O governo da Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira (20) que conseguiu miniaturizar armas nucleares, um avanço técnico que permitiria ao país colocar o material dentro de um míssil.
"Há muito tempo começamos a miniaturizar e diversificar nossos meios para um ataque nuclear", afirmou a Comissão Nacional de Defesa (CND), citada pela agência oficial de notícias KCNA.
"Também chegamos à etapa que garante o índice de precisão mais alto, não apenas para mísseis de curto e médio alcance, mas também para mísseis de longo alcance", completa o comunicado.
"Não escondemos este fato", afirma a nota da comissão.
A CND, principal organismo militar do país liderado por Kim Jong-Un, criticou os Estados Unidos e seus aliados por terem condenado o teste de um míssil balístico lançado a partir de um submarino em 8 de maio.
Washington afirmou que o teste do míssil violava pelo menos quatro resoluções da ONU que proíbem Pyongyang de utilizar tecnologia de mísseis balísticos.
Coreia do Norte modificou fotos de lançamento de míssil, diz almirante dos EUA
Fotografias que mostravam um míssil norte-coreano lançado de um submarino foram manipuladas por propagandistas do governo e o país pode estar a anos de conseguir desenvolver tal tecnologia, disseram analistas e uma autoridade militar dos Estados Unidos na terça-feira.
A Coreia do Norte, sob sanção dos Estados Unidos e da ONU por seus testes nucleares e com mísseis, disse em 9 de maio que conduziu com sucesso um teste de lançamento de um míssil balístico de um submarino que, se for verdade, iria indicar progresso em sua busca por submarinos equipados com armas.
Na quarta-feira, a Coreia do Norte alertou os Estados Unidos para não desafiarem seu direito soberano de impulsionar a dissuasão militar e se vangloriou de sua habilidade de reduzir o tamanho de ogivas nucleares, reivindicação feita anteriormente e amplamente questionada e nunca verificada por especialistas.
Mas a Coreia do Norte ainda está "a muitos anos" de desenvolver um submarino com lançamentos balísticos, disse na terça-feira o almirante dos EUA James Winnefeld em audiência no Centro para Estratégias e Estudos Internacionais, em Washington.
"Eles não chegaram tão longe quanto seus inteligentes editores de imagem e manipuladores queriam que acreditássemos", disse Winnefeld, que é vice-chefe da Maior das Forças Armadas.
Análises vistas pela Reuters dos engenheiros aeroespaciais alemães Markus Schiller e Robert Schmucker, da Schmcker Technologie, parecem apoiar a afirmação de Winnefeld. A dupla com sede em Munique disse que as fotos do lançamento foram "fortemente modificadas", incluindo reflexos da chama do míssil na água que não se alinhava com o projétil em si.
Fonte: AFP/Reuters
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