segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Super Tucano pode ser substituto do A-10 na USAF

Após décadas de serviço ativo, as aeronaves A-10  "Thunderbolt II" estão em vias de aposentadoria, algo que já vem sendo estudado há certo tempo, porém ainda mantidos em operação devido as suas características ímpares na função de apoio aéreo aproximado, algo que o F-35 não poderia atender com tamanha eficiência como faz os veteranos A-10. Washington busca uma solução para solucionar esta equação. Diante deste vácuo que se anuncia nas capacidades de apoio aéreo aproximado, eis que o brasileiro A-29 Super Tucano é citado como uma das soluções mais eficientes para ocupar esta lacuna.  

Com o anúncio de mais cortes no orçamento de defesa, a USAF necessita de uma solução eficiente e de baixo custo para ocupar a lacuna que se aproxima no horizonte com a aposentadoria do A-10. No Senado norte americano, há um movimento que pressiona para que os vetustos A-10 sejam desmobilizados já em 2017, tendo a última aeronave retirada de serviços em 2022. Porém, há uma ala de defensores do A-10, que já apresentaram um projeto para que um determinado número destas fantásticas aeronaves recebam um extenso pacote de modernização, o que prolongaria sua vida operacional até 2040, mantendo assim as tropas cobertas pelo apoio fornecido por estas aeronaves. 

Diante de tantas discussões, um "personagem" surge em meio aos questionamentos, o A-29 Super Tucano, aeronave desenvolvida e fabricada pela brasileira Embraer, que é sucesso de exportação em sua categoria e já atua em combate em diversos países que os operam, lembrando que esta aeronave foi selecionada pelos EUA para ser fornecido ao Afeganistão em seu programa de apoio, além da Embraer já possuir uma planta industrial em solo norte americano.

Há quem defenda que seja criado um mix de aeronaves, onde um número expressivo de aeronaves A-10 seria modernizado e mantido em operação, acionados apenas em operações de grande escala, enquanto os A-29 supririam as necessidades de apoio aéreo aproximado em teatros de baixa intensidade e ameaça anti-aérea de menor grau. Com esse mix de aeronaves, haveria uma enorme economia em custos operacionais, sem que houvesse redução nas capacidades da USAF fornecer apoio aéreo aproximado ás forças em terra.

Para termos uma ideia superficial sobre a economia que será obtida caso a USAF opte pelo mix de aeronaves A-10 e A-29, uma hora de voo do A-10 custa cerca de 11 mil dólares, enquanto o A-29 custa em torno de mil dólares, o que permitiria ampliar consideravelmente o número de missões voadas com uma significativa redução nos custos operacionais. Assim haveria a oportunidade de manter uma unidade de apoio aéreo aproximado pesado, no caso com aeronaves A-10, e uma unidade de apoio aéreo aproximado leve, que representa o grande número de missões voadas hoje, voando o brasileiro A-29.

Agora nos resta esperar uma decisão do senado dos EUA sobre a questão, onde nos mais variados cenários desenhados, a aeronave brasileira surge como uma das opções mais bem acertadas, enquanto uma possível substituição dos A-10 por caças multifuncionais F-35 seria um verdadeiro desperdício de recursos e não atenderia completamente as necessidades operacionais da força.

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