sábado, 21 de março de 2015

Juramento à bandeira feito em árabe causa polêmica em escola nos EUA

Uma escola no estado de Nova York teve que pedir desculpas após um estudante fazer o juramento à bandeira - uma cerimônia tradicional feita em escolas - em árabe.
O Departamento de Língua Estrangeira da escola havia decidido que o juramento seria lido em um idioma diferente a cada dia da semana.
Mas pessoas que perderam parentes na guerra do Afeganistão e pais judeus reclamaram quando chegou a vez do árabe, segundo um funcionário da escola.
A diretora da escola, Joan Carbone, disse ao jornal "The Times Herald-Record" que o juramento em árabe "dividiu a escola ao meio" e que ela tinha recebido inúmeras queixas.Nem os EUA nem o estado de Nova York tem uma língua oficial. Além disso, as línguas mais faladas no Afeganistão são dari e pashto, e não árabe.
Um comunicado pediu desculpas "a qualquer aluno, funcionário ou membro da comunidade que julgaram esta atividade desrespeitosa".
As leituras em línguas estrangeiras ocorreram como parte das celebrações da Semana das Línguas Estrangeiras e tiveram a intenção de "promover o fato de que aqueles que falam uma língua diferente do inglês ainda prometem saudar este grande país".
Um estudante que falava árabe leu o juramento na Pine Bush High School, em Pine Bush, New York, na quarta-feira.
Apenas inglês

Muitos estudantes teriam gritado para expressar sua desaprovação durante a fala, e mais tarde se queixaram em redes sociais.

No final da tarde, a diretora da escola fez um anúncio para explicar por que o juramento foi lido em árabe e pedir desculpas a quem se ofendeu. Carbone prometeu que, a partir de agora, o juramento só será lido em inglês.
O líder estudantil da escola, Andrew Zink, responsável pelo juramento, disse à mídia dos EUA que sabia que a leitura causaria controvérsia. Mas ele afirmou que permitiu que ela ocorresse porque acreditava que era "a coisa certa a fazer".
"O que faz você americano não é a língua que fala, mas as ideias nas quais você acredita", disse ele.
Sadyia Khalique, porta-voz do Conselho de Relações Americano-Islâmicas de Nova York, disse: "Todos os americanos que valorizam a história de diversidade religiosa e étnica da nossa nação devem ficar preocupados" pela reação e pedido de desculpas que se seguiu.
Fonte: G1 notícias
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