A Administração de Segurança Marítima da China divulgou na véspera que navios comerciais do país vão utilizar novas rotas marítimas, que surgiram no resultado de derretimento das calotas polares.
A República Popular da China vai enviar seus navios à Europa via novas rotas marítimas, que se abriram no resultado de aquecimento global, informa a agência Reuters.
São as rotas marítimas no Ártico através da Passagem do Noroeste, que se abriram na consequência do degelo.
O novo caminho vai passar pela costa da América do Norte e Arquipélago Ártico Canadense. O derretimento significativo das calotas polares apresenta novas oportunidades para a navegação na Passagem do Noroeste. Por exemplo, a rota de Xangai chinês a Hamburgo na Alemanha será 2.800 milhas marítimas mais curta (5.185 km) do que o tradicional via oceano Índico e o canal de Suez.
"A utilização regular desta rota pode modificar de maneira radical o sistema de ligações marítimas e ter impacto enorme no comércio internacional, economia mundial e extração dos recursos naturais", disse um oficial da Administração de Segurança Marítima da China.
Portanto, o chefe do Escritório para Assuntos de Ártico e Antártico da Administração Estatal Oceânica da China, Wang Yong, entrevistado pela Sputnik atribuiu uma importância especial da Rota Marítima do Norte.
"Hoje em dia todos discutem ativamente a questão da Rota Marítima do Norte, que tem importância global. No ano passado o vice-primeiro ministro russo Dmitry Rogozin reiterou o anseio da Rússia de aproveitar as oportunidades favoráveis da Rota Marítima do Norte para fins de desenvolvimento, tornando o Oceano Ártico na Rota Gelada da Seda, assim como manifestou sua esperança, que parceiros chineses colaborem no assunto", disse o oficial.
'Pesquisas científicas representam uma parte importante do trabalho, o resultado destas pode ser utilizado para a preparação de previsões meteorológicas ou prestação de outros serviços. O desenvolvimento da Rota Marítima do Norte trará momentos favoráveis, permitindo manter diálogo positivo e mutuamente vantajoso com alguns países. Os nossos países estão determinados de desenvolver a tal cooperação. A China no caso pode aproveitar este trabalho para fechar lacunas nos seus conhecimentos do Ártico. Já temo-nós cooperado em pesquisas do Antártico, inclusive ajudando um a outro nas questões logísticas. Esperamos que fique ainda mai estreita e profunda a nossa cooperação na exploração da zona polar', frisou Wang Yong.
Anteriormente chanceler russo Sergei Lavrov, entrevistado pela imprensa chinesa, japonesa e mongol, declarou que no futuro a Rota marítima do norte ganhará mais importância no trânsito de bens entre a Europa e a Ásia. De acordo com o Ministro a Rússia tem interesse de tornar Ártico no território de cooperação e diálogo. Ele anotou ainda, que no resultado das mudanças climáticas e devido aos esforços da Rússia espera-se a intensificação significativa do tráfego marítimo na região. Essa rota torna se cada dia mais popular.
"Será um instrumento útil e eficiente para transporte de mercadorias em trânsito entre a Europa e a Ásia," disse Lavrov.
Analistas russas observam grande interesse do Pequim na realização dos entendimentos fundamentais dos Presidentes Vladimir Putin e Hu Jintao sobre a conjugação da ideia russa de integração euro-asiática com a iniciativa chinesa do "Cinturão Econômico da Rota da Seda".
0 comentários:
Postar um comentário