Foi divulgado no último dia 5 de
fevereiro a criação de um grupo de trabalho entre Argentina e China para
analisar a possível introdução na Força Aérea Argentina de uma nova aeronave de
caça chinesa.
O negócio foi discutido durante
a visita da presidente Argentina em sua visita a Pequim que se iniciou no
último dia 2 de fevereiro. O grupo de
trabalho vai analisar a eventual transferência de um percentual da tecnologia
para Buenos Aires. O caça escolhido ainda não foi anunciado, mas a escolha deve
cair entre os caças FC-1 / JF-17 ou J-10.
Além da transferência de
tecnologia, o grupo de trabalho examinará os meios de integração dessa nova
aeronave ao seu inventário, e meios de mantê-los em operação. A Argentina espera
receber 14 caças se a proposta de transferência de tecnologia vá em frente,
embora não tenham sido divulgados quaisquer cronogramas desse programa.
ANÁLISE
Há alguns anos, a Argentina
vem tentando substituir a sua antiquada e cada vez mais obsoleta dotação de
caças Dassault Mirage IIIEA, IAI Dagger e McDonnell Douglas A-4 Skyhawk por uma
aeronave mais moderna e capaz.
Notícias relatam que a Rússia
havia cortejado a Argentina com a possível locação de aeronaves de ataque
Sukhoi Su-24. Enquanto o Ministério da Defesa do Reino Unido levou estes
relatórios a sério o suficiente para rever a defesa das Ilhas Malvinas, os
Su-24 não teriam nenhuma utilidade realmente operacional para a FAA, e parece
que qualquer proposta de transferência dessas aeronaves é provavelmente o
resultado de um jogo político da Rússia com o Reino Unido sobre a persistência
da crise na Ucrânia.
Outras propostas mais
realistas, foram apregoados nos últimos meses ás ofertas espanhola de caças
Mirage F1, ou a opção de Kfirs israelenses, ou ainda a possibilidade remota de
aquisição do Saab Gripen E / F. Todos estes parecem ter parado por razões tanto
econômicas ou políticas (a proposta do Gripen E / F foi efetivamente vetada
pelo Reino Unido, que fabrica muitos dos sistemas da aeronave).
Os caças JF-17 também foram
anteriormente apontados como uma possível opção para a FAA, por isso é
interessante vê-los mais uma vez mencionados como uma possível opção neste
último acordo argentino-chinês , assim como o FC-1. O J-10, no entanto, não foi
mencionado em relação à FAA antes.
Apresentado em 2006, os J-10
tem mais do que uma semelhança passageira com os modernos caças ocidentais Gripen, Dassault Rafale, Eurofighter Typhoon
e mesmo o americano F-16. Segundo muitos indicam o J-10 foi realmente
desenvolvido a partir do caça israelense “Lavi”.
O J-10 é um caça monoplace,
monomotor, possui uma velocidade máxima de Mach 1,8 em altitude, teto de
serviço máximo de 55 mil pés, suportando a força de + 9 / -3 g, possui um raio
de operação de aproximadamente 555 km, uma carga útil de 6.600 kg em 11 pontos. Suas
opções de armas incluem o míssil PL-8 (Python 3) ou mísseis mais modernos, tais
como o PL-11 ou PL-12; Vympel R-73 e R-77, mísseis ar-superfície C-801 ou C-802;
YJ-8K (anti-navio) ou mísseis YJ-9 (anti-radiação); e bombas guiadas a laser ou
de queda livre. Há também um canhão interno de 23 milímetros e a opção de utilizar
pod´s de infravermelho / navegação laser
desenvolvidos pela China. Sua inclusão no inventário da FAA representaria um
aumento de capacidade significativo para a Argentina.
Fonte: GBN GeoPolítica Brasil com agências de notícias
Fonte: GBN GeoPolítica Brasil com agências de notícias
0 comentários:
Postar um comentário