Ataques aéreos atingiram um hospital em uma área dominada por rebeldes na cidade síria de Aleppo e mataram pelo menos 27 pessoas, incluindo três crianças e o último pediatra da localidade, disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos nesta quinta-feira.
O hospital Al-Quds era apoiado pela organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), que afirmou que o local ficou destruído depois de ser alvejado por um ataque aéreo direto que matou no mínimo três médicos.
O chefe de um serviço de resgate estimou o saldo de mortes em 50, dizendo que a maioria dos mortos está em um edifício ao lado.
Aleppo se tornou o epicentro de uma escalada militar que ajudou a minar as conversas de paz patrocinadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) nas últimas semanas. Um acordo de cessão de hostilidades fracassou, e os combates foram retomados em diversas frentes de batalha no oeste da Síria.
A cidade de Aleppo está dividida em áreas controladas pelo governo e pelos rebeldes.
O Observatório, que tem sede na Grã-Bretanha, disse que 91 civis perderam a vida na ofensiva aérea nos últimos seis dias em Aleppo e que 49 civis morreram nos bombardeios dos rebeldes a áreas sob domínio governamental.
"Hospital apoiado pelo #MSF destruído em Aleppo era bem conhecido localmente e atingido por ataque aéreo direto na quarta-feira. Hospitais #não são um alvo", disse uma conta de Twitter do MSF.
Bebars Mishal, da Defesa Civil de Aleppo, disse à Reuters que 40 pessoas foram mortas em um edifício de cinco andares próximo ao hospital. Uma fonte militar síria disse que aviões de guerra do governo não foram usados em áreas onde ataques aéreos foram relatados.
Não foi possível entrar em contato de imediato com o Ministério da Defesa da Rússia, que também realiza operações aéreas na Síria em apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad, para se obter comentários. Moscou já negou alvejar alvos civis no país.
A agência estatal de notícias síria Sana afirmou que nove pessoas morreram durante um bombardeio de rebeldes em áreas residenciais de Aleppo nesta quinta-feira.
A fonte militar síria disse que o Exército tem reagido a ataques de insurgentes em Aleppo, acrescentando: "Se os militantes continuarem a usar este fogo e o bombardeio de civis, o Exército certamente não ficará quieto".
Também nesta quinta-feira, o enviado da ONU, Staffan de Mistura, disse que o acordo de cessão de hostilidades "mal sobrevive".
Fonte: Reuters
0 comentários:
Postar um comentário