segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Aeronave russa penetrou espaço aéreo de Israel e saiu sem incidentes

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Um avião de guerra da Rússia, entrou recentemente no espaço aéreo controlado por Israel na Síria, mas a intrusão foi resolvida sem incidentes, o ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, disse no domingo (29).

Os comentários de Yaalon vêm em meio a profunda preocupação com a derrubada de um avião de guerra da Rússia por parte da Turquia, que afirma que cruzaram a fronteira com a Síria em seu espaço aéreo e ignorando repetidas advertências para mudar de rumo. Moscou nega as alegações.

"Houve uma ligeira intrusão de uma milha (1,6 km)  por um caça russo da Síria em nosso espaço aéreo, mas foi imediatamente resolvido e o avião russo voltou à Síria", Yaalon disse à rádio pública.

"Foi aparentemente um erro do piloto que voava perto de Golã."

Israel capturou a maior parte das Colinas de Golã da Síria em 1967 e mais tarde anexou o território em um movimento não reconhecido pela comunidade internacional.

Yaalon lembrou que Israel e a Rússia tinha feito arranjos para evitar confrontos sobre a Síria, com o acordo inclui uma "hotline" e compartilhamento de informações.

Ele disse que "aviões russos não têm a intenção de nos atacar, razão pela qual não devemos reagir e derrubá-los quando ocorre um erro."

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente russo, Vladimir Putin mantiveram conversações em Moscou em setembro, para discutir formas de evitar confrontos acidentais.

A Rússia lançou uma campanha de bombardeios na Síria em 30 de setembro, a pedido de seu aliado de longa data Bashar al-Assad, que segundo Moscou está mirando jihadistas do Estado Islâmico e outros grupos "terroristas".

Israel já teria lançado mais de uma dúzia de ataques aéreos na Síria desde 2013, visando principalmente transferências alegadas de armas ao Hezbollah, e as autoridades israelenses foram acreditados de que a intervenção da Rússia poderia limitar a sua margem de manobra.

Israel se opõe a Assad, mas tem procurado evitar ser arrastado para a guerra.

Ele também teme que o Irã poderia aumentar seu apoio ao Hezbollah e outros grupos militantes como sanções internacionais estão gradualmente sendo suspensa com um acordo nuclear assinado em julho que Moscou ajudou a negociar entre Teerã e as potências mundiais.

Em setembro de 2014, Israel derrubou um avião de guerra sírio de fabricação russa sobre as Colinas de Golã no primeiro incidente do tipo em três décadas e advertiu que responderá "energicamente" se a sua segurança estiver ameaçada.

Fonte: GBN com agências de notícias
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Navio da Marinha que estuda lama no Rio Doce também é da Vale

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Adquirido em 2013, O Navio Hidroceanográfico de Pesquisa Vital de Oliveira (NPqHo), que chegou ao Espírito Santo no dia 25 de novembro para monitorar a lama da Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, é fruto de um acordo de cooperação firmado entre os ministérios da Defesa (MD) e da Tecnologia e Inovação (MCTI), a Marinha do Brasil (MB) e as empresas Petrobras e Vale. O navio custou R$162 milhões. Vale e Petrobras investiram R$38 milhões e R$70 milhões, respectivamente. 


Vale foi procurada pelo G1 e disse, em nota, que, em 2012, "assinou um convênio de cooperação com a Marinha, a Petrobras e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para viabilizar a compra do navio hidroceanográfico, que está entre as cinco melhores plataformas de pesquisa do mundo. O valor total para a compra foi de R$ 162 milhões, dos quais R$ 38 milhões foram da Vale".

A embarcação foi comprada em 2013, mas foi entregue em uma cerimônia no dia 23 de julho de 2015. De acordo com uma publicação no site do Ministério da Defesa na época, o navio "assegura avanços em estudos científicos em áreas oceânicas estratégicas do Atlântico Sul".
Público-privado

Ainda de acordo com o Ministério da Defesa, o navio custou R$162 milhões. Os dois ministérios e a Marinha do Brasil investiram R$ 27 milhões cada na compra. Já as empresas Vale e Petrobras, R$38 milhões e R$70 milhões, respectivamente.

Monitoramento da lama

O navio da Marinha que estava coletando água e materiais do Rio Doce deve chegar em Vitória na tarde desta segunda-feira (30). A expectativa é que seja divulgado o resultado das amostras coletadas desde a sexta-feira (27).

A embarcação vai ficar atracada no Porto de Vitória e ficará aberto para a visitação nesta terça-feira (1), entre as 14 e 14h. Na quarta-feira (2), o navio retorna para a foz do Rio Doce, em Linhares, na região Norte do Espírito Santo, para a segunda fase de pesquisas.
Fonte: G1 Notícias
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Em Paris, Dilma acusa "ação irresponsável" por desastre com barragem da Samarco

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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (30), em discurso na cúpula da ONU sobre o clima em Paris, que a "ação irresponsável de uma empresa" levou ao rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana (MG), que provocou o maior desastre ambiental da história do país.
"Estamos reagindo ao desastre com medidas de redução de danos, apoio às populações atingidas, prevenção de novas ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia", disse Dilma em pronunciamento na conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a mudança do clima na capital francesa.
O rompimento em 5 de novembro da barragem da Samarco, joint venture formada pela anglo-australiana BHP Billiton e pela Vale, deixou ao menos 13 mortos e derramou uma lama espessa com rejeitos de mineração que atingiu o rio Doce e chegou ao oceano Atlântico no Espírito Santo.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou na semana passada que os governos federal e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo vão entrar com uma ação civil pública de reparação de danos no valor de 20 bilhões de reais contra as mineradoras Vale, BHP Billiton e Samarco para a compensação pelo rompimento da barragem.
Em seu discurso na cúpula da ONU, que tem como objetivo a assinatura de um acordo global para conter o aquecimento global, Dilma também ressaltou a meta voluntária anunciada pelo Brasil de reduzir 43 por cento das emissões no ano de 2030 em comparação com os níveis de 2005.
"Trata-se de meta de redução absoluta para o conjunto da economia. Ela é sem dúvida muito ambiciosa e vai além de nossa parcela de responsabilidade pelo aumento da temperatura média global", disse a presidente.
Dilma disse ainda que o Brasil não está alheio aos problemas das mudanças climáticas, tendo enfrentado secas no Nordeste e chuvas fortes e inundações no Sul e no Sudeste do país.

"O fenômeno El Niño nos tem golpeado com força", afirmou.

Fonte: Reuters
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Brasil teve 58 mil mortes violentas em 2014; Alagoas continua como estado líder

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No Brasil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 58.559 pessoas morreram vítimas de homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte, latrocínios e ações policiais em 2014. Isso equivale a uma morte a cada nove minutos, em média, no país. É como se toda a população de uma cidade como Coruripe, no estado de Alagoas, Nordeste do Brasil, fosse dizimada em um ano.

Os dados constam do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública e revelam um aumento de quase 5% no número de mortes em relação a 2013 (55.878). A taxa, que antes era de 27,8 mortes a cada 100 mil habitantes, agora está em 28,9.

Alagoas continua na primeira posição do ranking. A taxa de mortes violentas no estado do Nordeste é de 66,5 a cada 100 mil - inferior, no entanto, à registrada no ano anterior (68,9). São Paulo detém o menor índice: 12,7. Veja abaixo o quadro das mortes violentas em 2014 no Brasil.

Estado                                             Taxa (a cada 100 mil habitantes)

Alagoas                                                                   66,5
Ceará                                                                      50,8
Rio Grande do Norte                                                  50,0
Sergipe                                                                   48,9
Pará                                                                        44,8
Goiás                                                                      42,9
Mato Grosso                                                             42,6
Espírito Santo                                                           42,2
Bahia                                                                      41,4
Paraíba                                                                   38,4
Pernambuco                                                             37,0
Amapá                                                                    35,6
Rio de Janeiro                                                          34,7
Maranhão                                                              32,2
Rondônia                                                                30,9
Acre                                                                        26,8
Amazonas                                                              26,5
Distrito Federal                                                        25,8
Paraná                                                                    25,3
Mato Grosso do Sul                                                  24,4
Tocantins                                                              24,1
Piauí                                                                      22,9
Rio Grande do Sul                                                 22,2
Minas Gerais                                                         19,7
Roraima                                                               14,7
Santa Catarina                                                      13,8
São Paulo                                                             12,7

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), locais com índices iguais ou superiores a 10 são tidos como zonas endêmicas de violência - todos os estados estão incluídos nessa classificação.

O professor da FGV e vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, diz que o Brasil vive um dilema. "A pesquisa Datafolha divulgada nesta semana mostra que 52% das pessoas têm um parente ou um conhecido vítima de homicídio. Ou seja, não é mais um crime que atinge só um pedaço da população. O problema é que os brasileiros estão anestesiados pela violência e têm a sensação de que se trata de uma tragédia que já não é nova, mas que nada acontece, que não há o que fazer. Essa ideia precisa ser combatida."

Topo do ranking

O chefe do Núcleo de Estatística e Análise Criminal da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, capitão Anderson Cabral, diz que o estado, por exemplo, tem conseguido reduzir os índices ano a ano. "Desde 2012 até agora, juntamente às ações do Plano Brasil Mais Seguro, o estado tem feito um trabalho mais específico nas áreas de maior criminalidade. A gente tem trabalhado com o Disque Denúncia, direcionando as forças de segurança com base nas informações que a população passa.

Foi criada a Delegacia de Homicídios da capital e também a de Arapiraca para otimizar as investigações desse tipo de crime, antes feitas em delegacias comuns. Essas e outras medidas têm contribuído para prender suspeitos e retirar os criminosos das ruas", diz.

"A estimativa para este ano é ficar abaixo dos 50 homicídios por 100 mil habitantes. No último mês de setembro, Alagoas alcançou uma marca histórica com o menor número de mortes violentas dos últimos três anos. Se a gente mantiver esse percentual, até o final do ano a gente conseguirá retirar o estado do topo dessa lista", afirma Cabral.

Os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública foram obtidos por meio de solicitações às secretariais estaduais da Segurança Pública com base na Lei de Acesso à Informação e por meio de cruzamento de informações disponibilizadas pelos órgãos na web.

Neste ano, o fórum adotou uma nova metodologia para poder calcular as taxas de mortes violentas por estado. Nas oito edições anteriores, o documento analisava os registros de homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, letalidade e vitimização policial apenas de forma isolada, seguindo o padrão tradicional. Mas como em alguns estados um caso de homicídio doloso era considerado lesão corporal seguida de morte e um latrocínio não era identificado como tal, por exemplo, eram geradas distorções. Foi criada, então, uma taxa que agrega todos os indicadores (apesar de eles também terem sido divulgados à parte).

De acordo com o anuário, houve no ano passado 52.305 vítimas de homicídio doloso. Outras 3.022 pessoas morreram em decorrência de ações policiais (tanto em serviço quanto fora dele) - um crescimento de 37% em um ano. Por outro lado, 398 policiais foram assassinados (número ligeiramente menor que o de 2013, quando 408 agentes acabaram mortos).

Além disso, 2.061 pessoas morreram em decorrência de latrocínios (roubos seguidos de morte) e 773, por lesões corporais.

Para Renato Sérgio de Lima, chama a atenção o número de mortos pelas polícias. "As mortes pela polícia são 46,6% maior que as mortes por latrocínio. Isso é bastante significativo, porque os latrocínios assustam a população e tendem a justificar posições mais duras na resposta aos criminosos."

O pesquisador, no entanto, diz que a ideia de "bandido bom é bandido morto", corroborada por metade da população, segundo pesquisa Datafolha, não pode ser encarada como um consenso. "A população não está necessariamente embarcando nessa onda. Há uma divisão. A polícia, portanto, não tem que acreditar que está fazendo o que a população quer. Há uma disputa pelo que significa lei e ordem. E aí a gente precisa discutir: qual o procedimento mais adequado? Valorizar reformas e mudanças que garantam o que está previsto na Constituição ou simplesmente investir mais dinheiro em armas, viaturas, efetivo?"

A Bahia, apesar de figurar apenas na 9ª posição entre os estados no que diz respeito à taxa de crimes violentos, possui o maior número absoluto de mortes: 6.265 (um aumento de 4% em comparação com 2013) - o que corresponde a mais de 10% de todos os registros do Brasil.

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A Secretaria da Segurança da Bahia diz que não irá comentar os dados, pois não teve acesso ao levantamento.

Fonte: Pravda
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Líderes mundiais se mobilizam em busca de avanço em cúpula do clima em Paris

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Líderes de todo o globo lançaram nesta segunda-feira uma iniciativa ambiciosa para conter o aumento das temperaturas da Terra, e o presidente da França, François Hollande, disse que o mundo está em um "ponto de ruptura" na luta contra o aquecimento global.
Cerca de 150 chefes de Estado e governo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o líder chinês, Xi Jinping, a presidente Dilma Rousseff incitaram uns aos outros a abraçar a causa comum nas duas semanas de negociações de forma a distanciar a economia global da dependência de combustíveis fósseis.
Os líderes chegaram para a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris acompanhados de grandes expectativas e armados com promessas de ação. Após décadas de tratativas penosas e do fracasso da cúpula de Copenhague seis anos atrás, alguma modalidade de acordo histórico parece quase assegurada até meados de dezembro.
Alertas de cientistas do clima, as exigências de ativistas e as exortações de líderes religiosos, como o papa Francisco, se uniram aos avanços significativos nas fontes de energia limpa, como a solar, para aumentar a pressão por cortes nas emissões de carbono, responsabilizadas pelo aquecimento do planeta.
A maioria dos cientistas afirma que um fracasso na adoção de medidas rígidas no encontro da capital francesa condenaria o mundo a temperaturas médias cada vez mais elevadas, que trariam junto tempestades devastadoras, secas mais frequentes e a elevação do nível dos mares em decorrência do derretimento das calotas polares.
Diante de projeções tão alarmantes, os líderes das nações responsáveis por cerca de 90 por cento das emissões de gases de efeito estufa foram à cúpula munidos de compromissos para reduzir sua produção nacional de carbono através de medidas diferentes em ritmos diferentes.

Para algumas delas, a mudança climática se tornou um assunto premente em casa. Na abertura do encontro parisiense, as capitais de dois dos países mais populosos do mundo, China e Índia, estavam cobertas por um nevoeiro nocivo e sufocante – Pequim estava sob alerta de poluição "laranja", o segundo nível de maior gravidade.
DESAFIO "URGENTE"
Ao longo da próxima quinzena, os negociadores irão firmar o pacto climático internacional mais robusto da história e que irá marcar um progresso impactante na busca frequentemente frustrante por um acordo global, embora por si só ele não baste para evitar que as temperaturas ultrapassem um patamar desastroso.
"O que nos deveria dar esperança de que este é um divisor de águas, de que este é o momento em que finalmente determinamos que iremos salvar nosso planeta, é o fato de que nossas nações compartilham a noção da urgência deste desafio e uma compreensão crescente de que está no nosso poder fazer algo a respeito dele", afirmou Obama, um dos primeiros líderes a discursar na cúpula.
A cúpula acontece sob clima de tensão. A segurança foi reforçada depois dos ataques de militantes islâmicos em 13 de novembro que deixaram 130 mortos em Paris, e Hollande disse que não se pode separar "a luta contra o terrorismo da luta contra o aquecimento global".
Os líderes globais devem enfrentar ambos os desafios, deixando para suas crianças "um mundo livre do terror", assim como "protegido de catástrofes", disse.
Em seu pronunciamento na conferência, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não está alheio aos problemas das mudanças climáticas, tendo enfrentado secas no Nordeste e chuvas fortes e inundações no Sul e no Sudeste.
"O fenômeno El Niño nos tem golpeado com força", afirmou a presidente, que também abordou o rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana (MG), que definiu como "o maior desastre ambiental da história do país", provocado por "ação irresponsável de uma empresa".

Fonte: Reuters
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"HMS Ocean" será descomissionado, segundo Royal Navy

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A Marinha Real Britânica vai desativar seu único porta-helicópteros de assalto e entregar a tarefa para um dos novos porta-aviões que estão sendo construídos pela BAE Systems.
Os planos para desativação do HMS Ocean em 2018 fazem parte da Revisão Estratégica de Defesa e Segurança (SDSR – Strategic Defense and Security Review) divulgada em 23 de novembro. A decisão de desativar o capitânia da Marinha Real só se tornou conhecida quando foi mencionada brevemente pelo ministro da Defesa Earl Howe na Câmara dos Lordes.
O navio, atualmente o maior da Royal navy, acabou de passar por uma reforma que custou £ 65 milhões (US$ 97,8 milhões) no ano passado.
A Marinha Real negou que o navio de guerra será desativado antes do planejado.
“O HMS Ocean não vai encerrar suas operações mais cedo e vai continuar em serviço como planejado neste Parlamento. Como parte do processo da SDSR, foi tomada a decisão de não prorrogar o seu serviço e encerrar a carreira em 2018, de acordo com o seu tempo de vida de 20 anos “, disse a Marinha em um comunicado.
A SDSR disse que um dos dois porta-aviões de 65.000 toneladas de classe “Queen Elizabeth” sendo construídos em Rosyth na Escócia será “melhorada” para apoiar operações anfíbias da Marinha Real.
Um porta-voz do Ministério da Defesa disse que HMS Prince of Wales, o segundo dos dois porta-aviões a ser completado, provavelmente será destinado para a adição de novos sistemas para apoiar operações anfíbias.
Os navios de assalto Bulwark ou Albion, ou ainda o HMS Queen Elizabeth, poderiam ajudar a preencher a lacuna até que o HMS Prince of Wales esteja pronto no início da próxima década.
O HMS Queen Elizabeth, primeiro de classe, está programado para ser incorporado em 2017 e iniciar os ensaios de voo de helicóptero no mesmo ano. Ensaios de voo de jatos de combate Lockheed Martin F-35B estão programados para ter início no ano seguinte.
Os planos atuais não prevêem que ambos porta-aviões operem ao mesmo tempo, exceto em caso de emergência.
FONTE: Defensenews via Naval

Nota do GBN: Esta seria uma ótima opção a ser estudada pela Marinha do Brasil para reforçar nossa esquadra, pois trata-se de um navio muito "novo", tendo passado por uma recente modernização e ainda possui muitos anos de vida útil a navegar.
Vale ressaltar nossa tradição na aquisição de oportunidade de navios oriundos da Royal Navy, e a nossa necessidade de um meio com suas capacidades táticas e operacionais.
Como ainda resta tempo até o efetivo descomissionamento do HMS Ocean, temos tempo hábil para negociar junto aos britânicos e alocar recursos no orçamento para sua aquisição, claro que estando o navio dentro de um custo acessível. 
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domingo, 29 de novembro de 2015

Beltrame rebate críticas e relembra ocupação do Alemão, 5 anos depois

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No dia em que se completam cinco anos da ocupação dos conjuntos de favelas do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, fez um balanço da presença das forças policiais nos últimos anos e relembrou aquela manhã de domingo de 2010, em entrevista exclusiva ao G1.

Titular da pasta desde 2007, o policial federal considera que a ocupação e a pacificação foram fundamentais, mas reconhece que os traficantes armados "se adaptaram" ao patrulhamento das oito unidades de polícia pacificadora existentes no local.

O secretário, no entanto, ressalta que a pacificação só terá êxito total quando as diferenças de ambiente social forem diminuídas e a questão do menor analisada com cuidado. Entre 2014 e 2015, os tiroteios voltaram a ser frequentes e policiais e inocentes foram mortos, incluindo o capitão da UPP Nova Brasília, além dos moradores Eduardo de Jesus, de 10 anos, e Elizabeth de Moura, de 40 anos.
Beltrame ainda descarta uma "reocupação" do Alemão e da Penha, alegando que as UPPs na Maré, as Olimpíadas do Rio e a ocupação de favelas em Costa Barros, no Subúrbio, são as prioridades para secretaria em 2016. Confira a entrevista abaixo:

G1 – O que representou aquela semana entre 21 a 28 de novembro de 2010 na sua trajetória à frente da secretaria?

Aquela ocupação foi um passo fundamental, e teve um impacto inicial muito positivo. Naquela ocasião, policiais foram metralhados em vários lugares da cidade, queimaram ônibus com pessoas vivas dentro. Houve um dia em que eu dormi aqui [na sede da secretaria, no Centro do Rio] por causa disso. Durante aquela semana, estudamos e percebemos que vários roubos, assaltos e assassinatos possuíam relação com o Alemão e a Penha. As armas eram de lá, ou a munição era de lá, ou eram as ordens de traficantes de lá. A Polícia Militar não fazia operações que chegassem ao núcleo do Alemão desde 2004, devido ao grande número de bandidos naquela área. Esses dois complexos eram a Agência Reguladora da droga e das armas aqui no Rio. Quando resolvemos mandar para presídios fora do Rio, alguns líderes do tráfico que comandavam tudo de dentro [de outros presídios], houve essa reação. Aí, resolvemos entrar no Alemão e na Penha, e pedimos o auxílio das Forças Armadas para levarmos nossas tropas a locais específicos em carros blindados, e entramos. Os criminosos jamais acharam que entraríamos.
 

Nesse dia, houve aquelas imagens históricas dos criminosos fugindo pelo Inferno Verde [ligação no alto do morro, entre os conjuntos de favelas do Alemão e da Penha]. Fui muito criticado por não atirar neles. Mas se eu estou com uma proposta de ocupação pacífica, eu acho que no momento que ocupo uma área e cai uma gota de sangue, eu descaracterizo isso. Eu estava com helicópteros baseados no Batalhão de Choque, mas resolvemos não utilizar. Não me arrependo de não ter atirado.
 

Passaram-se cinco anos. Foi um passo importante, mas enquanto não resolvermos essas diferenças de ambiente social, com a entrada do Estado sem ser somente com a polícia, vai ficar muito difícil de obter uma melhoria significativa com a segurança pública.


G1 – Após um período mais tranquilo entre 2012 e 2013, os crimes voltaram a acontecer na região, com tiroteios frequentes e mortes de policiais e de moradores inocentes. Quanto disso se deve a erros da secretaria de Segurança e o que está sendo feito para a melhora desse quadro?

Nós também temos essa leitura. Com a chegada do Coronel Pinheiro Neto ao Comando da PM, criamos um curso de capacitação para os policiais de UPP no Comando de Operações Especiais, onde eles são treinados mais para se proteger do que reagir. Quando houver a necessidade de reagir, que sejam chamadas as forças especiais. Estamos construindo também bases mais sólidas, de alvenaria, depois dos ataques a contâineres, com parte do dinheiro que conseguimos com a Alerj [em 2014, o estado recebeu R$ 70 milhões para investir em segurança], sendo R$ 41 milhões para as UPPs. Depois deste treinamento, pelo qual já passaram 1.165 policiais, tivemos apenas duas baixas.

Os criminosos estão atuando em áreas muito grandes, muito capilarizadas e com organização urbanística inexistente. Eles vinham se preparando desde 2013 para voltar ao Alemão e à Penha, se adaptando ao patrulhamento nas UPPs e lançando os menores de idade ao crime, já que eles em geral não permanecem apreendidos. Eles [os menores] foram empoderados pelo tráfico, com armas, autonomia para recolher dinheiro e poder dentro da comunidade. Não há pai, mãe, não há escola, e mecanismos do Estado e da prefeitura que concorram com isso.

G1 – Que ganhos o Alemão teve após a pacificação, na sua avaliação?

Tivemos ganhos inacreditáveis, inclusive com as críticas que recebemos de vários grupos, movimentos sociais e ONGs. Eles hoje vão para a rua, cobram, mas esquecem que quem deu visibilidade a eles foi a polícia. O que eles eram antes da pacificação? O Alemão não fez passeata quando mataram o jornalista Tim Lopes. Essas pessoas são muito jovens, não sofreram com o tráfico. Mas eu acho ótimo que seja assim, é uma vitória, que possam fazer o que nunca puderam fazer. Digo a eles o mesmo que digo para a prefeitura, para o governo do estado.

Sabemos, portanto, que não foi um processo superpositivo, tendo em vista as mortes que ocorreram principalmente na Vila Cruzeiro, Parque Proletário e Nova Brasília. Mas as pessoas esquecem que na UPP Fé e Sereno está tudo bem, na UPP Adeus/Baiana está tudo bem. A UPP não é muito mais do que isso aí, temos condições de nos mantermos ali. Mas o ambiente social tem que ser mudado, e a questão do menor analisada com cuidado.

G1 – O Governador Pezão anunciou em abril que haveria uma "reocupação do Alemão". Há um planejamento para isso ocorrer?

Temos que fazer a Maré e depois parar para fazer as Olimpíadas, onde teremos mais de 65 mil policiais, e outros 15 mil aquartelados. Para as Olimpíadas, estamos prontos. Depois disso, vamos fazer a ocupação dos complexos do Chapadão, Pedreira e Costa Barros, mas não temos contingente para isso. Em dezembro devemos ter mais 1,2 mil policiais se formando.Temos planos de formar policiais no interior a partir do ano que vem, mas a princípio não vamos reforçar outras áreas no ano que vem e nem criar novas UPPs até as Olimpíadas.

G1 – A morte do menino Eduardo teve muita polêmica após o inquérito da Divisão de Homicídios que não indiciou o policial pelo disparo. O Ministério Público, no entanto, denunciou o PM e a Justiça aceitou a denúncia. O chefe de Polícia Civil se disse "chocado" com a conclusão da Divisão de Homicídios. O senhor pensa que o não-indiciamento caracterizaria impunidade?

Temos que analisar pelo lado humano e pelo lado técnico. Sou pai de três filhos, não gostaria de receber essa notícia e de que não vai acontecer nada com quem participou. Isso nos causa estranheza e dor. Mas não posso deixar de dizer que esta é uma figura jurídica possível, e temos que entender o que os delegados fizeram. Eu não dei nenhum telefonema e nem vou dar para mudar uma investigação, seja pressionado por quem for. Mas como pai, fico dolorido com isso, e concordo com o chefe de Polícia Civil.

Fonte: G1 Notícias
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Petrobras reduz serviços de apoio marítimo

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A indústria de apoio marítimo, prestadora de serviços às petroleiras, vive momento de incerteza. Há hoje cerca de 30 barcos offshore de bandeira brasileira parados, os quais foram financiados em cerca de US$ 1 bilhão pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), principal fonte de financiamento do setor, estima a Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam). Com parte da frota parada, há risco de empresas terem de renegociar condições de financiamento com os agentes financeiros do FMM (BNDES, Caixa e BB). A frota brasileira parada equivale a 8% dos cerca de 370 barcos offshore, entre brasileiros e estrangeiros, em operação no país, disse a Abeam.
“Temos situação em que os barcos ficam no limbo, sem serem utilizados”, disse Ronaldo Lima, presidente da Abeam. A entidade cobra “previsibilidade” de demanda pela Petrobras, a principal cliente. Segundo a Abeam, houve cancelamento de contratos de afretamento de barcos estrangeiros este ano. Outro problema, segundo a entidade, é a indefinição de novas contratações, pela estatal, envolvendo barcos brasileiros e estrangeiros.
A situação é resultado da queda no preço do petróleo, que reduziu a demanda das petroleiras por equipamentos e afetou a indústria de serviços. A dificuldade afeta a indústria offshore no mundo (ver a reportagem DNB prevê equilíbrio entre oferta e demanda em 2018). No Brasil, há o agravante de a Petrobras enfrentar as denúncias da Lava-Jato, que, na visão do setor privado, tem retardado a tomada de decisões.
A Abeam mandou carta à Petrobras pedindo que a empresa informe qual será a demanda para o segmento de apoio marítimo no Brasil nos dois próximos anos (2016 e 2017) de forma que as empresas do setor possam se programar. “A demora da Petrobras em definir um horizonte de demanda vem sufocando as empresas”, disse Lima. A Abeam representa mais de 90% das empresas de navegação que operam no apoio marítimo no Brasil. Uma amostra feita com 27 das 42 empresas ligadas à entidade indica que, desde janeiro, houve 670 demissões de marítimos no país, entre oficiais e guarnição.
Além dos 30 barcos brasileiros parados, há outros 40 estrangeiros que encerraram os contratos com Petrobras este ano, segundo a Abeam. No total, portanto, são 70 barcos, 19% da frota total em operação no Brasil, que não estão sendo utilizados, nas contas da Abeam. Os barcos estrangeiros vêm para o Brasil por tempo determinado e depois vão embora.
Em nota, a Petrobras rebateu as informações da Abeam: “A Petrobras não está cancelando contratos e tem mantido regular a contratação de embarcações brasileiras. A companhia vem mantendo comunicação com o mercado e com a Antaq [Agência Nacional de Transportes Aquaviários].” Entre as atribuições da Antaq, está regular a atividade de apoio marítimo.
A redução na demanda mostra uma situação diferente da prevista até pouco tempo atrás. A expectativa para o setor era contar com uma frota de 780 barcos até 2020. Hoje há dúvidas sobre o futuro de muitas embarcações. Lima disse que a última licitação para construir navios de apoio no Brasil dentro do Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Prorefam) foi em novembro do ano passado. Mas este ano não houve contratações de novas embarcações pela Petrobras, seja de bandeira brasileira ou estrangeira, afirmou.
Barcos construídos dentro do Prorefam não tiveram seus contratos de afretamento renovados, disse a Abeam. As empresas contavam com a continuidade dos contratos para amortizar investimentos feitos com recursos do FMM. Há outro problema. Segundo Lima, os navios de bandeira estrangeira operam no Brasil com contratos com tempo de duração médio de quatro anos. Mas a cada 12 meses é feita uma consulta ao mercado para ver se há embarcação brasileira disponível para substituir o navio estrangeiro. Embora surjam barcos brasileiros para fazer essa substituição, eles não têm sido contratados, disse a Abeam.
Barcos offshore estrangeiros, por sua vez, vêm tendo seus contratos encerrados de forma antecipada, segundo a Abeam, pela não emissão de um documento: o certificado de autorização de afretamento (CAA) emitido pela Antaq, mas cuja responsabilidade de obtenção é, contratualmente, da Petrobras, afirmou a Abeam.
FONTE: Valor Econômico
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Alemanha vai enviar aviões de reconhecimento à Síria

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A Alemanha vai enviar à Síria aviões de reconhecimento Tornado, um navio de guerra e pelo menos um avião de reabastecimento para auxiliar no combate ao grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI).
A decisão foi tomada nesta quinta-feira (26/11) durante um encontro entre a chanceler federal Angela Merkel e ministros responsáveis, entre eles a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen.
A participação alemã na coalizão internacional contra o "Estado Islâmico", liderada pelos Estados Unidos, ainda depende da aprovação do Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão), onde o governo tem ampla maioria.
A principalmente contribuição alemã no combate ao "Estado Islâmico", até o momento, é o treinamento das forças curdas peshmerga, no Iraque, além do fornecimento de armas para o grupo. Porém, os ataques de 13 de Novembro em Paris forçaram uma participação maior dos países ocidentais no conflito.
Merkel se reuniu nesta quarta-feira com o presidente da França, François Hollande , que está se reunindo com líderes de vários países para tentar estruturar uma ampla coalizão contrao "Estado Islâmico". Após o encontro, a chanceler alemã comprometeu-se a "agir rapidamente" na luta contra o EI e prometeu completa solidariedade ao líder francês.
Estratégia ampla
Um dia após o encontro, a liderança alemã se reuniu para definir estratégias para o combate ao EI. Para auxiliar nos ataque aéreos da coalizão, da qual fazem parte França, o Reino Unido e alguns países árabes, o governo pretende enviar até seis aviões de reconhecimento do tipo Tornado Recce.
Esses aviões podem captar e transmitir instantaneamente imagens de alta definição para estações terrestres, além de poder voar em condições climáticas ruins e fotografar também durante a noite. Eles já foram usados em missões no Afeganistão, no conflito dos Bálcãs e durante enchentes na Alemanha.
Segundo informações da agência de notícias DPA, o navio de guerra alemão deve proteger o porta-aviões francês Charles de Gaulle, que foi enviado para o Mediterrâneo Oriental para intensificar os ataques aéreos ao EI.
Já o avião de reabastecimento seria usado para o abastecimento aéreo de caças da coalizão internacional e das aeronaves de reconhecimento.
Terceira participação
Se o Bundestag aprovar a participação alemã na coalizão aérea, essa será a terceira vez na história que a Bundeswehr (as Forças Armadas Alemãs) participa ativamente de uma ofensiva militar de combate a um inimigo. A primeira vez foi durante a Guerra do Kosovo, entre 1998 e 1999, quando a Alemanha bombardeou sistemas sérvios de defesa antiaérea.
As Forças Armadas Alemãs também participaram ativamente com tropas terrestres da guerra no Afeganistão, no combate ao Talibã.
O envolvimento da Bundeswehr em ofensivas no exterior é raro, pois na época de sua constituição, há 60 anos, ela foi estritamente acoplada aos mecanismos de controle da democracia parlamentar, estipulando que sua tarefa visava somente a defesa do país em caso de ataque.

Fonte: Deutsche Welle
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sábado, 28 de novembro de 2015

Dilma editará decreto para bloquear despesas de R$ 10 bi, diz Planalto

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A presidente Dilma Rousseff editará na próxima segunda-feira (30) um decreto para contingenciar mais de R$ 10 bilhões do Orçamento da União, informou nesta sexta (27) a Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Esse será o terceiro corte no ano.
O governo ainda não divulgou que gastos serão afetados, mas o relatório de receitas e despesas do Orçamento, enviado no último dia 20 pelo governo ao Congresso Nacional, já alertava para o risco de "graves consequências para a sociedade", como a interrupção de serviços públicos, em caso de um novo contingenciamento, e que um corte de R$ 10 bilhões significaria o bloqueio praticamente total de todas as despesas discricionárias (não obrigatórias) da máquina pública.
O novo bloqueio, o terceiro do ano, acontece em meio as dificuldades do governo de garantir no Congresso Nacional a aprovação da revisão da meta fiscal para 2015.
Meta fiscal de 2015

Mesmo com o novo corte, não será possível atingir a meta fiscal de R$ 55,3 bilhões de superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda) que está legalmente em vigor.

Até outubro, as contas apresentaram um rombo de R$ 33 bilhões, o maior da história. Para cumprir a meta deste ano, teria de haver um superávit de R$ 88,3 bilhões em novembro e dezembro.
Recentemente, o governo enviou ao Congresso uma proposta de alteração da meta, para um déficit de R$ 51,8 bilhões.
Se forem incluídas as chamadas "pedaladas" fiscais – os atrasos de pagamento aos bancos públicos dos últimos anos, que o governo pode ter que pagar este ano – e uma eventual frustração de receitas do leilão de hidrelétricas (que pode ficar para 2016), o resultado negativo pode chegar a R$ 119,9 bilhões pelo projeto que já foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento.
Votação adiada no Congresso

O governo pode reverter o bloqueio de R$ 10 bilhões se a mudança da meta fiscal, para um déficit de até R$ 119,9 bilhões neste ano, for autorizada pelo plenário do Congresso nos próximos dias.

A expectativa do governo era de que isso acontecesse nesta quarta-feira. Entretanto, a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e do banqueiro André Esteves, acusados de estarem atrapalhando as apurações da Operação Lava Jato, impediu a votação da matéria no plenário do Congresso Nacional.
Segundo explicou o Planalto, posicionamento mais recente do Tribunal de Contas da União (TCU), se o Congresso não aprovar a revisão da meta fiscal, o Executivo fica obrigado a bloquear as verbas discricionárias (não obrigatórias). A expectativa agora é que o Legislativo analise a revisão na próxima semana.
Conforme a Presidência, uma nota técnica será divulgada pelo governo na próxima segunda com as explicações e detalhes do novo contingenciamento no Orçamento. De acordo com o Ministério do Planejamento, o corte consiste em retardar ou não executar parte da programação de despesas previstas na Lei Orçamentária.
Lei de Responsabilidade Fiscal

Como o projeto que altera a meta fiscal passou apenas pela Comissão Mista de Orçamento, mas não pelo plenário, o governo teria, teoricamente, de fazer o contingenciamento de despesas para atingir a o objetivo fiscal que está valendo (superávit primário de R$ 55,3 bilhões para este ano) por meio de decreto presidencial.

Isso porque a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) diz que, se for verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas, os "Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias".
Com isso, caso não realize o bloqueio de gastos, o governo poderá vir a incorrer em crime de responsabilidade e ter as contas de 2015 reprovadas pelo TCU – como já aconteceu com as contas do ano passado. Oficialmente, o TCU informou que "não há orientação do TCU sobre cumprimento de superávit primário em 2015, pois não há fiscalização do tribunal sobre o assunto até o momento", mas observou que a LRF estabelece a necessidade de bloqueio de recursos caso seja necessário.
A presidenta Dilma Rousseff decidiu cancelar as viagens ao Vietnã e ao Japão porque a partir de 1º de dezembro o governo não pode mais empenhar novas despesas discricionárias"
Secretaria de Comunicação da Presidência
Viagens canceladas

A presidente Dilma está preocupada com as dificuldades para aprovar no Legislativo o projeto que revisa a meta fiscal de 2015. Por isso, ela cancelou as viagens que faria na semana que vem ao Japão e ao Vietnã.

"A presidenta Dilma Rousseff decidiu cancelar as viagens ao Vietnã e ao Japão porque a partir de 1º de dezembro o governo não pode mais empenhar novas despesas discricionárias, exceto aquelas essenciais ao funcionamento do estado e do interesse público. Não se trata de problema financeiro, mas, sim, orçamentário", informou a Secretaria de Comunicação.
Rombo nas contas públicas

No relatório de receitas e despesas do orçamento, divulgado no dia 20, já enviado ao Congresso Nacional, o governo sublinha a importância de o Legislativo aprovar a alteração da meta fiscal deste ano e informa que o bloqueio de despesas necessário para atingir a meta em vigor seria de R$ 105,4 bilhões.

Informa ainda que o limite disponível de despesas discricionárias (não obrigatórias) do Poder Executivo é de R$ 113,8 bilhões, mas que R$ 30,5 bilhões são necessários ao cumprimento dos mínimos constitucionais de Saúde e Educação, restando, portanto, R$ 83,3 bilhões que poderiam ser contingenciados. Entretanto, acrescenta que o bloqueio destes R$ 83,3 bilhões "não é factível neste momento diante da atual execução orçamentária das despesas do Poder Executivo".
'Graves consequências'

Ainda no relatório de receitas e despesas, o governo diz que, até o dia 10 de novembro, R$ 99,3 bilhões já foram empenhados, restando um saldo de apenas R$ 14,5 bilhões que teoricamente poderiam ser contingenciados. Deste valor, porém, o governo diz que R$ 1,97 bilhão refere-se ao mínimo de Saúde e outros R$ 1,9 bilhão a emendas impositivas.

E acrescenta: “O cenário o contingenciamento possível das despesas do Poder Executivo, exceto emendas, é de R$ 10,7 bilhões, o que significa o bloqueio total de todas as demais despesas discricionárias do Poder Executivo exceto a Saúde”.
Mais adiante, o governo informa que o bloqueio destes R$ 10 bilhões, que acabou por ser autorizado nesta sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff, levaria a "graves consequências para a sociedade, com a interrupção da prestação de importantes serviços públicos e da execução de investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do País e à retomada do crescimento econômico".
Outros cortes

Em maio, foi anunciado um contingenciamento de R$ 69,9 bilhões na peça orçamentária, valor que foi acrescido de outros R$ 8,6 bilhões em julho. Até então, os principais itens afetados pelo contingenciamento do orçamento de 2015 são os investimentos e as emendas parlamentares.

Fonte: G1 notícias
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