
Está praticamente descartada uma decisão da Presidência da República sobre o projeto FX-2 para este ano. A função dos Mirage é defender o espaço aéreo, principalmente do Planalto Central, da capital do país. Para substituir esses caças, a FAB modernizou outro modelo de caça, que tem entre 30 e 35 anos, o F-5. No entanto, a própria Aeronáutica reconhece que, mesmo depois de modernizados, os F-5 não se equiparam aos Mirage.
Em 2009, Brasil e França chegaram a anunciar a compra dos caças franceses Rafale. Depois, o governo brasileiro voltou atrás. Além dos aviões franceses, estão na disputa outros dois caças: um americano e outro sueco. A proposta das empresas vale por mais seis meses. E a Rússia, que está fora do projeto FX-2, fez ofertas informais. Nesta semana, ofereceu leasing para equipamentos militares, incluídos os caças Sukhoi.
No Ministério da Defesa e na Aeronáutica, ninguém quis falar sobre a compra dos caças. Em nota, a FAB reafirmou que a decisão é da presidente e reconheceu que a defesa aérea, com os F-5, não é a ideal. Para o especialista em segurança e defesa nacional, Gustavo Trompowsky, os F-5 são uma solução paliativa, temporária. Ele lembra que países vizinhos, com menos recursos, já investiram em caças mais modernos. Além disso, segundo ele, a situação do Brasil é estratégica. “O Brasil é um país que tem água, alimento, enormes recursos naturais e energia. Nós vamos ter na segunda-feira (21) um leilão do pré-sal. Um país como esse não pode prescindir de defesa. Abrir mão dessa defesa é alguma coisa que pode ser extremamente prejudicial”, alega Trompowsky.
Fonte: Globo
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