As demissões de trabalhadores com carteira assinada em maio superaram as contratações resultando no fechamento de 72.615, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Ministério do Trabalho.
Entre janeiro e maio, o país perdeu 448.101 vagas de trabalho. Trata-se do pior resultado para o período desde o início da série histórica, que começa em 2002.
Maio foi o décimo quarto mês seguido de fechamento de vagas com carteira assinada. O último mês com contratações acima das demissões foi março do ano passado, quando foram criados 19,2 mil postos de trabalho.
Contratações x Demissões
Para meses de maio
Fonte: Caged
Apesar de negativo, o resultado do mês passado foi menos ruim do que o registrado em maio de 2015, quando foram fechados 115.599 postos de trabalho - pior resultado para meses de maio desde o início da série histórica do indicador, em 1992.
No ano passado, foi a primeira vez que houve corte de vagas em um quinto mês do ano, o que se repetiu em 2016.
O crescimento do desemprego é consequencia da recessão que atinge a economia brasileira, a maior dos últimos 25 anos. No primeiro trimestre de 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) teve queda de 0,3% em comparação com os três meses anteriores.
Em 2015, o PIB encolheu 3,8% e, para este ano, a previsão do mercado financeiro é de um recuo de igual intensidade.
Acumulado
As 448.101 vagas formais de trabalho fechadas nos primeiros cinco meses do ano considera os valores ajustados (ou seja, contando com as declarações enviadas fora do prazo) de janeiro a abril, e o valor sem ajuste do mês de maio.
O resultado é o pior para o período desde o início da série histórica disponibilizada pelo Ministério do Trabalho, que, no caso de períodos acumulados, começa em 2002.
Antes disso, o pior resultado havia sido registrado no ano passado, quando, de janeiro a maio, foram fechados 243.948 postos com carteira assinada. Nos anos anteriores, o saldo acumulado é positivo - ou seja, houve mais abertura que fechamento de postos de trabalho.
Fonte: G1 notícias
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