Islamitas egípcios e forças da ordem entraram em confronto nas imediações da praça Tahrir, no centro do Cairo, em uma nova jornada de protestos contra a deposição de Mohammed Mursi do poder, informaram à Agência Efe fontes de segurança.
As fontes explicaram que os seguidores do presidente deposto tentam entrar na Tahrir e lançam pedras contra os soldados, que estão respondendo com gás lacrimogêneo.
Os manifestantes ocupam vários acessos à praça, que se encontra bloqueada pelas forças da ordem.
Além disso, os militares cortaram com blindados e cercas de arame os acessos que levam ao palácio presidencial Itihadiya, no leste da capital, para onde se dirige outra marcha de islamitas.
As forças da ordem também reforçaram sua presença em outras praças do Cairo, como a de Rabea al Adauiya, de onde foram desalojados em 14 de agosto os acampamentos dos seguidores de Mursi, episódio que terminou com mais de 600 de mortos.
Além disso, hoje ocorreu um enfrentamento entre manifestantes e moradores do bairro cairota de Manial, onde centenas de islamitas se concentravam para reivindicar a volta ao poder do líder deposto, segundo a agência estatal de notícias "Mena".
Houve choques similares no distrito de Shubra, onde os partidários da Irmandade Muçulmana tentaram organizar uma marcha depois da oração do meio-dia.
Outras manifestações ocorreram em outras partes do país, como na cidade mediterrânea de Alexandria.
Grupos de islamitas egípcios iniciaram hoje uma nova série de protestos contra a queda de Mohammed Mursi que continuarão até a marcha de domingo na praça Tahrir.
A chamada Coalizão Nacional de Defesa da Legitimidade convocou em comunicado os egípcios a participar de manifestações "de forma ininterrupta e sem violência" de hoje até 6 de outubro, quando se lembra no país o aniversário da guerra árabe-israelense de 1973.
Os islamitas explicaram que a marcha de domingo, sob o lema "Cairo, a capital da revolução", representa um "tributo aos heróis do exército nacional e patriótico", em oposição aos militares que em 3 de julho depuseram Mursi.
A aliança considerou que "os verdadeiros líderes são aqueles que realizam sua responsabilidade em circunstâncias difíceis e apontam suas armas para o inimigo real, nas fronteiras da pátria".
Fonte: EFE
0 comentários:
Postar um comentário