A Coreia do Norte tentou sem sucesso realizar o lançamento do que especialistas acreditam ser um míssil balístico de médio alcance nesta sexta-feira, em desafio a sanções da Organização das Nações Unidas (ONU), causando um revés constrangedor para o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e atraindo críticas da China, seu maior aliado.
O lançamento fracassado, ocorrido no momento em que o país recluso comemora o "Dia do Sol" em homenagem ao nascimento do avô de Kim, vem na sequência do quarto teste nuclear de Pyongyang em janeiro e do lançamento de um foguete de longo alcance no mês seguinte, o que acarretou novas sanções da ONU.
Mesmo assim o Norte foi em frente com seu programa de mísseis, supervisionado por Kim, uma violação de resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Especializado na Coreia do Norte, o site norte-americano 38 North disse que imagens de satélite revelaram atividades nas instalações nucleares do país, e na quarta-feira havia dito que a possibilidade de um quinto teste nuclear "não pode ser descartada".
A China, apoiadora econômica e diplomática mais importante da Coreia do Norte, tem expressado revolta com os testes nucleares e lançamentos de foguetes de Pyongyang em meio às sanções da ONU, que Pequim endossou.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, disse que o Conselho de Segurança da ONU foi claro a respeito dos lançamentos de foguetes norte-coreanos.
"No presente, a situação na península é complexa e delicada", afirmou aos repórteres. "Esperamos que todas as partes possam respeitar estritamente as decisões do Conselho de Segurança e evitar tomar quaisquer atitudes que possam agravar as tensões".
A mídia estatal chinesa foi mais direta.
"O disparo de um míssil balístico de médio alcance nesta sexta-feira da República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte), embora fracassado, marca o lance mais recente de uma série de choques de sabres que, se não pararem, não levarão o país a lugar nenhum", disse a agência oficial de notícias Xinhua em um comentário em inglês.
"Armas nucleares não tornarão Pyongyang mais segura. Pelo contrário, seus empreendimentos militares custosos continuarão sufocando sua economia".
Fonte: Reuters
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