Soldados israelenses iniciaram um protesto virtual contra novas restrições impostas pelas Forças Armadas do país sobre o uso de barba.
Segundo as normas recentemente anunciadas, os militares devem eliminar os pelos faciais a menos que tenham sido dispensados de raspá-los por motivos médicos ou religiosos.
A decisão foi tomada depois que as Forças Armadas verificaram que muitos soldados estavam deixando a barba crescer, o que estaria causando uma falta de uniformidade entre as brigadas, informou o site de notícias israelense Ynet.
A partir do dia 1º de julho, militares sem um certificado de um rabino ou médico só poderão deixar a barba crescer em circunstâncias excepcionais.
"Há muitos soldados que alegam deixar a barba crescer por motivos de fé e que depois nós vemos fumando, dirigindo no Shabat (dia sagrado para os judeus), disse um militar, destacando as atividades proibidas pela lei religiosa judaica.
Depois de um período de adaptação que durará dois meses, quem for pego violando as novas regras será multado e confinado aos quarteis.
A medida, contudo, causou irritação entre os fãs das barbas nas redes sociais. "Soldados reais não têm tempo para se barbear", afirmou um soldado israelense em uma página popular entre os militares.
O post, no qual ele pede que a proibição seja revista, já recebeu mais de 12 mil curtidas.
Muitos soldados da ativa postaram fotos de suas próprias barbas, e um deles chegou a questionar se deixar os pelos faciais intactos era uma reivindicação exagerada face a todas as mazelas da dura rotina das Forças Armadas.
As novas regras foram apoiadas por militares de alta patente, como coroneis e majores. Um deles disse ao Ynet que as barbas são a parte mais visível do que chamou de "comportamento inadequado" que inclui "exercícios militares realizados com desleixo e botas não polidas".
Segundo o major, a barba deixa os militares "mais com cara de milicianos do que de soldados".
Fonte: BBC Brasil
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