terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Mirage faz último voo hoje, rumo ao museu

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A festa do adeus foi na segunda-feira, dia 20 - o último voo, será hoje às 10h40, na base de Anápolis, a 140 km de Brasília. O Mirage 2000, de matrícula 4948, vai decolar rumo ao Rio de Janeiro. Chega lá uma hora depois. Pousará para sempre. Foi doado ao Museu da Aeronáutica, seu destino final.
Será pilotado pelo capitão Antonio Augusto da Silva Ramalho, do 1.º Grupo de Defesa Aérea. Ramalho se diz "feliz, como piloto, pela honra da missão". Aos 33 anos, operando desde 2010 os interceptadores Mirage, Ramalho reconhece "o salto qualitativo da aviação de caça brasileira", com a chegada do novo jato supersônico de tecnologia avançada, o modelo sueco Gripen NG, selecionado dia 18, pela presidente Dilma Rousseff na definição do longo processo F-X2; durou cerca de 20 anos a contar do estudo preliminar e das consultas iniciais.
Encomenda. A possibilidade é de que a expectativa do capitão, seus colegas e, ainda, a da complexa rede da indústria aeronáutica, seja superada. A encomenda inicial de 36 aeronaves, mais o conhecimento sensível - cuja liberação irrestrita é "cláusula pétrea" do acordo -, vai custar US$ 4,5 bilhões. E deve ser seguida de pacotes subsequentes, de longo prazo, até um total de 124 unidades contratadas a longo prazo, coisa de 10 a 15 anos, contemplando um horizonte além de 2030. A previsão pode ser maior, chegando a 160 jatos Gripen NG. O número é considerado o ideal para proteção integral dos pontos estratégicos do País, de acordo com um oficial combatente ouvido pelo Estado. O plano da Força Aérea é substituir a frota atual por um só tipo padrão, capaz de ser configurado de forma personalizada para cada necessidade.
A Marinha está na mesma sintonia. A aviação naval embarcada hoje no porta aviões São Paulo A-12 e, no futuro, a bordo do novo navio dessa classe que vai liderar a 2.ª Frota, no litoral Norte/Nordeste, quer empregar a versão especializada do mesmo avião escolhido para a FAB.
Em Anápolis, na sede do Grupo de Defesa Aérea, a dupla inicial de caças F-5M, que cumprirá a tarefa de proteger Brasília até a chegada dos Gripen, estimada para 2018, está pronta. Vieram de Santa Cruz (RJ) e de Canoas (RS). Na segunda mobilização ao menos um sairá de Manaus.
Os 12 Mirage 2000C/B comprados usados, na França, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2005, deveriam ter sido aposentados em 2011. A Aeronáutica montou um esquema de manutenção que imobilizou seis caças e manteve no ar o esquadrão remanescente. Até o voo do capitão Ramalho, hoje, o GDA terá somado 10.500 horas.
Em sete anos o supersônico entrou em ação real apenas uma vez, em março de 2009, quando foi acionado para reagir a uma ameaça - um piloto amador, desequilibrado, pretendia invadir o limite da capital. Acabou caindo e morrendo com a filha de 5 anos no estacionamento de um shopping de Goiânia.
Fonte: Estadão
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Armada nuclear da Rússia inicia recuperação

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O final de 2013 ficou marcado por um reforço para a Marinha de Guerra da Rússia. No dia 23 de dezembro, a Marinha recebeu o segundo porta-mísseis do projeto 955 Borei: Aleksandr Nevsky e, um dia antes do novo ano, a 30 de dezembro, vai realizar-se a cerimônia de entrega do principal porta-mísseis multifuncional do projeto 885 Yasen: Severodvinsk.

Mais vale tarde do que nunca?
No início do ano, o principal navio da classe Borei, o Yuri Dolgoruky, foi entregue à Marinha. A sua construção fora iniciada em 1995. O Severodvinsk demorou ainda mais tempo, pois a sua construção fora lançada em 1993. A construção do Aleksandr Nevsky foi mais rápida e começou em 2004.
Porém, é preciso compreender os fatores que influenciaram a construção do Yuri Dolgoruky e do Severodvinsk: o financiamento estável e os trabalhos regulares começaram apenas nos meados dos anos 2000. Antes disso, ambos os submarinos eram apenas secções separadas quase sem nada no interior. Além disso, ambos os projetos tiveram de ser adaptados a novos equipamentos.
Hoje, os prazos de construção são reduzidos: em 2014, deverá ser entregue à Marinha o terceiro submarino do projeto 955: Vladimir Monomakh, cuja construção foi iniciada em 2006. E planeja-se reduzir até 4 anos o prazo de construção do quarto e dos restantes Borei. O mesmo deve acontecer com os Yasen.
Por enquanto, o principal problema dos Borei continua a ser o fato de o complexo de mísseis Bulava ainda não estar perfeito, porém, isso deverá ficar resolvidos nos próximos 1-2 anos.
Contenção nuclear e convencional
A função dos Yasen e dos Borei é idêntica, mas tem diferenças substanciais. Os Borei Dolgoruky, Nevsky e seguintes são porta-mísseis estratégicos. Cada um transporta a bordo 16 mísseis balísticos com cargas nucleares.
A principal arma dos Yasen são as rampas de lançamento universais que comportam até 32 complexos de mísseis de cruzeiro Oniks e/ou Kalibr. Dependendo dos armamentos, os Yasen podem atingir alvos submarinos e costeiros a uma distância até 2.800 quilômetros. O raio de alcance dos mísseis antinavio é menor: até 300 quilômetros, mas eles têm uma maior velocidade de voo.
A diversidade e a alta precisão dos mísseis de cruzeiro permite utilizar os submarinos do tipo Yasen para tarefas de contenção convencional, eles podem atingir eficazmente infraestruturas militares, incluindo componentes do sistema de prevenção avançada e de defesa antimíssil. Além disso, podem atacar esquadras de porta-aviões e os seus torpedos e hidra-acústica permitirão combater contra porta-mísseis estratégicos do adversário.
Em geral, no quadro do atual programa estatal de armamento, a Marinha deverá receber até 2020 oito submarinos dos projetos 955 Borei e 885 Yasen. Atualmente, foram entregues à Marinha de Guerra da Rússia dois Borei e, nos próximos tempos, espera-se a entrega do primeiro Yasen, em diversas fases de construção e testes encontram-se mais dois Borei e dois Yasen. Em 2014, espera-se o início da construção de pelo menos dois dos quatro submarinos de ambos os projetos.
Não só dos Yasen...
Não obstante todas as qualidades do projeto 885 Yasen, ele tem uma desvantagem substancial: o preço destes submarinos é de cerca de 100 bilhões de rublos. Isto é condicionado pelas suas enormes dimensões e caraterísticas técnicas, juntando-se a isso as possibilidades de combate. Além disso, as tarefas da Marinha de Guerra da Rússia não poderão ser resolvidas exclusivamente à custa da construção de um pequeno número desses submarinos.
No melhor dos casos, os Yasen são capazes de substituir os “caçadores de porta-aviões” do projeto 949A Antei. Porém, a Marinha necessita de pelo menos 15 a 20 modernos submarinos nucleares multifuncionais para realizar as tarefas diárias de seguir os submarinos e navios do provável adversário, bem como para proteger os porta-mísseis dos submarinos -“caças” inimigos. E, finalmente, para a presença regular nas regiões fulcrais do oceano com a possibilidade da atual rotação de forças e do seu aumento.
O novo projeto Malakhita do Bureau Naval de Construção de Máquinas de São Petersburgo deverá precisamente corresponder a esses requisitos. A construção do submarino deve começar por volta de meados da década. Ele irá ter medidas e um arsenal menores em comparação com o Yasen. Isso tornará a construção significativamente mais rápida. Em combinação com os submarinos a diesel da nova geração, os três novos submarinos do projeto Yasen, os Borei e o promissor submarino Malakhita constituirão a base das forças submarinas da Marinha de Guerra da Rússia nos próximos 30-40 anos.

Fonte: Voz da Rússia
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domingo, 29 de dezembro de 2013

Suécos querem ampliar as dimensões no acordo de venda do GRIPEN NG

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O governo sueco está trabalhando em uma estratégia conjunta com a Saab para uma proposta que visa ampliar a dimensão do acordo alcançado com a vendo ao Brasil do seu caça Gripen NG. Tal proposta prevê o Brasil como a base de produção primária para vendas futuras do Gripen NG para a América do Sul e África através de uma joint venture com a Embraer.

O primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt pretende convocar uma reunião para discutir a venda do Gripen ao Brasil em janeiro. Já circula informações que a proposta ligaria investimentos industriais de grande porte envolvendo sistemas de tecnologia mais avançada de empresas da Suécia a serem incuidas ao contrato de venda . A proposta deve incluir também empresas fora do setor de defesa.

Mesmo sendo escolhida para fornecer os novos caças da Força Aérea Brasileira, a SAAB e o governo suéco visam ir além do mero fornecimento de 36 caças, o interesse maior é de se estabelecer uma parceria mais sólida para desenvolver novos produtos e tecnologias, além de ganhar um parceiro de peso no mercado exterior, ganhando uma parceira de peso no mercado de defesa, a Embraer.

O governo brasileiro sinalizou ainda que esta aberto a considerar a compra de um adicional de aproximadamente 100 caças Gripen NG se o contrato cumprir o cronograma de entrega e principalmente manter o orçamento definido no Brasil.

O governo sueco já confirmou que parte dos 36 caças já serão manufaturadas no Brasil, sendo estes componentes fabricados em uma nova fábrica da SAAB em São Bernardo do Campo. As aeronaves devem ser produzidas em parceria com a Embraer em Gavião Peixoto, onde já há infraestrutura para testes de aeronaves.

O Brasil possui excelentes relações com seus vizinhos na América do Sul e com outros países em desenvolvimento, além de ter uma bem sucedida projeção de seus produtos de defesa na África, onde recentemente fechou contratos para fornecer aeronaves Super Tucano da Embraer. Isso é algo extremamente atraente para a SAAB que busca adentrar novos mercados com sua nova aeronave o Gripen NG em suas variante monoposto Gripen E e biposto Gripen F.

Os dois governos também estão discutindo uma solução provisória , antes da entrega dos primeiros caças que devem ocorrer no ano de 2018, uma solução como citamos aqui em nosso site ao anunciar a vitória suéca seria o arrendamento de aeronaves Gripen C / D excedentes da Força Aérea Sueca, uma vez que seria uma excelente plataforma de conversão para o novo caça.

O estoque atual de Gripens da Força Aérea Sueca possui cerca de 87 aeronaves Gripen-C e 50 caças Gripen-A que foram fabricados em meados da década de 1990, onde é possível rapidamente atualiza-los e os colocar em operação com o cocar da FAB.

Nós do GBN - GeoPolítica Brasil tivemos a oportunidade de conversar durante as edições da LAAD com representantes da SAAB que sempre se mostraram otimistas e dispostos a fornecer ao Brasil a melhor solução para nossa Força Aérea, apresentando um produto de excelente nível tecnológico. Foi um páreo duro o FX-2, mas nossa equipe torceu para que a escolha recaísse sobre o Gripen NG ou o francês Rafale por apresentarem-se como plataformas extremamentes modernas e com atraentes propostas para nossa indústria e desenvolvimento tecnológico.

GBN GeoPolítica Brasil
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Aos amigos leitores

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Meus grandes amigos, prezados leitores e colaboradores, mais um ano chega ao fim, mais um ciclo se encerra, este ano assistimos notícias boas e ruins, colhemos muitas vitórias e também amargamos algumas baixas. Porém, estamos aqui firmes, prontos para caminhar e enfrentar os novos desafios que o ano novo nos reserva.

Este ano nós do GBN-GeoPolítica Brasil inovamos, renascemos das cinzas e enfrentamos algumas barreiras no findar deste ano, porém continuamos de pé, firmes para lhes trazer um conteúdo de qualidade e principalmente defendendo uma mídia responsável, ativa e transparente. 

Aproveito para agradecer ao grande apoio demonstrado por nossos leitores, e dizer que sem vocês nosso projeto não resistiria diante de tantas tribulações e obstáculos, mas são vocês com seus comentários, seus e-mails e mensagens de apoio que nos dão forças para levantar após cada queda, sacudir a poeira e voltar a trilhar nosso rumo, sempre mantendo os nossos valores, nossa integridade e respeito a você leitor e colaborador. A vocês eu devo um grande agradecimento.

Quero saudar todos vocês, desejar-lhes muita saúde, muita paz e prosperidade, que nosso bondoso Deus continue a nos guardar ao longo de nossa caminhada, abençoando a cada família, a cada pessoa que nos acompanha.

Um grande Abraço a todos, Boas Festas

Angelo D. Nicolaci
Editor/fundador GBN-GeoPolítica Brasil 
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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

SAAB Gripen NG será novo caça da Força Aérea Brasileira

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Após mais de uma década de discussão e diversos atrasos, finalmente foi anunciado a escolha do vencedor do Programa FX-2 da Força Aérea Brasileira, dentre os finalistas a escolha recaiu sobre a opção do caça sueco SAAB Gripen NG após uma longa espera pela posição do governo brasileiro.

O caça sueco era tido como o azarão entre os três finalistas, depois que por diversas vezes o governo brasileiro se mostrou inclinado a optar pelos concorrentes Dassault Rafale e Boeing F-18 Super Hornet, uma vez que por diversas vezes presidentes brasileiros demonstraram interesse nestas duas aeronaves.

O Gripen NG apesar de ser uma aeronave monoreator e de pequenas dimensões se comparado aos rivais do programa FX-2, possui notáveis qualidades e apresenta um leque atraente de possibilidades ao Brasil. Uma das suas características é a modularidade dos sistemas, o que possibilita a integração de diversos sistemas nacionais e futuras modernizações sem que isso gere grandes custos. Além disso a SAAB demonstrou compromisso com relação a parceria proposta, investindo no país mesmo diante da incerteza da escolha de sua aeronave. Um ponto muito apontado pelos criticos do caça suéco é sua autonomia de combate, muito reduzida se comparada aos demais caças avaliados pelo programa, mas que pode ser compensada pela sua avionica moderna que permite que um grupo de caças cubra uma vasta area territórial mantendo um enlace de dados, possibilitando uma ação coordenada e eficaz para garantir a supremacia aérea, onde um caça pode engajar um determinado alvo e outro que esteja em posição mais favorável efetue o abate.

Muito foi debatido ao longo dos anos, muito se foi dito a respeito deste importante programa brasileiro, finalmente podemos ver o fim dessa novela que se tornou este processo. Agora vamos aguardar os proximos passos, onde a SAAB já definiu onde serão baseadas suas instalações, a cidade de São Bernardo do Campo no ABC Paulista, a fábrica produzirá a asa e outros componentes da aeronave.

Agora com a eminente baixa dos mirages da FAB, seria uma excelente opção dotar a FAB com exemplares do GRIPEN em suas Variantes A/B ou C/D disponíveis no mercado, afim de cobrir o buraco entre a saída dos Mirages e a entrada em operação dos primeiros "NG", servindo como plataforma de adaptação das unidades que irão operar o novo caça brasileiro.

 GBN-GeoPolítica Brasil


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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Angola fecha acordo para aquisições navais com a Espanha

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O porta-aviões espanhol Príncipe das Astúrias, desativado há quase um ano, efetuou o que seria previsivelmente a sua última viagem de Cadiz para Ferrol, para ser desmantelado após o termino de sua Carreira a serviço da marinha espanhola.
Segundo notícia veiculada no site El Confidencial Digital, o navio será agora vendido a Angola, num negócio que incluirá também quatro navio também retirados do serviço da Armada espanhola como o L-42 Pizarro, navio da Classe Newport originalmente designado LST 1196 USS Harlan County – Comissionado em oito de Abril de 1972. Descomissionado em 14 de Abril de 1995. Transferido por empréstimo para a marinha da Espanha em 1995, e definitivamente vendido em 2000 para a Espanha tendo servido á sua armada até 14 de dezembro de 2012 quando foi baixado do inventário daquela força. Uma curiosidade é que este navio pertence a mesma classe do G-28 Matoso Maia da Marinha do Brasil.
O P-27 Ízaro é um navio da classe Anaga que é parte de uma série de dez patrulha da Armada Espanhola projetado para observação da costa, pesca e salvamento. Foi construído pela Empresa Nacional Bazan, agora Navantia, o navio deu baixa da armada espanhola em dezembro de 2010.
O P-61 Chilreu é um navio patrulha oceânico, tendo sido projetado originalmente como navio de pesca e tendo sido convertido para a função em 1992, tendo cumprido a missão de controle marítimo, busca e salvamento, presença naval em regiões remotas e como plataformas de pesquisas científicas até junho de 2012 quando foi baixado da armada espanhola. E o quarto navio é a F-32 Diana, uma corveta de segunda classe.
Ainda segundo a mesma fonte, os trabalhos de recuperação e adaptação necessários para colocar o vaso de guerra novamente em condição operacional, serão realizados nos estaleiros de Ferrol pela indústria naval espanhola Navantia.
Apesar de vários países terem demonstrado interesse no porta-aviões, alegadamente seria Angola, o último a inquirir o Governo espanhol e a fechar o negócio. Os primeiros contatos teriam ocorrido há cerca de alguns meses, e o interesse formalizado com a visita de uma delegação da marinha angolana aos estaleiros de Ferrol para verificação do estado do navio e as capacidades dos estaleiros que permitirão devolver o porta-aviões ao status operacional.
O Príncipe das Astúrias foi por isso salvo do“corte” no último minuto, já que os trabalhos de desmantelamento estavam previstos para começar no inicio deste mês de dezembro.
Fonte: GBN com agências de notícias


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Celso Amorim diz que América do Sul deve ser região "onde a guerra não é possível"

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O ministro Celso Amorim voltou a defender nesta terça, na Argentina, a ideia de criação de uma base industrial da área de defesa na América do Sul. O titular da pasta da Defesa no Brasil foi um dos palestrantes da 19ª edição da Conferência Industrial da UIA (União Industrial da Argentina) em Los Cardales (a 60 km de Buenos Aires).
 
"O que queremos na nossa região é uma área de paz e segurança, onde a guerra não é possível. Para isso, precisamos cooperar entre a gente para que haja confiança", afirmou a um auditório lotado de empresários.
 
Segundo o ex-chanceler brasileiro, os países sul-americanos precisam ter um esquema de cooperação que permita uma estratégia de defesa autônoma.
 
"Não podemos ser ingênuos. Dizem que os conflitos acabaram, mas existem ameaças. Estados Unidos, Rússia e China têm escassez de recursos naturais, e nós temos de sobra."
 
Amorim também destacou que é preciso investir na área de defesa cibernética. Brasil e Argentina já têm um acordo de troca de experiências na área.
 
Fonte: Folha
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Otan e EUA pedem diálogo entre governo e oposição na Ucrânia

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Depois da cobrança política da União Europeia, o governo da Ucrânia sofreu críticas dos chanceleres da Otan (aliança militar ocidental) pela repressão aos protestos que tomaram as ruas da capital ucraniana, Kiev.
Reunidos em Bruxelas, os membros da Otan criticaram ontem a reação do governo de Viktor Yanukovich.
 
"Nós condenamos o uso excessivo da força contra manifestações pacíficas na Ucrânia", diz comunicado divulgado pela Otan, que reúne 28 países, entre eles Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido.
 
A atitude é simbólica porque pela primeira vez os americanos se manifestam sobre a situação em Kiev, agravada nos últimos dias por causa da pressão do governo russo para que Yanukovich recuasse de um acordo com a UE.
 
Desde o fim de semana, milhares de manifestantes, sob a liderança de políticos da oposição, foram às ruas pedir a renúncia do presidente, acusado de se aliar à Rússia contra o bloco europeu. Anteontem, o presidente russo, Vladimir Putin, saiu em defesa do colega.
 
O grupo de chanceleres ressaltou que é preciso respeitar os "compromissos internacionais" e "defender a liberdade de expressão e de reunião" dos seus cidadãos.
 
Além do comunicado, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, declarou: "Violência não tem lugar num estado europeu".
 
Ontem, o primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, pediu desculpas no Parlamento pelo comportamento das forças policiais.
 
A declaração foi dada durante sua defesa para derrubar uma moção de censura que a oposição tentou aprovar contra ele. A moção só conseguiu o apoio de 186 dos 450 deputados, 40 a menos que o necessário para retirar o voto de confiança do premiê, o que poderia desestabilizar ainda mais Yanukovich.
 
Segundo Azarov, não é possível romper com o governo de Putin por causa de contratos de gás assinados com os russos em 2009 pela ex-premiê Yulia Timoshenko.
 
Fonte: Folha
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Missão da ONU usa drones pela primeira vez, no Congo

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A ONU lançou oficialmente nesta terça-feira, no leste da República Democrática do Congo (RDC), o primeiro avião teleguiado (drone) utilizado em uma de suas missões.
 
O aparelho, de fabricação italiana, decolou do aeroporto de Goma, capital da província congolesa de Kivu Norte, por ocasião de uma apresentação ante a imprensa na presença do chefe das operações de manutenção da paz da ONU, Hervé Ladsous, e de vários diplomatas.
 
A Missão da ONU para a Estabilização da RDC (Monusco) dispõe no momento de dois aviões pilotados por controle remoto. Segundo um especialista militar, os dois drones começaram seus voos teste no domingo.
 
As aeronaves serão utilizadas para vigiar as ameaças de uma série de grupos armados locais e estrangeiros no leste do país, região rica em minerais.
 
Os aparelhos, que não possuem armas, permitirão aos capacetes azuis vigiar a província de Kivu Norte, onde ainda estão ativos dezenas de grupos armados que a Monusco deve neutralizar.
 
Também devem garantir um controle da fronteira entre a RDC e os dois países limítrofes de Kivu Norte, Uganda e Ruanda, para dissuadi-los a dar apoio a algumas milícias congolesas.
 
A ONU acusa Kigali e Kampala de ter apoiado o Movimento de 23 de Março (M23), derrotado pelas armas no início de novembro. Os dois países desmentem ter ajudado os rebeldes.
 
Os aparelhos podem voar entre oito e 14 horas seguidas, em área de até 200 quilômetros de distância de sua base.
 
"Os drones nos permitirão ter informações confiáveis ​​sobre o movimento das populações nas áreas onde há grupos armados", disse Ladsous, durante o lançamento do drone em Goma, a maior cidade no leste do Congo.
 
O General Carlos Alberto dos Santos Cruz, comandante da força da ONU no Congo, disse que os drones só irão voar sobre território congolês, já que os soldados da ONU não têm mandato para operar em países vizinhos.
 
ONU NO CONGO
 
As Forças de paz da ONU têm recebido muitas críticas por fazer pouco para acabar com os conflitos no leste do Congo, uma região montanhosa e de floresta densa, que Kinshasa tem lutado para controlar durante duas décadas de conflito praticamente constante.
 
A implantação dos drones ocorreram depois que a Missão de paz ajudou a derrotar o M23, o principal grupo rebelde em 12 anos de governo do presidente Joseph Kabila.
 
A vitória sobre o M23 foi a primeira vez que Kinshasa conseguiu derrotar militarmente uma grande revolta no leste. Para tanto, houve um forte apoio da ONU, além de grandes reformas no exército do país e de pressão diplomática intensa sobre os países vizinhos para impedir o apoio dos rebeldes.
 
Especialistas do Congo e da ONU dizem que o apoio externo para o M23 foi significativo. Após a derrota, investigadores estão analisando a origem de um estoque significativo de armas e caminhões encontrado em bases do M23 ao longo da fronteira com Ruanda.
 
Os drones deveriam ter sido lançados no início de setembro, no entanto os aviões chegaram somente após a derrota do M23.
 
Enquanto um acordo político final com o M23 ainda está em andamento, as forças congolesas e da ONU devem voltar suas atenções para outros grupos rebeldes situados no leste do Congo, como o FDLR, da Ruanda, e o ADF- NALU, da Uganda.
 
 
Fonte: Folha
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Seul pode aderir ao sistema de defesa anti-chinês dos EUA e do Japão

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O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chegou ao Japão para, entre outras questões, discutir com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, a situação em torno do sistema de identificação chinês de defesa aérea no mar da China Oriental. A Coreia do Sul expressou também descontentamento com os passos dados pela China.
O MRE e o Ministério da Defesa da Coreia do Sul criticaram a China pelo desenvolvimento de uma zona de defesa aérea, alegando que ela está cobrindo o espaço aéreo de territórios sul-coreanos. Alguns peritos, contudo, duvidam da razão destas reclamações sul-coreanas em relação à China. Em particular, o colaborador científico sênior do Centro de Pesquisa do Japão da Academia de Ciência da Rússia, Viktor Pavlyatenko, não viu quaisquer territórios sul-coreanos na nova zona de defesa aérea chinesa:
“Pelo visto, a nova presidente da Coreia do Sul decidiu deste modo anunciar sua presença no palco da política externa. Afirmou que a zona de defesa aérea chinesa estaria a cobrir o território de uma ilha coreana e, portanto, o espaço aéreo da Coreia. Contudo, não se trata de uma ilha, mas sim de uma rocha que se encontra praticamente debaixo de água. Segundo o direito internacional, tais formações não se consideram ilhéus e, por conseguinte, não são territórios que demarquem águas territoriais, zonas econômicas ou espaço aéreo”.
Sejam quais foram as reclamações de Seul, Pequim propôs discuti-las através de conversações. Ao Japão não foram propostas quaisquer conversações sobre a zona de defesa aérea da China. Mas a Coreia do Sul é diferente. Pequim não deixou de notar que, ultimamente, Seul como que se distanciou do Japão e dos EUA, que ocupam uma posição dura em relação a águas territoriais da China e consolidam a cooperação militar face ao reforço econômico e militar da China. Influiu também o descontentamento da Coreia do Sul com reclamações territoriais do Japão em relação ao grupo de ilhas Dokdo e com as declarações de políticos japoneses que justificam os crimes da camarilha militar japonesa nos anos da ocupação da Coreia. O principal, contudo, é que a Coreia do Sul, que se encontra perto da China, não tem vontade de se confrontar com a China. Por isso, em particular, Seul não aderiu ao projeto americano-japonês de defesa antimíssil. Como parece, Pequim valorizou tal comportamento da Coreia do Sul.
Hoje, porém, a posição de Seul em relação à China, assim como ao Japão e aos Estados Unidos poderá sofrer alterações. Há dias, em Seul, em uma reunião de representantes da administração presidencial, do governo e do partido governante Saenuri ("O Mundo Novo"), foi reconhecida a necessidade de alargar a zona de identificação de defesa aérea da República da Coreia ao sul das fronteiras atuais. Na mesma altura, o ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Yun Byung-se, declarou, pela primeira vez desde o momento do agravamento das relações com o Japão, sobre a intenção de “empreender esforços” para estabilizá-las.
Este passo da Coreia do Sul pode testemunhar alterações em sua orientação política e na disposição geral das forças na região, considera o professor do Instituto de Relações Internacionais de Moscou, Dmitri Streltsov:
“Há muito que esta situação se tornou madura. O gênio foi solto da garrafa, quando a China começou a consolidar ativamente sua soberania nacional em relação a vários territórios, considerados contestáveis. A démarche da Coreia do Sul não é a última na cadeia de acontecimentos nesta área.
O Japão e a Coreia do Sul, embora continuem a ser rivais, terão de elaborar agora uma posição comum. Tanto que a China aplica sua política bastante agressivamente, objetivamente, a Coreia do Sul e o Japão encontram-se no mesmo barco. Provavelmente, alguns projetos na cooperação militar, engavetados após o agravamento das relações entre Seul e Tóquio (sobre a troca de informações de inteligência, sobre a cooperação logística), ganham novos estímulos, podendo esperar alguns acordos nesta área”.
Se esses acordos forem alcançados, estaremos perante a formação de um triângulo Seul-Tóquio-Washington. Um considerável “mérito” disso será da China que, com suas ações em relação aos territórios contestados, estimula os vizinhos a formar blocos anti-chineses.

Fonte: Voz da Rússia
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Avião "made in Brazil" é seguro e tecnológico

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Falhas humanas são a principal causa de um acidente aéreo, seguidas por deficiência na manutenção. Por isso, para especialistas em aviação, todo avião certificado a voar é, por princípio, seguro. Neste quesito, porém, o Brasil ocupa uma posição especial: impulsionada pela Embraer, a indústria aeronáutica brasileira tem conquistado mercado global com equipamentos altamente confiáveis, tecnologicamente avançados e que se envolveram em poucos incidentes.
 
Levantamento inédito do iG publicado nesta terça (3) mostrou que, desde a primeira tragédia comercial da aviação brasileira, em 3 de dezembro de 1928, um total de 3.527 pessoas morreram em acidentes aéreos. Naquele dia, há 85 anos, o desastre que deixou 14 vítimas foi testemunhado por Santos Dumont. Na sexta-feira (29), um Embraer 190 com as cores da Linhas Aéreas de Moçambique caiu na Namíbia matando 27 passageiros e seis tripulantes. Foi apenas o segundo acidente envolvendo a aeronave, há uma década no ar. O primeiro, ocorrido em 2010, na China, é também o mais grave com um produto da empresa - foram 44 mortos.
 
Na base de dados da fundação americana Flight Safety, que coleta informações sobre acidentes aéreos no mundo todo, há nove ocorrências envolvendo a linha de e-jets da Embraer (E-170, E-175, E-190 e E-195) e um total de 77 vítimas (justamente as que morreram na China e na Namíbia). A confiabilidade do equipamento está expressa na procura internacional: a linha de turbohélices e e-jets da Embraer, fundada em 1969 em São José dos Campos (SP), se espalha por quase 91 companhias de 60 países - num total de mais de 2.000 aviões.
 
Alta tecnologia também é um dos diferenciais da Neiva, de Botucatu (SP) e subsidiária da Embraer desde os anos 80. Seu avião Ipanema, com mais de mil unidades vendidas, domina 75% do mercado de aviação agrícola no Brasil e o único no mundo com motor 100% movido a etanol. Para sua produção, a companhia teve de dominar tecnologias de alta precisão como a oxidação controlada de superfícies, a soldagem em titânio e a solubilização (um tipo de processo térmico).
 
A Paradise, sediada em Feira de Santana (Bahia), obteve junto à FAA (Federal Administration Agency) certificação de aeronave autorizada a operar na aviação comercial e também de treinamento. O processo, bastante rigoroso, serve também como uma chancela técnica do projeto. A gaúcha Aeromot, hoje dedicada ao mercado de manutenção de aeronaves, foi responsável pela produção do monotor Ximango, usado como equipamento de instrução pela Força Aérea dos Estados Unidos.
 
Fonte: Último Segundo
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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ONU adota tática ofensiva no Congo

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No verão deste ano, quando Martin Kobler, o recém-nomeado representante das Nações Unidas, chegou para sua primeira visita a esta cidade estratégica, homens armados do grupo rebelde M23 acompanharam seu pouso e desembarque. A presença deles transmitiu uma mensagem inconfundível: os rebeldes, não as autoridades congolesas, estavam no controle de Kiwanja.
Mas, quando ele chegou novamente em outubro, foi recebido por civis dando vivas. Os combatentes armados que tinham semeado o terror não estavam à vista. Forças congolesas, com o apoio de tropas de paz das Nações Unidas, tinham expulsado os rebeldes e devolvido o controle da cidade ao governo central.
 
"Nossa tarefa é dissolver bloqueios políticos, restaurar a autoridade do Estado e devolver a esperança à população", disse Kobler, diplomata alemão e representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. "É preciso encontrar novos instrumentos para restaurar a paz."
 
O novo instrumento em questão foi a Brigada de Intervenção à Força, composta por 3.000 soldados da África do Sul, da Tanzânia e do Maláui. Em vez de ficar à espera de ataques, o Conselho de Segurança da ONU autorizou as tropas a "neutralizar grupos armados". Foi uma mudança em relação à abordagem passiva que deu má reputação às forças de paz -que não impediram a matança de bósnios muçulmanos em Srebrenica nem o massacre de tutsis e hutus moderados em Ruanda.
 
As instruções tiveram por objetivo não apenas devolver a esperança à população do Congo, mas também reabilitar a imagem das forças de paz da ONU, sob cuja guarda um massacre ocorreu aqui em 2008. A aposta parece ter dado certo até agora, mas encerra novos riscos.
 
O perigo de apoiar um dos lados em uma disputa foi evidenciado em novembro, quando o governo congolês abandonou as negociações de paz com os rebeldes. Mesmo assim, a brigada -somada a pressões diplomáticas e incentivos financeiros para a vizinha Ruanda- vem propiciando avanços.
 
"Acho que a presença dela contribuiu para reconstruir a credibilidade da ONU, que, após anos de humilhações, era quase inexistente no Congo", comentou Jean-Marie Guéhenno, que foi chefe das missões de paz da ONU entre 2000 e 2008 e sob cuja guarda os capacetes azuis foram dominados pelas forças rebeldes no leste do Congo.
 
A mudança de postura pode ter implicações importantes para operações de manutenção da paz em todo o mundo. Quase 100 mil soldados uniformizados integram o Departamento de Operações de Manutenção da Paz das Nações Unidas, presentes do Saara Ocidental ao Haiti e do Chipre à Caxemira.
 
Samantha Power, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, disse que a brigada revigorou os esforços das tropas congolesas e o resto da missão das Nações Unidas. A força das Nações Unidas no Congo inclui quase 19 mil militares e custa cerca de US$ 1,5 bilhão por ano.
 
A decisão de mandar capacetes azuis em operações ofensivas não recebeu aprovação universal. Organizações de ajuda humanitária temem que ela possa colocar seus funcionários em risco, porque os grupos armados podem não distinguir entre eles e as tropas.
 
Guéhenno avisou que não se deve confiar demais no uso da força. Para ele, a chave para encerrar a guerra é persuadir os líderes regionais a cooperar, pensando em fomentar seus próprios interesses.
 
"A força de paz não é uma equipe da SWAT que vai fazer uma faxina num bairro cheio de criminosos", disse Guéhenno.
 
"Ela requer uma atuação política."
 
Uma abordagem mais agressiva também poderia desagradar a países como Índia e Uruguai, que tradicionalmente enviam muitos soldados para participar de operações das Nações Unidas. Esses países veem as missões de paz como forma de conseguir treinamento, equipamentos e soldos adicionais para suas forças, com relativamente pouco risco de sofrerem baixas.
 
Dezenas de grupos armados continuam ativos no leste do Congo, região onde milhões de pessoas já morreram numa guerra que atraiu o envolvimento dos países vizinhos e continuou por duas décadas. Mas analistas avisam que a derrota de um único grupo, como o M23, que já estava enfraquecido mesmo antes da ofensiva mais recente, não é motivo para triunfalismo.
 
O colega militar de Kobler no Congo, que o alemão descreve como seu "gêmeo", tenente-general Carlos Alberto dos Santos Cruz, vem usando de modo mais agressivo os soldados que estão sob seu comando.
 
"Vamos fazer uso máximo dos poderes que nos foram concedidos", disse o general Cruz. "Quando acabamos com um problema, em nossas cabeças já estamos pensando no passo seguinte."
 
Fonte: New York Times
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ucranianos protestam contra mudança radical do presidente sobre Europa

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Centenas de milhares de ucranianos gritando "Abaixo a Gangue" se reuniram no domingo para protestar contra a mudança radical do presidente Viktor Yanukovich em relação à Europa e alguns usaram uma máquina escavadora para tentar passar pelas barreiras policiais.
 
A manifestação, de longe a maior já vista na capital ucraniana desde a Revolução Laranja, há nove anos, aconteceu um dia depois de uma incursão policial contra os manifestantes que os inflamou ainda mais depois da mudança na política de Yanukovich.
 
No mês passado, Yanukovich --após meses de pressão do seu antigo mestre soviético, a Rússia --mudou de ideia em relação a assinar um acordo histórico para estreitar as relações com a União Europeia, preferindo estreitar seus laços com Moscou.
 
Para tentar acalmar as tensões antes da manifestação de domingo, Yanukovich emitiu uma declaração afirmando que faria tudo que estiver ao seu alcance para acelerar os movimentos da Ucrânia em direção à UE.
 
Em um mar de azul e dourado, as cores tanto da bandeira da UE quanto da Ucrânia, os manifestantes invadiram a Praça da Independência de Kiev para ouvir Vitaly Klitschko, o pugilista peso-pesado que se tornou um político da oposição, pedir que Yanukovich renuncie.
 
"Eles roubaram o sonho. Se esse governo não quer cumprir a vontade do povo, então não haverá esse governo, não haverá esse presidente. Haverá um novo governo e um novo presidente", disse ele em meio a aplausos.
 
O nacionalista de extrema-direita, Oleh Tyahniboh, outro líder de oposição, convocou uma greve geral. "A partir de hoje, estamos começando uma greve", declarou.
 
"Quero que meus filhos vivam em um país onde não batam nos jovens", disse o manifestante Andrey, de 33 anos, gerente de uma grande empresa que não quis dar seu sobrenome com medo de represálias.
 
"Estou feliz de termos acordado depois de um cochilo de 10 anos", disse ele, referindo-se à Revolução Laranja de 2004-2005 co-liderada pela ex-primeira-ministra, agora presa, Yulia Tymoshenko, que frustrou a primeira candidatura de Yanukovich para a presidência.
 
Enquanto grande parte da manifestação foi pacífica, a cerca de um quilômetro de distância uma multidão de jovens radicais, pilotava uma escavadeira tentado atravessar as barreiras policiais que protegiam o quartel-general de Yanukovich.
 
Sua aproximação estava bloqueada por uma barreira de ônibus, requisitados pelo Ministério do Interior.
 
A polícia usou gás lacrimogêneo para afastar a multidão. Mas eles não se retiraram totalmente da área e a situação permaneceu tensa, com manifestantes entrando em confronto com os soldados do Ministério de Interior.
 
O ministro do Interior alertou que a polícia reagiria a qualquer desordem e disse que a Ucrânia não tem lugar entre a lista de países como a Líbia ou a Tunísia, onde levantes populares árabes derrubaram lideranças autocratas da velha guarda.
 
"Se houver qualquer chamada para a desordem, nós reagiremos", disse o ministro, Vitaly Zakharchenko, segundo a agência de notícias Interfax.
 
Fonte: Reuters


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Ártico será prioridade da marinha russa em 2014

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Forças navais russas estão prontas para fazer o Árctico uma região prioritária , aumentando a presença nas áreas menos conhecidas do território gelado em 2014, segundo um porta-voz da Marinha revelou nesta segunda-feira (2).
A Frota do Norte vai realizar expedições no Ártico e desenvolver uma série de navios de patrulha especiais para proteger o interesse do país na região, disse Vadim Serga , porta-voz da frota.
A Rússia já começou a implantação de unidades de defesa aeroespacial e a construção de um sistema de radar de alerta antecipado de mísseis perto da cidade de Vorkuta no extremo norte. Conclusão do sistema está prevista para 2018.
O Ministério da Defesa também está reformando o aeródromo militar nas Ilhas da Nova Sibéria , no extremo norte.
A disputa internacional pela influência no Ártico tem aumentado consideravelmente nos últimos anos , países como Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Noruega tem aumentando a sua presença militar na região rica em recursos.
Estima-se que o Ártico contém uma das maiores reservas mundiais de recursos de hidrocarbonetos inexplorados.
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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Armas do Brasil violam embargo, afirma ONU

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Investigadores das Nações Unidas encontraram armamento não letal de fabricação brasileira na Costa do Marfim, em violação ao embargo imposto pelo Conselho de Segurança. A informação está em um relatório apresentado em outubro ao órgão máximo da ONU, com documentos confidenciais da empresa Condor, a fabricante das armas, e fotos do arsenal "made in Brazil" descoberto.
O governo brasileiro alegou aos investigadores internacionais que as armas foram vendidas a Burkina Faso, e não à Costa do Marfim. O Itamaraty enviou à ONU o contrato de venda entre o governo burquinense e a Condor - assinado pelo diretor comercial da companhia, Ricardo Bester -, o qual proibia a reexportação das armas. O relatório das Nações Unidas não chega a uma conclusão sobre como elas foram parar no território marfinense.
O pacote vendido pela empresa incluiu 700 lançadores de granadas não letais e milhares de projéteis, ao custo de cerca de R$ 2,7 milhões. As armas foram destinadas diretamente ao "Estado-maior particular da presidência" do país do oeste africano, segundo os documentos obtidos pela ONU. O embaixador de Burkina em Brasília, Alain Ilboudo, disse que não estava "informado" sobre o caso e deixou sem resposta as perguntas do Estado.
O Conselho de Segurança da ONU impôs o embargo de armas à Costa do Marfim em 2004, tentando frear uma guerra civil que se estendia por quase cinco anos. A situação marfinense, porém, continua altamente volátil: em 2011, o presidente Laurent Gbagbo recusou-se a reconhecer a vitória nas urnas do rival Alassane Ouattara, e o país voltou a ser palco de batalhas de rua e massacres. Em abril daquele ano, tropas francesas intervieram e prenderam Gbagbo.
Em uma aparente coincidência, cinco dias após a publicação do relatório da ONU informando sobre as armas brasileiras, a Casa Civil em Brasília publicou o decreto, assinado pela presidente Dilma Rousseff, que renovava o compromisso com o embargo internacional à Costa do Marfim.
Riscos. Para Daniel Mack, da ONG Sou da Paz, o governo brasileiro também deve ser responsabilizado. "A existência de uma rota de tráfico entre Burkina Faso e a Costa do Marfim é notória", afirma Mack, que diz ser "impossível ignorar os riscos" de uma operação desse tipo. Além da Costa do Marfim, o território burquinense faz fronteira com o Mali, país que foi palco de uma guerra civil e uma intervenção militar europeia este ano.
Alegando obrigações contratuais, a Condor se recusou a comentar a venda sob investigação da ONU. A empresa, que exporta armas não letais para 40 países (mais informações nesta página), disse ainda que "jamais foi notificada" por autoridades nacionais ou internacionais sobre o caso. No entanto, o Ministério da Defesa afirmou que, após os funcionários das Nações Unidas encontrarem o arsenal na Costa do Marfim, a Condor foi consultada e "ratificou ter exportado" o armamento a Burkina Faso.
Dentro do governo brasileiro, as explicações sobre quem deve responder pelo caso são contraditórias. A pasta da Defesa, que supervisiona exportação de qualquer tipo de armamento, disse que sua "responsabilidade é compartilhada" com o Itamaraty.
O Ministério das Relações Exteriores confirmou ter enviado as informações à ONU, mas disse que não participou diretamente da decisão de exportar o material a Burkina Faso. A chancelaria alega que o fato de se tratar de armas não letais a isenta de participar da decisão final sobre a venda.
A ONG Sou da Paz rejeita a ideia de que a exportação desse tipo de armamento merece tratamento mais brando. "Não existe 'armamento não letal': as armas em questão podem ser 'menos letais', mas, em mãos despreparadas, criminosas ou irresponsáveis, podem causar ferimentos sérios e até a morte, como se viu diversas vezes", afirma Mack, citando como exemplo o uso de armamento da Condor em países do Oriente Médio durante a Primavera Árabe e nos protestos de junho no Brasil.
 
Fonte: Estadão
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Novo Plano de Cooperação com Afeganistão em análise

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A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa deverá aprovar  esta semana um plano de ação internacional de apoio ao Afeganistão após a saída programada das forças lideradas pelos EUA em 2014.
A declaração sobre o plano será aprovada numa reunião do Conselho Ministerial da OSCE , que deverá ser realizada em Kiev, entre os dias 5 e 6 de dezembro , disse a porta-voz do Ministério do Exterior russo Maria Zakharova .
Zakharova disse que a agenda vai ajudar a delinear a futura cooperação da organização com o Afeganistão, em combate a ameaças como as drogas , terrorismo e proliferação de armas após a Força Internacional de Assistência à Segurança deixar o país no próximo ano.
A ISAF , criada pelas Nações Unidas em 2001, é composta de tropas de 49 nações. A missão foi incubida de lutar contra o terrorismo no Afeganistão e, gradualmente, transferir a responsabilidade de segurança militar ao país .
A maioria das tropas estrangeiras devem deixar o Afeganistão , quando o mandato da ISAF expira em dezembro de 2014.
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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O protótipo russo dos tanques de guerra

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O protótipo russo dos tanques de guerraO dia 15 de setembro de 1916 ficou assinalado na história como o primeiro dia em que se usou um tanque de guerra em uma batalha. Muita gente terá, seguramente, curiosidade em saber como eram esses primeiros tanques e por quem eles foram criados. O primeiro tanque da história, ou melhor, o seu protótipo, foi criado por Aleksandr Aleksandrovitch Porokhovschikov (1893 - 1942).
 
A blindagem criada por Porokhovschikov para a viatura estava à frente de seu tempo. Convém notar que os tanques com blindagem de camadas múltiplas apareceram apenas na segunda metade do século passado.
 
Desde criança, Porokhovschikov demonstrou interesse pelas invenções e poucas pessoas sabem que, além da sua mais conhecida criação, ele foi o autor de várias invenções ligadas à aviação, sendo que um dos modelos do seu monoplano apresentado em 1909 mereceu elogios por parte de N.E. Jukóvski. Além disso, em 1914, ele inventou, construiu e testou uma aeronave de fuselagem dupla –o avião de reconhecimento Bi-Kok; em 1917, construiu o avião F-4 de dois lugares e no período entre 1920 e 1923 criou o P-4 bis, o P-4 2 bis, o P-5 e o P-5 bis, todos eles posteriormente fabricados em série. Muitos dos ases da aviação soviética, heróis da 2a Guerra Mundial, fizeram a sua instrução precisamente nestes aviões.
 
O tanque
 
Em agosto de 1914, Porokhovschikov apresenta o projeto de sua nova invenção à Comissão Especial na sede do Quartel-General do Comando Supremo e, logo em janeiro do ano seguinte, fornece os esquemas detalhados da máquina. No dia 15 de janeiro, recebe permissão para construir um protótipo. São colocados à sua disposição os meios e equipamento necessários, 25 artesãos do exército e mais de 20 operários qualificados. No dia 1º de fevereiro ele inicia o fabrico do protótipo. O encarregado de monitorar o progresso dos trabalhos foi o coronel e engenheiro militar Poklévskii-Kozello.
 
Tal como concebido pelo inventor, o design do tanque era muito incomum. O corpo da máquina era aerodinâmico e estava planejado para ser hermético, de modo a permitir se deslocar dentro da água, com um nicho frontal para a entrada do ar. Era composto de duas camadas de aço, uma das quais estava cimentada, e a junta entre elas tinha enchimento de prensado de ervas marinhas. Deste modo, a blindagem criada por Porokhovschikov para a viatura também estava à frente de seu tempo. Convém notar que os tanques com blindagem de camadas múltiplas apareceram apenas na segunda metade do século passado.
 
Disparando a uma distância de 50 metros, este carro de combate mantinha a precisão do alvo como se estivesse disparando de um fuzil ou metralhadora.
 
O seu corpo inteiramente soldado se apoiava em um rotor de uma única lagarta que se mantinha esticada com a ajuda de quatro cilindros.

A tração era dada pelo cilindro traseiro, o qual, por sua vez, era impulsionado através do eixo cardã e da caixa de transmissão por um potente motor de 10 cavalos. O peso do carro de combate era de quatro toneladas. Para evitar desvios da lagarta foram feitos sulcos nos tambores. No entanto, o problema do deslizamento longitudinal acabou por não ficar completamente resolvido. A rotação da máquina era feita por meio de duas rodas colocadas nas laterais da viatura.
 
Em terreno sólido o carro se deslocava com o tambor traseiro e com as rodas laterais e em terreno irregular deveria assentar por completo na larga banda da lagarta. Para virar em terreno irregular, as rodas de rotação, segundo a ideia do inventor, deveriam funcionar como os lemes existentes nas asas de aviões, mas, na prática, elas só atrapalhavam o movimento, já que em terra, as leis do deslocamento dos objetos no ar, que Porokhovschikov tão bem conhecia, não funcionavam. Por isso, a tentativa de mudar de direção em terreno irregular foi um verdadeiro fracasso.
 
No dia 18 de maio, o tanque foi levado para fora dos portões da oficina para ser testado em terra firme. Durante os testes, a máquina mostrou boa velocidade para a época, com a rotação das lagartas a 25 quilômetros por hora, sendo que a transição para a circulação com as rodas acabou não sendo feita. Naquela altura a torre giratória ainda não tinha sido instalada, mas, pelo projeto do criador, o carro deveria vir equipado com uma metralhadora Maxim de 7,62 mm. A demonstração oficial foi marcada para o dia 20 de julho e ocorreu no pátio do regimento, local onde a viatura já mostrou uma velocidade maior, mas, infelizmente, este foi o único ponto positivo do dia. O carro de combate não correspondeu às expectativas de Porokhovschikov e foi enviado de volta para aperfeiçoamento e trabalhos complementares, que, não obstante, não conseguiram corrigir todas as deficiências identificadas. Os últimos testes foram realizados no dia 26 de dezembro de 1916.
 
As desvantagens e deficiências do protótipo apresentado não eram o único problema. A principal desvantagem era o mecanismo de rotação e a sua má funcionalidade, que obrigava o condutor a ter que virar o carro manualmente com a ajuda de uma barra. A construção do chassi foi considerada insatisfatória e suas particularidades de construção não permitiram tornar o carro hermético. O Gabinete de Guerra obrigou Porokhovchikov a devolver o dinheiro disponibilizado para a concretização do projeto. Quanto ao protótipo, ordenou que o enviasse para Direção Geral de Engenharia Militar.
 
Mesmo não tendo obtido o resultado pretendido, foi ele que lançou as bases da indústria de construção de tanques russos e soviéticos, do mesmo modo que Pedro, o Grande, lançou as bases para a criação da poderosa frota russa.
 
Fonte: Gazeta Russa
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Grupo de trabalho brasileiro vai avaliar Pantsir-S1 em janeiro

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Em visita à Rússia, militares analisarão sistema de defesa russo que deverá ser usado como reforço do esquema de segurança para a Copa do Mundo 2014.  
 
Um grupo de trabalho composto por militares do Exército e da Marinha do Brasil viajará à Rússia em janeiro de 2014 para avaliar o sistema de defesa antiaérea Pantsir-S1.
 
A viagem, anunciada pelo ministro da Defesa brasileiro Celso Amorim, contará com 10 integrantes, incluindo um general de brigada do Exército e dois oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil.
 
A expectativa é que o grupo de trabalho permaneça na Rússia entre os dias 28 de janeiro e 10 de fevereiro. De acordo com a portaria publicada Diário Oficial da União na semana passada, todas as despesas serão cobertas pelo Ministério da Defesa brasileiro.
 
Fonte: Gazeta Russa
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domingo, 1 de dezembro de 2013

Brasil fecha contrato para novo satélite estratégico de comunicações

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A estatal de telecomunicaçõesTelebras assinou um contrato de 560 milhões dólares para aquisição de um satélite para comunicações seguras na quinta-feira (28) , após meses de indignação com as revelações da cyber- espionagem praticada pelos EUA.
A declaração disse que uma joint venture entre a Telebrás e Embraer vai entregar o satélite geoestacionário para comunicações estratégicas até o final de 2016.
A Embraer disse que o satélite irá garantir ao Brasil "soberania em suas comunicações estratégicas em ambas as áreas civis e militares. "
Brasília tem demonstrado irritação diante dos relatos de espionagem eletrônica dos EUA sobre as comunicações do governo brasileiro, bem como dados das chamadas telefônicas e e-mails de milhões de brasileiros .
Essas informações , provenientes das divulgações feitas pelo ex agente da NSA, Edward Snowden , levou a presidente do Brasil, Dilma Rousseff a repreender os Estados Unidos na Assembléia Geral da ONU em setembro, e ao cancelamento de uma visita de Estado a Washington.
A Visiona Tecnologia Espacial , uma joint venture entre a Embraer e a Telebras , será responsável pela integração do sistema de Defesa e o Strategic Communications Geostationary Satellite ( SGDC ), disse a Embraer .
"O sistema SGDC não só sirá atisfazer as necessidades de Programa Nacional de Banda Larga da Telebrás ( PNBL ) e as comunicações estratégicas das Forças Armadas Brasileiras , mas também é uma oportunidade para o Brasil de garantir a soberania de suas comunicações estratégicas , tanto no âmbito civil como nas áreas militares ", disse o presidente da Telebrás Caio Bonilha .
O sistema SGDC envolve os ministérios das comunicações , defesa, ciência e tecnologia , disse um comunicado da Embraer .
Ele disse que o satélite será operado pela Telebrás na banda civil e pelo Ministério da Defesa sobre a banda militar.
A empresa franco-italiana Thales Alenia Space (TAS) irá fornecer o satélite enquanto a empresa de lançamento de satélites europeu Arianespace irá colocá-lo em órbita.
Os fornecedores irão transferir tecnologia para as empresas brasileiras , um processo que será supervisionado pela Agência Espacial Brasileira, disse Embraer.
Ele ressaltou que o sistema SGDC irá proporcionar segurança completa para comunicações estratégicas do governo e comunicações militares , uma vez que " será controlada no Brasil em estações que estão localizadas em áreas militares , sob a coordenação da Telebrás e o Ministério da Defesa . "
" Os satélites que atualmente prestam serviços para o Brasil são controlados por estações fora do país ou o controle está nas mãos de empresas geridas por capital estrangeiro ", disse a Embraer .
 
" Em qualquer dos casos há riscos dos serviços  sofrerem interrupção em situações de conflito internacional ou devido a interesses políticos ou econômicos de outras pessoas ", acrescentou .
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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