Em encontro com o rei da Jordânia Abdullah 2° nesta terça-feira (24), o presidente russo Vladímir Pútin afirmou que a Turquia é cúmplice do terrorismo e que a derrubada de um jato das forças aéreas russas na fronteira do país com a Síria terá graves consequências.
"O acontecimento vai além da luta contra o terrorismo. Claro que nossos militares conduzem uma luta heroica contra o terrorismo, sem se poupar, sem poupar suas vidas. Mas a perda de hoje está ligada a uma punhalada que tomamos nas costas pelos cúmplices do terrorismo", disse.
O presidente ainda afirmou que a iniciativa turca no incidente com o avião russo parece ser a de colocar a Otan a serviço do EI.
"Ao invés de estabelecerem o contato necessário conosco imediatamente, pelo que sabemos, os turcos foram se comunicar com os parceiros da Otan para discutir a questão e o incidente, como se nós é que tivéssemos atingido um avião turco, e não eles o nosso", disse.
Pútin acrescentou que a Rússia "sempre se relacionou com a Turquia não apenas como um vizinho próximo, mas como um Estado amigo".
Além disso, o presidente ressaltou que a Turquia compõe a coalizão norte-americana.
"Já registramos há tempos o fato de o território da Turquia ser passagem de uma grande quantidade de petróleo e derivados provenientes de territórios ocupados na Síria. Daí o grande fluxo de dinheiro, a grande quantidade de capital para financiar grupos armados, e, agora, ainda a punhalada nas costas, atingir nossa aeronave, que lutava contra os terroristas. E isso apesar de termos assinado com os parceiros norte-americanos um acordo sobre avisos em caso de incidentes aéreos. A Turquia, como se sabe, está entre os que anunciaram que lutariam contra o terrorismo na coalizão norte-americana", declarou o presidente russo.
Ele afirmou ainda que o acontecimento de hoje terá consequências para as relações bilaterais.
Fonte: Gazeta Russa
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