Saif al-Islam, que chegou a ser cotado como sucessor do ditador líbio, recebe penal capital por repressão a protestos durante revolta de 2011. Em poder de uma milícia no noroeste do país, ele foi julgado à revelia.
Um tribunal de Trípoli condenou nesta terça-feira (28/07) um dos filhos de Muammar al-Kadafi à morte. Saif al-Islam, o segundo filho mais velho do ditador que governou a Líbia por mais de quatro décadas, foi declarado culpado por crimes de guerra e atos para reprimir protestos durante a revolta de 2011, que acabou com o governo de seu pai.
A Justiça líbia condenou também outras oito pessoas próximas do ex-ditador, que também devem ser executadas por um pelotão de fuzilamento, incluindo o ex-primeiro-ministro Baghdadi al-Mahmudi e o ex-chefe de inteligência Abdullah Senussi. Eles foram igualmente acusados de crimes durante a revolta de 2011.
Todos, menos Islam, estão sob custódia da polícia líbia. O filho de Kadafi foi capturado há quatro anos por antigo um grupo rebelde na região de Zintan (noroeste), fora do controle do governo central, e foi julgado à revelia. Os milicianos se recusam a entregá-lo, mas permitiram que ele participasse do processo judicial por videoconferência.
O processo contra Islam, antes credenciado como sucessor de Kadafi, começou em abril na capital. O Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, chegou a tentar, em vão, sua extradição.
O TPI e grupos de direitos humanos dizem se preocupar com a imparcialidade e competência do sistema judiciário líbio, embora tenha reconhecido em 2013 o direito de julgamento de Senussi em casa, e não em Haia.
Desde a queda de Kadafi, a Líbia está imersa em guerra civil. Atualmente, dois governos e parlamentos rivais disputam o poder. Além disso, várias milícias lutam por influência no país.
Fonte: Deustche Welle
0 comentários:
Postar um comentário