Os Estados Unidos impuseram sanções a oito rebeldes ucranianos e a um banco russo e anunciaram mais ajuda não letal à Ucrânia nesta quarta-feira (11), depois de acusarem os separatistas apoiados pela Rússia de romperem o cessar-fogo mediado por países europeus.
Washington está aumentando a pressão sobre Moscou um dia depois de afirmar que a Rússia enviou tanques e equipamento militar pesado à Ucrânia, uma violação do acordo firmado em Minsk, capital da Bielorússia, no dia 12 de fevereiro.
A ajuda à Ucrânia inclui cerca de 200 veículos Humvees desarmados e 30 com blindagem, disse à agência Reuters um funcionário da Defesa dos EUA sob condição de anonimato, e também um número indeterminado de drones (aeronaves não-tripuladas) de reconhecimento sem armas, segundo ele.
Esta nova entrega de material militar à Ucrânia foi discutida nesta quarta-feira por telefone entre o vice-presidente americano, Joe Biden, e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, segundo fontes à agência France Presse.
A Casa Branca ainda não tomou uma decisão em relação ao envio de armas letais, como mísseis anti-blindados exigidos pela Ucrânia.
Vários funcionários de alto escalão americanos de defesa se pronunciaram a favor destes envios, mas os aliados dos Estados Unidos na Otan, como Alemanha e França, se opõem por medo de uma escalada do conflito, que já deixou mais de 5.600 mortos.
FMI aprova novo plano
Além disso, o Fundo Monetário Internacional aprovou nesta quarta um novo plano de ajuda de US$ 17,5 bilhões para Ucrânia, anunciou a diretora geral do organismo Christine Lagarde.
"O programa (de ajuda) é ambicioso e implica riscos, provenientes especialmente do conflito", reconheceu Lagarde em comunicado.
A autorização do conselho de administração do FMI, que representa seus 188 Estados-membros, se traduziu na entrega imediata ao Estado ucraniano de uma primeira parte do empréstimo de US$ 5 bilhões.
As outras partes do empréstimo a Kiev serão entregues durante os próximos quatro anos com a condição de que as autoridades implementem as amplas reformas pedidas pelo Fundo para sanar as contas públicas do país.
Em recessão há dois anos, a Ucrânia perdeu o controle das áreas industriais do leste do país, em poder dos separatistas pró-russos, e assistiu a desvalorização de sua moeda (mais de 40% desde o começo do ano).
Sanção a banco
Em paralelo, o Departamento do Tesouro anunciou nesta quarta-feira novas sanções contra os separatistas pró-russos do leste da Ucrânia, um banco russo e ex-ministros do governo do presidente ucraniano deposto, Viktor Yanukovitch.
"Desde o início da crise mostramos que fazemos aqueles que violam a soberania e a integridade territorial da Ucrânia pagarem" por suas ações, declarou Adam Szubin, secretário-adjunto do Tesouro a cargo da luta contra o terrorismo, citado em comunicado.
Sediado em Moscou, o recém-punido Russian National Commercial Bank (RNCB) se tornou em 2014 o primeiro banco russo a abrir agências na Crimeia após sua anexação pelos russos. Segundo a agência de notícias russas Interfax, que trata a Crimeia como parte da Rússia, o RNCB foi avaliado como o 142º do país em bens no ano passado.
Maior credor russo, o banco estatal Sberbank concedeu sua ex-rede na península do Mar Negro ao RNCB depois da anexação. O banco foi sancionado pela União Europeia em 2014.
O RNCB afirmou que as sanções “não representam uma ameaça a suas atividades atuais” e que “no momento, o RNCB não tem ativos nos Estados Unidos”.
Fonte: G1 notícias
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