Terminou na Síria a segunda fase da missão de destruição das armas químicas. A terceira fase promete ser a mais complexa e a mais longa.
Segundo o plano elaborado para a destruição das armas químicas, as autoridades sírias tinham de destruir até 1 de novembro todas as instalações para o fabrico destas armas e dos meios para o seu transporte. Foi o que aconteceu. Agora falta destruir mais de mil toneladas de substâncias tóxicas e seus precursores, assim como de mais de mil munições desarmadas, nomeadamente mísseis e minas. Essa é precisamente a terceira etapa da missão. Segundo o plano, a mesma deverá se prolongar até 30 de junho de 2014. Os peritos não têm dúvidas que a comunidade internacional irá enfrentar muitos problemas durante essa etapa. Andrei Baklitsky, representante do Centro de Estudos Políticos, comenta:
“Todos sabiam desde o início que a destruição das armas químicas seria uma tarefa complexa. Ninguém tinha grandes ilusões. Em território sírio existe uma grande quantidade de armas químicas. Surge uma questão lógica relativamente à sua destruição. Como o prazo até meados de 2014 foi desde o início bastante ambicioso, parte das armas químicas terão mesmo de ser destruídas em território sírio. Se trata, em primeiro lugar, das munições de artilharia, não faz muito sentido transportá-las, nem há grandes possibilidades. Elas serão destruídas no local, provavelmente com recurso a instalações móveis. A construção de grandes fábricas na Síria é pouco provável devido à guerra civil.”
Os peritos dizem que o sarin será destruído pelo método de combustão a elevadas temperaturas. Essa tecnologia é bastante complexa, por isso muitos peritos são bastante céticos quanto à ideia da sua instalação em território de um país em guerra.
O editor principal da revista Arsenaly Otechestva (Arsenais da Pátria) Viktor Murakhovsky comenta:
“Eu penso que, neste momento, é realmente problemático realizar o desmantelamento das armas químicas em território sírio, em primeiro lugar do ponto de vista da segurança. Entretanto temos de entender que os trabalhos de destruição dos equipamentos, necessários para o fabrico de armas químicas, não irão necessitar de muito tempo porque aqui são aplicados processos puramente mecânicos. Já a destruição das munições armadas e das próprias substâncias tóxicas representam um problema sério. Se estimarmos os gastos totais com o processo de destruição, sem ter em conta o transporte para um outro país, eles representam cerca de um bilião de dólares.”
Segundo alguns dados, as armas químicas sírias podem ser transportadas para a Albânia para a sua destruição. Além disso, não é de excluir a possibilidade de os arsenais de armas químicas sírias possam ser recebidos na Bélgica e na França para a sua destruição.
Outro aspeto do problema é o financeiro. A destruição dos arsenais químicos sírios, segundo indicam os peritos, irá exigir somas avultadas que Assad simplesmente não tem. Portanto terá de ser a comunidade internacional a pagar, ou mais precisamente os seus membros mais destacados, incluindo a Rússia e os EUA.
Mas os países-patrocinadores desse processo, como podemos constatar, estão dispostos a esse esforço financeiro acrescido, porque a internacionalização do conflito na Síria e as consequências de uma intervenção no mesmo dos EUA e dos seus aliados europeus seriam cem vezes mais caros para a comunidade internacional.
Fonte: Voz da Rússia
“Todos sabiam desde o início que a destruição das armas químicas seria uma tarefa complexa. Ninguém tinha grandes ilusões. Em território sírio existe uma grande quantidade de armas químicas. Surge uma questão lógica relativamente à sua destruição. Como o prazo até meados de 2014 foi desde o início bastante ambicioso, parte das armas químicas terão mesmo de ser destruídas em território sírio. Se trata, em primeiro lugar, das munições de artilharia, não faz muito sentido transportá-las, nem há grandes possibilidades. Elas serão destruídas no local, provavelmente com recurso a instalações móveis. A construção de grandes fábricas na Síria é pouco provável devido à guerra civil.”
Os peritos dizem que o sarin será destruído pelo método de combustão a elevadas temperaturas. Essa tecnologia é bastante complexa, por isso muitos peritos são bastante céticos quanto à ideia da sua instalação em território de um país em guerra.
O editor principal da revista Arsenaly Otechestva (Arsenais da Pátria) Viktor Murakhovsky comenta:
“Eu penso que, neste momento, é realmente problemático realizar o desmantelamento das armas químicas em território sírio, em primeiro lugar do ponto de vista da segurança. Entretanto temos de entender que os trabalhos de destruição dos equipamentos, necessários para o fabrico de armas químicas, não irão necessitar de muito tempo porque aqui são aplicados processos puramente mecânicos. Já a destruição das munições armadas e das próprias substâncias tóxicas representam um problema sério. Se estimarmos os gastos totais com o processo de destruição, sem ter em conta o transporte para um outro país, eles representam cerca de um bilião de dólares.”
Segundo alguns dados, as armas químicas sírias podem ser transportadas para a Albânia para a sua destruição. Além disso, não é de excluir a possibilidade de os arsenais de armas químicas sírias possam ser recebidos na Bélgica e na França para a sua destruição.
Outro aspeto do problema é o financeiro. A destruição dos arsenais químicos sírios, segundo indicam os peritos, irá exigir somas avultadas que Assad simplesmente não tem. Portanto terá de ser a comunidade internacional a pagar, ou mais precisamente os seus membros mais destacados, incluindo a Rússia e os EUA.
Mas os países-patrocinadores desse processo, como podemos constatar, estão dispostos a esse esforço financeiro acrescido, porque a internacionalização do conflito na Síria e as consequências de uma intervenção no mesmo dos EUA e dos seus aliados europeus seriam cem vezes mais caros para a comunidade internacional.
Fonte: Voz da Rússia
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