cimeira das Nações Unidas para os Refugiados e Migrantes.
O comentário vem após a notícia de que a Suécia enviou uma guarnição permanente de 150 soldados á ilha um ano antes do previsto, conforme noticiou o jornal local Dagens Nyheter (DN) na última segunda-feira (19).
"A situação na Europa é geralmente incerta, especialmente no mar Báltico. Temos vindo a discutir a questão da defesa e concordamos que devemos aumentar a nossa capacidade militar. Nós simplesmente seguimos a linha que começamos ", disse Löfven.
No entanto, tem havido sugestões de que a ameaça da Rússia pode ter acelerado a decisão.
"Eu já disse isso antes e permanece inalterado: não há nenhuma ameaça militar direta para a Suécia", repetiu o primeiro-ministro, acrescentando que "não há nenhum evento único que está por trás disso."
As autoridades suecas, incluindo Comandante Supremo das Forças Armadas da Suécia, Micael Byden, e o ministro da Defesa Peter Hultqvist, falaram de uma piora na situação de segurança do país durante os meses de verão, o que resultou na decisão de enviar as tropas para Ilha de Gotland.
"Nós temos que olhar de forma realista para a situação no mundo. As forças armadas estão agora tomando as suas responsabilidades, e demonstrando que com o aumento da capacidade militar estamos assumindo a responsabilidade pela soberania do país ", disse Byden na última quarta-feira (14), quando a notícia foi anunciada, de acordo com a emissora sueca SVT.
A ilha de importância estratégica tem visto um aumento na presença militar ao longo dos últimos meses, enquanto que Estocolmo tem vindo a afirmar desde 2010 que aeronaves russas foram detectadas próximo a Gotland. Em 2014, tanto a Suécia como a Dinamarca informaram que um avião de caça russo voava próximo com o transponder desligado, e que o mesmo estava envolvido em um incidente próximo com um avião de passageiros. As manobras não representavam uma ameaça, disse Moscou na época.
Fonte: RT News
Tradução: Angelo Nicolaci - GBN News
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