quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sindicato de professores do RJ apoia Black Blocs e quer autodefesa

 
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) do Rio de Janeiro aprovou em assembleia realizada nesta quarta-feira, no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, apoio incondicional aos Black Blocs diante das ações policiais nas próximas manifestações e quer organizar um grupo de autodefesa da categoria para os próximos atos – nesta quinta-feira está marcado outro protesto dos docentes, em greve há quase dois meses.
Esta é a primeira vez que o sindicato, que vem batendo de frente com a Prefeitura contra o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) aprovado pela Câmara de Vereadores e promovendo seguidas manifestações reivindicando gratificações e aumento salarial para a categoria, declara estar de acordo com a participação dos mascarados nos atos.
A decisão ocorre mesmo diante do fato de que os professores não participam do vandalismo promovido pelo grupo de preto, que na última segunda-feira tentou incendiar a Câmara, quebrou agências bancárias e ateou fogo num ônibus em plena avenida Rio Branco, coração do centro do Rio. Diz o texto, escrito à mão, lido e aprovado na assembleia do Sepe, que “toda ajuda é bem-vinda desde que se submeta às concepções e condições da nossa categoria” e que, portanto, “defendemos incondicionalmente os Black Blocs das ações policiais”. ​
 
“Não podemos falar em nome desses setores, mas a categoria teve uma boa recepção à atitude desses no dia 1º de outubro, quando fomos duramente reprimidos e estes grupos radicais saíram em nossa defesa”, declarou ao Terra Ivanete Conceição Silva, coordenadora geral do Sepe, acerca da aprovação do PCCR pelos vereadores, dia em que a Cinelândia, mais uma vez, tornou-se palco de confrontos, com os docentes em meio a bombas e gás lacrimogêneo. Na ocasião, os Black Blocs defenderam os docentes em greve da PM.
“Sobre a ação acontecida (na última segunda-feira), nós não somos defensores de atos de violência e dano ao patrimônio. Não temos acordo com essas ações”, deixou claro ainda Ivanete, que disse ainda duvidar dos que colocam a culpa nos Black Blocs na totalidade dos atos de vandalismo, sempre subsequentes às passeatas pacíficas. “As ações de quebra-quebra e queima de ônibus nos parecem algo orquestrado por outros setores, muito mais do que os grupos radicalizados que estão vindo às ruas fazerem suas manifestações”, completou.
 
Para Suzana Gutierrez, uma das coordenadoras do Sepe, “quem começou o processo de truculência e arbitrariedade foi o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes ao utilizarem a força policial fortemente armada contra os profissionais de educação. Obviamente, isto fez com quem outros grupos nos apoiassem. Para nós, não há criminalização nenhuma para professores e manifestantes”.
Diretor da 13ª regional do Sepe, Gualberto Tinoco acredita que os dois tipos de manifestos ocorridos nas ruas possam coexistir, pois “um tem o caráter mais incisivo, contra o capitalismo, de quebrar banco, quebra tudo. E outro, de fazer manifestação de forma pacífica e ordeira. Agora, nós encaramos estas duas formas de manifestação como legítimas. E a polícia e o aparato do Estado tem que ter políticas e medidas para atuar em uma, e na outra”.
Sobre o fato de o Sepe estar organizando entre seus diretores uma forma de autoproteção para os docentes nas demais manifestações, o sindicato ainda não divulgou maiores informações de como pretende colocar este artigo aprovado na assembleia em prática, tampouco se irá fazer uso de segurança privada durante as próximas passeatas.
 
Fonte: Terra
 
Nota do GBN: Estamos em uma situação preocupante, onde o governo esta perdendo cada vez mais o seu papel diante de nossa sociedade e alimentando com sua postura irresponsável para com as questões essênciais de nossa sociedade, relegando a segundo plano as reivindicações de toda sociedade resguardando interesses de uma pequena classe, com isso assistimos a cada dia o aumento na violência perpetrada nas manifestações e o aumento do apoio popular a essas ações violentas.
 
Movimentos sérios de classes importantes como nos são os professores, passam a dar apoio as organizações que confrontam violentamente o estado, com isso vemos o próprio governo semear as sementes de um levante popular que pode resultar em um futuro próximo a um conflito interno de consideráveis dimensões e que pode resultar da declaração de um estado de excessões, onde poderemos ver o surgimento de algo similar ao que ocorreu em 64, mas sob comando daqueles que outrora lutaram contra a "repressiva" ditadura como eles intitulavam. Estejamos atentos as manobras de subv; ersão contra subversão, como já foi tema de artigo oportuno publicado aqui no GBN: A Ameaça subversiva no cenário geopolítico
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