Washington está considerando enviar caças furtivos F-22 Raptor para a Europa devido a uma suposta ameaça russa, conforme declarou a secretária da Força Aérea dos EUA, Deborah Lee James.
Segundo ela, a Força Aérea norte-americana tem planos de continuar aumentando o número de efetivos das forças de rotação na Europa tendo em conta as relações tensas com a Rússia.
A declaração foi feita em Paris, no âmbito do salão aeronáutico internacional de Le Bourget.
"Este é o início e haverá mais. Poderão ser enviadas mais forças de rotação. Acho que a ameaça principal é o que acontece com a Rússia. As suas atividades são a razão principal para a minha visita à Europa."
Ela sublinhou que não vê nenhuma razão pela qual os caças de quinta geração F-22 não possam ficar estacionados na Europa, mas não especificou outros detalhes da questão.
A declaração de Deborah Lee James foi feita logo após a empresa Lockheed Martin ter recebido quase US$ 70 bilhões do Exército norte-americano para aumentar as horas de serviço dos caças F-22 Raptor.
A Força Aérea dos EUA aumentou recentemente o número de patrulhas aéreas na região do Báltico quando o Reino Unido recebeu bombardeiros B-2 e B-52 norte-americanos.
A declaração também vem após o Pentágono se ter mostrado interessado na possibilidade de colocar armas pesadas em países do Leste europeu. O Pentágono considera tal cenário em resposta à chamada “agressão russa”. Mas Moscou condenou a declaração, dizendo que ela poderia minar o Ato Fundador entre Rússia e OTAN de 1997.
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