No último dia 23 de janeiro morreu o rei Abdullah da Arábia Saudita, monarca da família Saud que governa este país desde 1932 quando se consolidou rei Ibn Saud. Rapidamente foi apresentado seu sucessor, meio-irmão de Abdullah, Salman bin Abdul Aziz, de 79 anos.
No momento o mundo se pergunta sobre os possíveis rumos que pode se tomar naquele país, tendo olhar atento devido a grande influência daquela nação no mercado do petróleo. Segundo declarações do novo rei, Salman garantiu a continuidade das políticas de Abdullah. Porém o mundo assiste receoso.
O primeiro sinal de apreensão de mercados e as dúvidas levantadas quanto aos destinos políticos do país veio da Alemanha, que anunciou a suspensão de todos os contratos para fornecimento de armas ao país árabe.
A principal questão paira sobre as decisões ligadas ao mercado de petróleo, onde especialistas acreditam que seja pouco provável que a Arábia Saudita suavize sua política do petróleo. O reino tem medo de perder sua participação no mercado após a redução da produção, muitos especuladores estão usando a morte do rei para lucrar com o aumento dos preços e recuperar as recentes perdas causadas pelas recentes quedas na cotação do barril.
É muito provável que o mercado se recupere e os preços comecem a subir, mas não de imediato. Segundo estimativas e pesquisas realizadas, o preço do barril de atingir o valor de US$70 á US$ 80 Dólares ainda no inicio do segundo semestre de 2015.
O novo rei da Arábia Saudita pretende diversificar a economia de seu reino, muito dependente das receitas do petróleo, facilitando sobretudo os investimentos. "O rei Salman é favorável à promoção do reino como destino para os investimentos estrangeiras, disse Abdellatif al Othman, governador da autoridade saudita para os investimentos, em uma conferência econômica.
Cerca de 90% das receitas do maior exportador de petróleo do mundo vêm desse produto, mas Othman anunciou que o reino quer desenvolver os setores de saúde, transportes e mineração, assim como as tecnologias da informação e da comunicação. A queda dos preços do petróleo — mais de 50% desde junho — obrigou o reino a prever um forte déficit orçamentário para esse ano.
"Já identificamos 140 bilhões de dólares de investimentos nos setores de saúde e de transportes para os próximos cinco anos", declarou Otham em um fórum econômico que reúne anualmente autoridades sauditas e líderes econômicos internacionais. Segundo Othman, na Arábia Saudita há vontade de "transformar" os setores dos serviços financeiros, do turismo e do setor imobiliário enquanto se investe em educação e inovação.
O reino destacou como "prioridade" a luta contra a burocracia, um dos maiores obstáculos para os investidores estrangeiros, segundo o ministro da função pública Abdelrahman Al Barrak. Salman sucede no trono Abdullah, que morreu na semana passada aos 90 anos.
"Durante o reinado de mudanças de Abdullah, os investimentos diretos estrangeiros se multiplicaram por cinco para alcançar os 220 bilhões de dólares", disse Othman, que destacou o fato de a Arábia Saudita ter, nesse período, integrado o G20 e a Organização Mundial de Comércio (OMC).
GBN - GeoPolítica Brasil com agências de notícias
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