A Índia terá de explorar novas opções para sua força de transporte tático, incluindo a compra direta, para reforçar a sua frota de transporte aéreo, com o conflito na Ucrânia impedindo a atualização de suas aeronaves AN-32, disse um oficial da Força Aérea Indiana.
As últimas cinco aeronaves dos 40 AN-32 enviados para atualização na Ucrânia estão "desaparecidos", disse o oficial, e a atualização dos restantes 64 AN-32s parou com a fuga de engenheiros da Ucrânia e a paralisação das entregas de peças de reposição.
"Como o AN-32 forma a maior parte da frota de transporte médio, a substituição urgente da frota de Avro, e a finalização do desenvolvimento conjunto de aviões de transporte médio e possíveis compras são algumas das opções que a IAF terá de trabalhar de forma urgente ", disse o comandante da Força Aérea Bhim Singh.
Além dos AN-32, a Força Aérea usa as aeronaves IL-76 de fabricação russa , os britânicos Avro, produz\idos sob licença pela Hindustan Aeronautics, e os americanos C-17 e C-130J Super Hercules.
Em 2009, a Índia fechou um contrato com a estatal ucraniana Ukrspetsexport Corp, para atualizar 104 de suas aeronaves de transporte AN-32 a um custo de 400 milhões de dólares, a frota tinha chegado ao limite de sua expectativa de vida. O programa, que deveria ser executado até 2017, envolveu a atualização de 40 aeronaves na Ucrânia e 64 sob a transferência de tecnologia da Ucrânia, na base da Força Aérea Indiana sediada em Kanpur.
No entanto, apenas 35 das aeronaves que foram atualizadas nas instalações da Antonov baseadas em Kiev na Ucrânia, retornaram, enquanto os últimos cinco continuam ilhados devido ao conflito.
"Estas cinco aeronaves estão quase perdidas, pois é difícil localizá-las e os esforços diplomáticos para encontrar seu paradeiro falharam", disse o oficial da Força Aérea.
Um diplomata da Embaixada da Ucrânia disse que a Antonov deve resolver este problema com a Força Aérea da Índia, e que o governo não pode ajudar. funcionários da Antonov não estavam disponíveis para comentar o assunto.
A atualização local em Kanpur, que começou há três anos, foi interrompida no ano passado. Seis aeronaves foram enviadas para receber o upgrade, mas o trabalho teve de ser interrompido com os engenheiros Ucrânia indo embora e apenas um contêiner de peças sobressalentes havia chegado da Ucrânia, disse o oficial da Força Aérea.
A atualização do AN-32 com aviônicos modernos teria estendido a vida da aeronave por 40 anos, a modernização da capacidade de carga útil seria aumentada de 6,7 para 7,5 toneladas.
A atualização das aeronaves AN-32 também inclui peças da Honeywell e algumas de origem russa.
"A IAF tinha informado que toda a manutenção e a atualização local incluia a nacionalização de peças e partes, e que a maioria delas foram executados. Com o upgrade local suspenso, estas alegações foram comprovadas como falsas", disse Singh.
Com o governo indiano enfatizando o transporte estratégico para implantação interna e a necessidade de locomoção das tropas para as fronteiras chinesas e paquistanesas, aviões de transporte adicionais são necessários, disse Singh.
Substituição do AVRO
O status da substituição de 56 aeronaves de transporte Avro da Força Aérea ainda não está clara, como só a Airbus da Espanha ofertou o C-295 em parceria com a Tata da Índia, com um contrato de 3,5 bilhões de dólares fechado no ano passado .
A Antonov da Ucrânia não apresentou uma proposta, porque o Ministério da Defesa se recusou a dar-lhe uma extensão no prazo de entrega da proposta. Com apenas um concorrente, a proposta da Airbus enfrenta o risco de cancelamento.
Enquanto isso, a Índia e a Rússia propõem o desenvolvimento em conjunto de uma aeronave de transporte médio capaz de transportar 80 soldados, veículos de infantaria de combate ou tanques leves, armas de artilharia e munições, destinadas a substituir a frota AN-32.
A UAC da Rússia e a Hindustan Aeronautics criaram um programa conjunto, o multi Transport Aircraft (MTA), como uma joint venture indo-russa para o desenvolvimento de Aeronaves de Transporte Médio. Mas um acordo de produção final não está prevista devido a questões relacionadas com a participação de trabalho e produção.
Fonte: GBN com agências de notícias
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