O Irã e seis potências mundiais – Rússia, Grã-Bretanha, França, China, EUA e Alemanha – continuam trabalhando para chegar a um acordo nuclear final que levará Teerã a desmontar parte de sua infraestrutura nuclear em troca do alívio nas sanções
O dirigente da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade da Teerã, professor Mohammad Marandi, próximo das negociações, comentou a situação à Sputnik Persian, sublinhando ao envolvimento dos EUA na situação:
“Em geral os americanos querem evitar que outros países tenham capacidades de defesa adequadas. E os S-300 são de fato sistemas de defesa, são mísseis terra-ar”, disse o especialista.
Segundo ele, a parte iraniana comprou os sistemas de defesa para proteger o seu espaço aéreo e os seus cidadãos face às ameaças americanas:
“O fato que os americanos tentarem impedir o Irã de receber o que comprou é uma ameaça indireta ou, pelo menos, cria uma ameaça ao espaço aéreo iraniano, especialmente porque os Estados Unidos têm repetidamente ameaçado o Irã com ataques aéreos.”
A Rússia e o Irã firmaram em 2007 um contrato para fornecimento de sistemas S-300 num valor total de cerca de 900 milhões de dólares. O acordo, no entanto, foi congelado após a imposição de sanções contra o Irã pelo Conselho de Segurança da ONU.
Após a imposição de sanções, Moscou congelou o contrato para fornecer os sistemas S-300 a Teerã. Em resposta, o lado iraniano colocou uma demanda de 4 bilhões de dólares na Corte Internacional de Arbitragem.
Em meados de junho, uma fonte na esfera da cooperação técnico-militar disse à agência RIA Novosti que Moscou e Teerã estão negociando a retirada da ação judicial iraniana. Segundo ele, as duas partes estão discutindo os detalhes da retomada do cumprimento do contrato.
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