sábado, 5 de outubro de 2013

Forças estrangeiras fazem ataque contra base do Al Shabab na Somália

 
Um comando militar "estrangeiro" matou neste sábado um membro do grupo radical islâmico da Somália, o Al Shabab, após um ataque contra a base da milícia fundamentalista em Barawe, a cerca de 180 quilômetros da capital Mogadíscio, informou a emissora somali Shabelle.
Soldados armados chegaram durante a madrugada em embarcações na cidade litorânea de Barawe, onde vive o líder do Al Shabab, Mukhtar Abu Zubeyr, conhecido como Ahmed Godane, junto com outros membros da unidade de inteligência da milícia, conhecida como "Amniyat".
Segundo a rádio somali "RBC", este pode ser o primeiro ataque direto de "forças ocidentais" contra o líder do Al Shabab.
O assalto começou às 3h locais (21h de Brasília da sexta-feira), quando os moradores de Barawe ouviram tiros e várias explosões, antes que o enfrentamento derivasse em um intenso tiroteio.
Vários moradores disseram à emissora que os soldados eram, aparentemente, membros das forças especiais americanas ou francesas em Djibuti.
Os soldados chegaram em embarcações rápidas à praia de Barawe e, segundo testemunhas, a operação teve o apoio de uma aeronave.
O comando tentou acessar o interior da residência com o uso de escadas e, em seguida, houve o confronto entre as forças "estrangeiras" e os combatentes do Al Shabab, asseguraram os moradores da cidade.
Um dos milicianos do Al Shabab morreu no combate, que durou apenas uma hora, enquanto vários homens ficaram feridos.
As forças estrangeiras recuaram posteriormente e dispararam um foguete na cidade somali, onde há um número indeterminado de feridos, segundo os residentes.
Após o ataque, o Al Shabab retirou seus veículos de guerra com mísseis antiaéreos, disseram alguns moradores de Barawe à "Shabelle".
O Al Shabab reivindicou a autoria do ataque com reféns em um centro comercial de Nairóbi entre os dias 21 e 24 de setembro, no qual morreram, pelo menos, 74 pessoas.
A operação desta madrugada acontece um dia depois que quatro pessoas morreram e outras sete ficaram feridas em distúrbios ocorridos em Mombaça, no litoral sul do Quênia, devido ao assassinato do clérigo muçulmano Sheikh Ibrahim Rogo.
O líder muçulmano Abubakar Shariff, que esteve na cena do ataque, acusou à Unidade da Polícia Antiterrorismo (ATPU, sigla em inglês) do massacre em Mombaça.
Na sua opinião, a polícia quis se vingar do atentado terrorista realizado pelo Al Shabab no centro comercial Westgate de Nairóbi.
O Al Shabab, que anunciou em fevereiro de 2012 sua união formal com a rede terrorista Al Qaeda, combate às forças aliadas para instaurar um Estado muçulmano de corte wahhabista na Somália.
A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado e o país ficou sem um governo minimamente efetivo e nas mãos de milícias islâmicas.
 
Fonte: EFE
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