terça-feira, 7 de junho de 2016

Rússia reforça postos avançados na região das ilhas Curilas

Mísseis e drones serão implantados em território reivindicado pelo Japão. Segundo pasta da Defesa, estrutura faz parte de estratégia militar para Extremo Oriente do país.
O desenvolvimento de infraestrutura militar estratégica no Extremo Oriente russo será tarefa prioritária do Estado na região até 2020, segundo informou o Ministério da Defesa russo. Uma expedição foi enviada para explorar as Ilhas Curilas, no interesse da Frota do Pacífico.
A viagem ao arquipélago, que é parcialmente reivindicado pelo Japão e continua a ser fonte de tensão nas relações entre Moscou e Tóquio, envolve seis embarcações da Frota do Pacífico, conduzidas pelo navio de desembarque-doca Almirante Nevelskoi, e 200 oficiais.
A modernização e reequipamento do aparato militar nas ilhas Curilas, em curso desde 2010, visa a reforçar a segurança do país nesta região, com a futura implantação de mísseis Bald e Bastion, e veículos aéreos não tripulados de nova geração Eleron-3.
No ano passado, sistemas de mísseis antiaéreos Tor-M2U também foram implantados nas Curilas, segundo o ministro da Defesa, Serguêi Choigu.
Geografia adversa
De acordo com Dmítri Safonov, analista militar do jornal “Izvéstia”, as Forças Armadas russas estão à procura de novas áreas para servir de base à Frota do Pacífico ou pontos de dispersão para as tropas.
O comando do Distrito Militar do Leste estaria sobretudo à procura de opções para criar posições de defesa aérea e unidades de mísseis costeiros. No entanto, a região tem especificações geográficas que limitam a capacidade do grupo na condução das missões.
“Nossa história tem um precedente interessante – o Ministério da Defesa russo criou uma base de defesa aérea na ilha de Chumchu [perto de Kamtchatka], e, depois de alguns anos, ela foi arrastada por uma tsunami”, lembra Safonov.
“É preciso compreender as características geográficas da região e ter em conta que nem todas as ilhas são adequadas para a implantação de unidades militares, isso sem falar da construção de um abrigo e nas condições de viver ali.”
Segundo o especialista, o governo da União Soviética cometeu uma série de erros no início do desenvolvimento das ilhas. Como resultado, casas eram regularmente transformadas em ruínas sob a pressão de ventos e chuvas do Extremo Oriente, e gastava-se muito para restaurar a infraestrutura.

Fonte: Gazeta Russa
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