Na semana passada, o vice-ministro da Indústria e do Comércio russo, Andrei Boguínski, anunciou que o governo havia injetado 27 bilhões de rublos (US$ 525 milhões) em empresas russas de leasing de aviões civis. A decisão foi tomada durante uma reunião com o presidente Vladímir Pútin, ainda no final de março.
Embora os critérios para a atribuição de fundos estejam sendo definidos, o vice-ministro adiantou que será dada prioridade às empresas de leasing que trabalham com operadoras regionais.
A expectativa é que, com o incentivo federal, essas companhias sejam capazes de receber até 50 aviões civis ao longo dos próximos três anos. No futuro, esses veículos serão entregues aos operadores a “preços acessíveis”, segundo Boguínski.
Investimento a jato
Um dos maiores beneficiados pelo plano anticrise do governo foi a Corporação Unida de Construção Aeronáutica (OAK, na sigla em russo), que recebeu um financiamento adicional de 100 milhões de rublos (US$ 1,9 milhão). A quantia será transferida para a fabricante Sukhôi, que produz o modelo Superjet-100 (SSJ-100).
“Existe uma necessidade de salvar esse projeto a qualquer custo, uma vez que ele já custou bilhões de dólares para o país”, publicou o jornal russo “Kommersant”, com base na opinião de especialistas do setor.
Segundo as fontes do jornal, as companhias aéreas regionais não têm como arcar com modelos SSJ-100 nem do ponto de vista técnico, nem do financeiro. Tendo em conta a carga média dos voos regionais, as companhias locais precisam de aviões com até 70 lugares, enquanto o SSJ-100 possui 92.
Além disso, de acordo com o especialista independente em aviação, Andrei Kramarenko, o apoio financeiro sem precedentes ao projeto SSJ-100 se deve ao fato de que esse avião é “praticamente o único projeto da aviação civil russa que pode ser considerado como um significativo avanço na engenharia nacional”.
Fonte: Gazeta Russa
0 comentários:
Postar um comentário