Militares preferem se arriscar em missões a bordo de caças F-16 e Estados Unidos ficam sem profissionais para pilotar drones. Ataque: hoje a maior parte das missões aéreas da Aeronáutica americana no Oriente Médio é realizada por drones.
Há pouco mais de uma década, quando começaram a se tornar uma eficiente arma de guerra, os aviões não tripulados, popularmente conhecidos como drones, pareciam fadados a substituir as caras, frequentes e muitas vezes perigosas missões com caça. Mais baratos que aviões convencionais e confiáveis, os RPAs, como são chamadas essas aeronaves na sigla em inglês, ainda contam com a vantagem de não oferecer risco aos pilotos, que comandam os aviões a centenas de quilômetros de distância. O que parecia um cenário perfeito, no entanto, não está agradando exatamente a quem mais poderia se beneficiar com o avanço tecnológico dos drones: os pilotos.
Mesmo sendo obrigados a ter uma formação técnica similar à de seus colegas que ficam nos ares, os comandantes de aviões não tripulados ganham menos, trabalham mais e avançam mais lentamente na carreira. Hoje, por exemplo, um piloto de um F-16 voa em média 200 a 300 horas por ano, enquanto o comandante de um drone controla os aviões cerca de 1.000 horas anualmente. O resultado disso tem sido uma redução drástica no número de militares que têm se dedicado ao controle remoto dos aviões não tripulados na Força Aérea Americana.
O problema foi admitido recentemente pelo chefe de equipe da Força Aérea, o general Mark Watters, que declarou ter mão de obra suficiente para atender apenas 85% das missões recebidas – um piloto chega a comandar uma aeronave por até 14 horas por dia, seis dias por semana. Em novembro de 2014, outro general, Herbert Carlisle, declarou a um grupo de repórteres ter “mais missões que o dinheiro, mão de obra ou tempo.
Mesmo sendo obrigados a ter uma formação técnica similar à de seus colegas que ficam nos ares, os comandantes de aviões não tripulados ganham menos, trabalham mais e avançam mais lentamente na carreira. Hoje, por exemplo, um piloto de um F-16 voa em média 200 a 300 horas por ano, enquanto o comandante de um drone controla os aviões cerca de 1.000 horas anualmente. O resultado disso tem sido uma redução drástica no número de militares que têm se dedicado ao controle remoto dos aviões não tripulados na Força Aérea Americana.
O problema foi admitido recentemente pelo chefe de equipe da Força Aérea, o general Mark Watters, que declarou ter mão de obra suficiente para atender apenas 85% das missões recebidas – um piloto chega a comandar uma aeronave por até 14 horas por dia, seis dias por semana. Em novembro de 2014, outro general, Herbert Carlisle, declarou a um grupo de repórteres ter “mais missões que o dinheiro, mão de obra ou tempo.
Hoje, quase a totalidade das missões de reconhecimento e uma boa parcela das missões de ataque que a Força Aérea dos Estados Unidos estão realizando na Síria e no Iraque para combater o grupo radical islâmico estão sendo feitas por drones. É exatamente nessa região a escassez maior de pilotos. Em 2012, por exemplo, os treinamentos de caças tripulados preencheram 100% das suas 1.129 vagas, mas apenas 82% das 150 vagas para drones foram requisitadas. E, desde então, situação tem se agravado.
O governo americano está estudando alternativas para fazer com que a carreira seja mais atrativa aos pilotos. Bônus financeiros estão sendo oferecidos aos militares que desejarem ampliar seu tempo de serviço na frente de batalha comandando os aviões não tripulados. Além disso, a Força Aérea Americana estuda “importar” pilotos do Exército ou da Marinha, algo muito pouco usual nos Estados Unidos, para conseguir preencher as vagas disponíveis. Mesmo com todo o avanço tecnológico na indústria de guerra, o homem continua sendo indispensável.
Fonte: Isto É via Notimp
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