segunda-feira, 1 de agosto de 2016

EUA bombardeiam Estado Islâmico na Líbia

Os Estados Unidos bombardearam nesta segunda-feira (1º) a cidade de Sirte, na Líbia, tendo como alvo terroristas do Estado Islâmico, afirmou o Pentágono em um comunicado.
O governo de união nacional da Líbia (GNA) solicitou os bombardeios, e o presidente Barack Obama aprovou o ataque, disse o porta-voz do Pentágono Peter Cook. A Casa Branca disse que Obama deu sua autorização após recomendações da Secretaria da Defesa.
"A pedido do GNA, as forças armadas dos Estados Unidos conduziram ataques precisos contra alvos do EI em Sirte", indicou em um comunicado o porta-voz do Pentágono,Peter Cook. Os bombardeios em Sirte "vão continuar", disse Cook, sem dar mais detalhes.
O primeiro-ministro da Líbia Fayez Seraj afirmou em um comunicado na televisão estatal que os bombardeios causaram “diversas perdas para o inimigo”.
"Os primeiros ataques americanos contra alvos precisos do Daesh (acrônimo em árabe do EI) foram realizados hoje" a pedido do GNA, "infligindo duras perdas (aos extremistas) em Sirte", cidade localizada 450 km a leste de Trípoli, declarou.
Mas para Sarraj, estes ataques "ocorrem num âmbito limitado de tempo", disse, ressaltando que os mesmo "não vão ultrapassar os limites de Sirte e seus subúrbios".

"Pedimos o apoio da comunidade internacional, nomeadamente dos Estados Unidos, mas gostaríamos de dizer que não haverá presença estrangeira em solo líbio", garantiu, lembrando que "qualquer ajuda deve ser feita a pedido direto do GNA".

Nenhum soldado americano "participará em operações terrestres do GNA", ressaltou o porta-voz da Casa Branca, assegurando que a ajuda dos Estados Unidos "será limitada a ataques e partilha de informação".

Dominada pelo EI

A cidade de Sirte está em poder das forças terroristas desde 2015. Em junho deste ano, tropas pró-governo invadiram a área apoiadas pela ONU, em uma ofensiva que deixou aos menos 11 soldados mortos.

Mas o Estado Islâmico ainda domina vários lugares estratégicos na cidade, incluindo a universidade, o principal hospital e um centro de conferências onde acredita-se que estão estocadas grandes quantidades de munição e provisões.

O EI aproveitou-se do caos na Líbia desde a queda do ex-ditador Muammar Khaddafi para se estabelecer no país. Desde a queda de Kadhafi, em 2011, o país vive a mercê de milícias armadas e fragmentada pelas disputas pelo poder.

Dois governos

Dois governos disputam a autoridade do país, o GNA com sede em Trípoli e um gabinete paralelo instalado no leste.

Sirte é considerada um dos principais redutos do EI fora da Síria e do Iraque. O grupo extremista conta com entre 2.000 e 5.000 combatentes em diferentes cidades da Líbia, de acordo com um relatório apresentado no mês passado pelo secretário-geral da ONU Ban Ki-moon.

Fonte: G1 Notícias
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