O voo do avião de reconhecimento RC-135 norte-americano realizado em 22 de maio representou uma verdadeira ameaça, disse o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, general Igor Konashenkov.
Segundo o general russo, naquele dia o avião RC-135 da Força Aérea dos EUA realizou um voo de reconhecimento sobre o mar do Japão perto da fronteira russa a partir da base de Kadena, Japão, à altitude de 10 mil metros sem transponder.
"Aproximando-se da fronteira nacional da Federação da Rússia o avião de reconhecimento RC-135 começou atravessando uma rota de transporte internacional ao longo da qual naquela altura seguiam dois aviões de passageiros da empresa holandesa KLM (Tóquio-Amsterdã) e da suíça SWISS (Tóquio-Zurique)", disse Konashenkov.
O militar russo afirmou que a tripulação da SWISS contatou os controladores aéreos russos e informaram-nos sobre uma aeronave de 4 motores que se aproximava do avião. Para evitar uma colisão, os controladores russos ordenaram a redução da altitude e continuar o voo a uma altitude menor.
Konashenkov destacou que os voos de aviões de reconhecimento norte-americanos, do RC-135 em particular, próximo às fronteiras orientais da Rússia são uma coisa habitual e se realizam praticamente todos os dias.
"Entretanto, desta vez, realizando manobras perto de uma rota aérea internacional, o avião de reconhecimento provocou uma ameaça de colisão real entre aviões de passageiros que podia levar a consequências catastróficas", disse o representante russo.
Após o incidente o Ministério da Defesa convocou um adido pelos assuntos de defesa da embaixada norte-americana em Moscou. A Rússia apelou para tomar medidas adicionais para evitar incidentes semelhantes quando aviões de reconhecimento norte-americanos realizam voos próximo das fronteiras russas.
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