quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Putin diz que não concorda que força externa decida quem governa a Síria

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (17) que não discorda que uma força externa decida quem vai governar a Síria. Para o chefe de estado, não há uma maneira de resolver o problema no país que não passe por uma negociação política, de acordo com a Reuters.

O chefe de estado russo é o principal aliado do presidente da Síria, Bashar Al-Assad. Em 30 de setembro iniciou uma campanha de ataques aéreos contra militantes islâmicos na Síria, dando um reforçou às tropas de Assad.

"Com os bombardeios, apoiamos os esforços (da oposição) na luta contra o EI como também apoiamos os do exército sírio", declarou Putin em sua coletiva de imprensa anual, segundo a France Presse. Cerca de 1.400 jornalistas russos e estrangeiros participaram da coletiva.

"Era a ideia de (presidente francês) François Hollande tentar reunir os esforços do exército sírio e de ao menos uma parte da oposição armada na luta contra o EI. Conseguimos isso em parte", afirmou.
Desde o começo da intervenção militar russa na Síria, em 30 de setembro, os países ocidentais e as ONGs acusam a Rússia de tomar como alvo a oposição a seu aliado, o presidente Bashar al Assad, e não os jihadistas do EI.

Acordo

A Rússia apoia o rascunho de resolução americana ante o Conselho de Segurança da ONU que ataca os recursos financeiros do grupo jihadista Estado Islâmico. O texto deve ser aprovado nesta quinta, segundo a France Presse.

"Apoiamos em princípio a iniciativa dos Estados Unidos de uma resolução na ONU", elaborada em conjunto por Washington e Moscou, afirmou em sua entrevista coletiva anual.
O secretário de Estado americano, John Kerry, "veio justamente com este projeto de resolução" a Moscou na terça-feira, completou.

De acordo com o líder russo, a proposta convém globalmente para a Rússia. "Acreditamos que em seu conjunto é uma proposta aceitável, mas ainda será necessário modificar algumas coisas".

O presidente disse acreditar que as autoridades sírias também apoiarão o rascunho de resolução, que convoca governo e oposição a um entendimento. "As duas partes deverão fazer concessões", declarou Putin.

O presidente russo incentivou a ideia de trabalhar por uma nova Constituição na Síria e disse que é necessário um mecanismo "transparente" para que os sírios organizem eleições democráticas e escolham um presidente.

Nesta quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU celebra uma reunião de ministros das Finanças para adotar a resolução, que pretende cortar as vias de financiamento do grupo Estado Islâmico.

Turquia

Putin disse que "não vê probabilidade" de melhora nas relações com a atual liderança da Turquia, após a derrubada de um caça russo no mês passado por forças turcas.

"É difícil para nós alcançarmos um acordo com a atual liderança turca", disse Putin durante entrevista coletiva. Putin disse que a derrubada do avião de guerra russo era "um ato de inimizade" e não entendia o motivo da Turquia, de acordo com a France Presse.

"O que eles alcançaram? Talvez, eles pensaram que iríamos correr para longe de lá (Síria)? Mas a Rússia não é um país assim", acrescentou.

Blatter 

Em um momento em que a Fifa enfrenta uma série de denúncias, em parte relacionadas com a atribuição da sede da Copa do Mundo de 2018 à Rússia, Putin afirmou que o presidente da instituição, Joseph Blatter, merece o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho "colossal" no campo humanitário.

Blatter está suspenso de maneira provisória por suspeitas de corrupção. "Sua contribuição na esfera humanitária tem sido colossal (...) É alguém que deveria receber o Prêmio Nobel da Paz", declarou Putin ao falar sobre Blatter.
Trump

O multimilionário Donald Trump também foi elogiado por Putin. Segundo o líder russo,  ele é um homem brilhante, talentoso e, sem dúvida alguma, um líder absoluto da campanha presidencial dos Estados Unidos. "Diz que deseja outro nível de relações, de relações mais estreitas, mais profundas, com a Rússia. Como não parabenizar isso?", questionou Putin.


Fonte: G1 Notícias
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