Grupo de 75 homens sírios capacitados por americanos, britânicos e turcos em acampamento na Turquia atravessa a fronteira para combater o "Estado Islâmico", diz Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Um grupo de 75 rebeldes sírios treinados pelos Estados Unidos para combater o "Estado Islâmico" (EI) chegou neste fim de semana à Síria, afirmou neste domingo (20/09) o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). Os homens foram capacitados em um acampamento na Turquia por instrutores americanos, britânicos e turcos.
Os rebeldes cruzaram a fronteira síria a partir da Turquia e entraram na província de Aleppo, no norte da Síria, entre sexta-feira à noite e sábado pela manhã, disse Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH, ONG com sede em Londres. Ele acrescentou que os homens entraram no país com 12 veículos equipados com metralhadoras e tiveram cobertura aérea feita por caças da coalizão internacional liderada pelos EUA.
O grupo participou de um programa que tem o objetivo de treinar até 5.400 rebeldes sírios por ano ao longo dos próximos três anos como parte da estratégia de Washington para ter parceiros locais no combate contra os jihadistas do EI.
O primeiro grupo de 54 homens treinados pelos EUA entrou em combate na Síria no final de julho, mas sofreu um ataque da frente al-Nusra, um braço da Al Qaeda. Com isso, a maior parte dos homens treinados foi morta, capturada ou fugiu.
Um general americano declarou ao Congresso americano na última quarta-feira que apenas quatro ou cinco rebeldes treinados pelo programa ainda estavam lutando na Síria. A revelação fez com que muitas autoridades de defesa criticassem fortemente a estratégia usada pelos EUA contra o EI. Apesar dos ataques aéreos diários, o grupo jihadista ainda controla parte de Iraque e Síria, além de ter filiais em outros países do Oriente Médio.
Autoridades americanas disseram que planejam uma reformulação da estratégia e, em vez de preparar os rebeldes para a linha de frente do combate, eles planejam incorporar esses homens às forças curdas e árabes que lutam na Síria. O programa, no valor de 500 milhões de dólares, treinou até agora menos de 150 pessoas, após muitos candidatos terem sido considerados inadequados na triagem.
Fonte: Deutsche Welle
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