Depois de quatro anos de baixas consecutivas, a curva global dos gastos militares virou e voltou a subir em 2015. A série de quedas foi interrompida por uma movimentação recorde envolvendo armas, equipamentos e custeio de forças armadas, que alcançou € 1,5 trilhão – 1% a mais do que no ano anterior.
Embora Estados Unidos e China permaneçam como os maiores orçamentos de defesa, são os europeus e árabes que mais estão buscando armamento. O estudo divulgado pelo SIPRI indica que a tensão militar crescente no Oriente Médio, fruto dos conflitos armados na Síria e no Iraque, contra o Estado Islâmico, e no Iêmen, pesa cada vez mais nos orçamentos militares.
Os dados do instituto sueco explicam por que os Estados Unidos mantêm de longe o título de maior potência bélica do planeta. Seus investimentos em 2015 chegaram a US$ 598 bilhões, 2,7 vezes maior do que o gasto pelo segundo colocado, a China, que aplicou em defesa US$ 215 bilhões no ano passado. Um detalhe importante é que nos EUA o gasto caiu 3,9% entre 2006 e 2015, enquanto que na China aumentou 132%.
Em razão da crise econômica na Rússia, provocada pelas sanções comerciais e financeiras dos Estados Unidos e da Europa, o orçamento militar do Kremlin não pôde crescer no ritmo que vinha sendo mantido pelo presidente Vladimir Putin. Em 2015, 5,4% do PIB do país foi revertido para a defesa, mas esse percentual deve continuar a cair para 3,5% neste ano. Com isso a Arábia Saudita, em conflito direto no Iêmen e em apoio logístico a rebeldes na Síria, tomou dos russos o terceiro posto. Com 6% de crescimento no ano passado e 97% nos últimos 10 anos, chegou a US$ 87,2 bilhões.
Os orçamentos de defesa dos países do mundo árabe, porém, podem ser afetados nos próximos anos pela queda no preço do barril de petróleo, que vem levando alguns países da região à austeridade. Esse é o caso da própria Arábia Saudita, mas também do Bahrein e de Omã, na Península Arábica. Produtores de petróleo como a Venezuela e Angola também têm sido atingidos pela mesma razão, com quedas nos orçamentos militares de 64% e 42%, respectivamente.
“As tendências atuais refletem a escalada de conflitos e tensões em várias partes do mundo. Por outro lado, há uma clara ruptura no aumento das despesas militares alimentado pelo petróleo na última década”, explicou Sam Perlo-Freedom, diretor do estudo no SIPRI, em Estocolmo.
Na Ásia, a alta também se confirma. É o caso de Indonésia, Filipinas, Japão, Vietnã, países afetados pelas tensões crescentes envolvendo a China e a Coreia do Norte.
Com as despesas militares em alta, a receita de alguns poucos países fabricantes de material bélico cresce. Esse é o caso dos Estados Unidos, da China e da Rússia, que continuam a lucrar com a retormada da corrida às armas. A tendência deve se manter em 2016. Quinto maior produtor mundial, a França, por exemplo, negocia um contrato de venda de submarinos nucleares para a Austrália. Valor recorde: US$ 38 bilhões.
Na Ásia, a alta também se confirma. É o caso de Indonésia, Filipinas, Japão, Vietnã, países afetados pelas tensões crescentes envolvendo a China e a Coreia do Norte.
Com as despesas militares em alta, a receita de alguns poucos países fabricantes de material bélico cresce. Esse é o caso dos Estados Unidos, da China e da Rússia, que continuam a lucrar com a retormada da corrida às armas. A tendência deve se manter em 2016. Quinto maior produtor mundial, a França, por exemplo, negocia um contrato de venda de submarinos nucleares para a Austrália. Valor recorde: US$ 38 bilhões.
Fonte: Estadão
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