Primeiro foi o Brasil. Agora Saab acaba de lançar uma grande campanha para tentar vender o caça Gripen NG para a Índia. É um negócio extremamente atraente. Mas também é um negócio que pode representar um impacto muito grande complexo e de longo prazo, tanto no projeto do Gripen NG como na Saab.
Em Junho, o ministro da Defesa Peter Hultqvist visitou a Índia para vender o projeto do Gripen NG da Saab.
A interferência política é correta e óbvia. Do ponto de vista da Índia, é uma decisão política de segurança a origem dos aviões que vai comprar.
Da mesma forma, o Governo sueco tem se envolvido nas apostas da Saab pra o Gripen NG. Cada avião vendido significa que o governo sueco volta a receber parte do dinheiro gasto no desenvolvimento do Gripen e o desenvolvimento contínuo da plataforma do Gripen pode ser distribuído por mais compradores.
Neste caso não se trata de qualquer pequena empresa. Enquanto o Estado sueco compra 60 novos Gripen E, o Brasil decidiu adquirir 36 aeronaves Gripen, a República Tcheca possui 14 aeronaves Gripen e agora os suecos estão mirando na Índia, que provavelmente pode adquirir cerca de 200 aeronaves.
Observe a palavra "provavelmente". A maior parte é um negócio potencial e que também não possui um calendário claro e definido.
A SAAB produz o Gripen que é concorrente do francês Dassault Rafale e em 2011 a Saab recebeu uma resposta dos índianos que disseram não ao Gripen e partiram para as negociações com a Dassault. A empresa francesa poderia eventualmente fornecer 126 Rafale atendendo a necessidade indiana.
Mas o processo de finalização do contrato foi lento. A Dassault e o governo indiano não concordaram com os termos, e tudo terminou com a Índia efetivando a compra de apenas 36 Rafale diretamente do governo francês, não da Dassault.
O programa indiano agora está longe de ser suficiente. A Força Aérea da Índia vai precisar de muito mais e, portanto, o processo iniciado agora visa comprar mais de 200 aeronaves adicionais, e o Gripem iria se encaixar bem no requerimento indiano.
A Saab não é de nenhuma maneira a única empresa atraída pela possibilidade deste contrato. Outros fabricantes de peso vão disputar este importante contrato, e a Saab irá novamente competir contra empresas como a Lockheed Martin, Boeing, Dassault e o consórcio Eurofighter.
Para levar este tipo de negócio não é suficiente ter uma boa aeronave e planejamento. Em geral, ele também requer parcerias com empresas locais e a Índia também tem a sua própria empresa, que visa obter parcerias com empresas estrangeiras para produção no país.
A Saab está agora procurando parceiros e tenta equalizar um arranjo que lembra muito o que foi realizado em termos de cooperação com o Brasil. A Saab promete transferir tecnologia e colocar a produção no país.
No caso do Brasil, isso poderia ter um grande impacto no longo prazo. A poucas centenas de engenheiros brasileiros que já estão em Linköping para o desenvolvimento da versão de dois lugares do novo Gripen, o Gripen, F, que deve ser feito no Brasil.
Neste momento, a economia do Brasil apresenta condições ruins, mas a liderança do país deixou claro que o país eventualmente, terá cerca de 100 aeronaves Gripen. Fato que faria o Brasil se tornar um dos principais operadores do Gripen após a Força Aérea Sueca e vai em grande parte controlar o desenvolvimento futuro do caça e ainda mais o que virá depois do Gripen.
Seria um bom negócio, mesmo com a Índia, esta tendência será reforçada ainda mais. A Índia pode querer ter o dobro de aviões como o Brasil e vai exigir as suas próprias soluções.
Para Saab, isso significaria um enorme impulso nas vendas, mas também a empresa perde uma parte do controle no desenvolvimento futuro do Gripen. Seria um Gripen diferente e uma diferente Saab, onde grande parte do desenvolvimento é controlado a partir do Brasil e da Índia.
Embora não haja qualquer definição, e a Índia esta longe ainda de fechar o contrato. Ele vai exigir anos de trabalho e negociações antes de um acordo com a Índia, isso se ele ainda acontecer.
Embora o negocio indiano seja muito mais importante do que acontece nos países menores, porém mais vizinhos da Suécia estão em processo de aquisição de novos aviões de combate, como a Bélgica e a Finlândia. Sendo potenciais clientes para o caça da SAAB.
Fonte: GBN com agências de notícias
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