A Rússia propôs à coalizão liderada pelos Estados Unidos a realização de ataques aéreos conjuntos contra rebeldes da Síria, incluindo o grupo islâmico militante Frente Al-Nusra, que não estão respeitando o cessar-fogo, disse o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, nesta sexta-feira.
Tal ação teria início a partir de 25 de maio e seria coordenada com o governo sírio, afirmou ele em uma reunião de sua pasta transmitida pela televisão estatal, acrescentando que Moscou se reserva o direito de realizar bombardeios unilateralmente.
O Pentágono disse não ter sido notificado formalmente da proposta do Ministério russo da Defesa e enfatizou que não está colaborando com a Rússia.
"Não recebemos (a proposta), e eu vi os mesmos relatos que vocês", disse seu porta-voz, o capitão Jeff Davis.
"Só posso dizer a vocês de onde estou e de onde estamos hoje que não colaboramos ou coordenamos quaisquer operações com os russos na Síria."
Davis não quis especular a respeito de qualquer mudança em potencial nessa posição. Washington tem se recusado a se unir a qualquer operação que seja coordenada com Damasco, como foi o caso da campanha de ataques aéreos russos iniciada em setembro do ano passado.
EUA rejeitam proposta de Moscou
Os Estados Unidos rejeitaram nesta sexta-feira (20) uma proposta russa de realizar ataques aéreos conjuntos contra os jihadistas a partir da próxima semana na Síria, onde os dois países realizam bombardeios separadamente.
"Não colaboramos ou coordenamos com os russos nenhuma operação na Síria", disse a jornalistas um porta-voz do Pentágono, Jeff Davis.
Mais cedo, a Rússia propôs aos Estados Unidos e à coalizão internacional liderada por Washington a realização de bombardeios conjuntos a partir de 25 de maio contra "grupos terroristas" ativos na Síria, segundo anunciou o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu.
"Propomos aos Estados Unidos (...) que as forças aéreas russas e a aviação da coalizão dirigida pelos Estados Unidos comecem a partir de 25 de maio a planejar e realizar bombardeios conjuntamente" contra grupos terroristas, como a Frente al-Nosra, braço sírio da Al-Qaeda, declarou o ministro em uma reunião em Moscou, transmitida ao vivo pela televisão pública.
Trata-se de agir também contra os grupos armados ilegais que não apoiam o cessar-fogo instaurado na Síria desde 27 de fevereiro, assim como os grupos armados e as "caravanas que transportam armas e munições que cruzam ilegalmente a fronteira turco-síria", acrescentou o ministro.
A Rússia e os Estados Unidos se comprometeram no início de maio a redobrar esforços para alcançar uma solução política ao conflito sírio, que em cinco anos deixou mais de 270.000 mortos
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com agências de notícias Reuters e AFP
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